Alguém está precisando de aulas de matemática – e não estamos falando dos alunos da rede de ensino federal. Depois de “equivocadamente” deixar os institutos federais de fora da divulgação de resultados do Enem, agora, o Ministério da Educação minimiza o bom desempenho das escolas públicas federais em outra avaliação: o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em que o Brasil ficou em 63º lugar entre 72 países.
O exame avalia jovens de 15 anos, independentemente do ano escolar em que se encontrem, e compara a qualidade de ensino em diferentes países em três áreas: Ciência, Leitura e Matemática. A nota reúne os resultados de escolas públicas e particulares. Assim como em outros anos, o Brasil ficou abaixo da média internacional. Em meio ao lamentável resultado, no entanto, escolas federais obtiveram ótimos índices.
O mesmo não se pode falar da rede particular de ensino, que ficou abaixo da média da OCDE. Escolas particulares obtiveram 487 pontos em Ciências, enquanto a média da OCDE, índice usado como nota de corte da avaliação, foi de 493. Porém, para o INEP, “o desempenho da rede federal supera a média nacional, embora não seja estatisticamente diferente do desempenho médio dos estudantes da rede particular.”
Versões similares dessa mesma frase precisaram ser repetidas três vezes no relatório que o Ministério da Educação fez sobre as redes de ensino. É que, em todas as três matérias avaliadas, a rede federal ficou bem acima da média das particulares e, ou se manteve pareada, ou superou a média dos países desenvolvidos. No ranking, a diferença que o Inep considerou “estatisticamente irrelevante” significaria uma distância de dez posições entre particulares e federais.
“Nos colégios federais, como os militares, de aplicação, antigas Cefets e o Colégio Pedro II (no Rio de Janeiro), os professores são mais valorizados. Lá, eles são tratados de forma parecida a professores de faculdade e isso se reflete nos resultados”, explica César Camacho, ex-diretor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e principal nome por trás da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.
A valorização da carreira dos profissionais de ensino é também apontada como uma razão para o bom desempenho dos alunos pelo presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal (Conif) Marcelo Bender Machado: “Temos um plano de carreira para os professores, mais da metade deles têm mestrado e mais de 25% têm doutorado. Incentivamos o fazer científico entre os professores e entre os alunos, nos laboratórios e no vínculo com a academia”.
A rede educacional brasileira é complexa e precisa ser analisada a fundo para ser compreendida. A OCDE aponta um alto percentual de alunos em “camadas desfavorecidas” no Brasil: 43% dos estudantes estão entre os 20% da população considerada “desfavorecida” na escala internacional de níveis sócio-econômicos do exame.
A desigualdade se reflete no desempenho. Em Ciências, por exemplo, a nota de um aluno brasileiro rico é 27 pontos acima da média dos alunos de “nível sócio-econômico menor”, segundo a OCDE. A diferença de pontuação é tamanha que, segundo o relatório, “equivale ao conteúdo de um ano letivo inteiro”. É como se, no fim do curso, os alunos mais ricos estivessem estudando um ano a mais que o os mais pobres. Por isso, não é possível encarar o alunado brasileiro como uma massa única e homogênea. Torna-se necessário avaliar o desempenho de cada uma das redes de ensino separadamente.
“Combatemos qualquer tipo de análise que culpabiliza ou marginaliza a educação pública. O Pisa serve para que façamos análises em busca de soluções, e não depreciação”, defende Maria Rehder, coordenadora da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Ela reforça ainda que existem estudantes em realidades muito diferentes para serem comparados: “o fator socioeconômico interfere, por exemplo, na perda do desempenho em casos de alunos que sofrem com a violência no dia a dia, ou os que têm de trabalhar enquanto estudam”.
A média nacional, por exemplo, foi puxada para baixo principalmente pelas redes municipais. Isso é compreensível, porque a responsabilidade constitucional das redes municipais é com ensino fundamental e o teste do Pisa é feito por alunos entre 15 e 16 anos, idade em que o ideal seria estar concluindo o primeiro ano do ensino médio.
O próprio relatório aponta um dos motivos dessa questão federativa: 36% dos jovens brasileiros de 15 anos repetiram de ano pelo menos uma vez. Ou seja, no final, eles ainda estão na etapa do ensino sob a alçada municipal. Entre os países latino-americanos, só a Colômbia possui uma taxa de repetência maior que a brasileira. Para os especialistas da OCDE, também o alto número de repetentes brasileiros é associado a níveis elevados de desigualdade social e de abandono escolar.
Apesar do alto índice de repetência, há uma notícia positiva: dos jovens brasileiros que fizeram a prova, 71% cursam do oitavo ano em diante; um avanço em relação a 2013, quando eram 56%. O relatório aponta a melhora como “uma ampliação notável de escolarização”. Também é elogiado o fato de o Brasil “ter expandido o acesso escolar a novas parcelas da população de jovens sem declínios no desempenho médio dos alunos” como “um desenvolvimento bastante positivo”.
O sistema educacional não é algo que se muda da noite para o dia. Entre os 72 países que participaram do exame, o Brasil tem a segunda menor proporção de pais com nível superior: 15%. Perde apenas para a Indonésia, onde menos de 9% dos adultos nesta faixa etária alcançaram esse nível de escolaridade. Para realizar suas reformas, os países que hoje são tidos como vitrine levaram décadas. Outra razão lógica pela qual o Brasil levaria muito mais tempo para se formar: a rede pública finlandesa tem um total de aproximadamente 540 mil alunos, enquanto a brasileira tem 38 milhões apenas nas escolas municipais e estaduais.
No Brasil, o Plano Nacional de Educação (PNE) deveria ter sido colocado em prática no meio deste ano, mas seu desenrolar foi cortado pelo impeachment. O documento, que chegou a ser elogiado pela ONU, aponta diretrizes políticas organizadas em um calendário de dez anos para reestruturação da educação brasileira. Entre elas, está a definição do valor de investimento mínimo necessário por aluno como base de cálculo para o orçamento da educação — e não o contrário, como é hoje.
Porém, com a subida do presidente Michel Temer ao poder, estabeleceu-se uma agenda que estrangulou o processo, impedindo a reforma que estava se desenvolvendo por medidas como a PEC do teto de gastos.
Em 2015, ano da realização do teste, o Ministério da Educação definiu o custo anual por aluno em R$ 2.545,31 – valor equivalente a apenas uma mensalidade em diversos colégios particulares. Na Finlândia e na Coreia do Sul, países costumeiramente apontados como exemplos de sistemas educacionais excelentes, o valor investido por aluno é quatro vezes maior e o salário inicial de um professor de ensino fundamental é em torno de R$ 7.800.
É por isso que comparações da rede brasileira com países desenvolvidos são injustas, porque se tratam de situações completamente diferentes. “Nossas demandas e desafios são muito maiores, não faz sentido querer comparar o quanto é investido lá e aqui”, critica Rehder.
No relatório específico sobre o Brasil, a equipe do Pisa ressaltou que o PIB per capita brasileiro equivale a aproximadamente 40% da média na OCDE. O valor bruto investido em cada aluno brasileiro também equivale aproximadamente a 40% do que é investido em média nos países desenvolvidos. E ainda tem gente defendendo que “o problema da educação não é falta de dinheiro”.
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Sobre a última frase: o problema da educação não é falta de dinheiro. Com certeza com o dinheiro abre-se inúmeras possibilidades de investimentos na educação, porém, o dinheiro não é injetável na veia dos alunos como uma espécie de motivação. Imagine que para que o dinheiro possa ser transformado em bons indícies será preciso de FILTROS para que cheguem da forma ideal aos estudantes, respectivamente: metodologia de ensino, valorização dos professores e infraestrutura escolar.
Agradeço a reportagem que demonstra muito do que tentamos fazer dentro dos Institutos Federais. Sou professor de um deles e gostaria de convidar a todos para uma visita, sei que ficarão satisfeitos com o que verão. Só espero que as PEC´s não acabem com o que funciona e bem no Brasil. Gostaria de acrescentar que o nosso projeto pedagógico é humanista, além de um grupo de professores bem remunerados e com tempo para preparação de conteúdo entre outras atividades necessárias ao bom andamento da instituição, apoio sociopedagógico completo, com psicólogo, pedagogo e outros profissionais para darem respaldo ao que mais interesse que são os nossos estudantes. Com certeza, isso tudo faz a diferença na formação do cidadão. Tomo a liberdade de registrar aqui o nosso site no Estado de São Paulo que é ifsp.edu.br ou equivalentes em outros estados.
Porque esse Mendonça Filho é nosso ministro da Educação? Um imbecil completo e despreparado, alem de corrupto denunciado. Estamos de mal a pior…
O que o autor quis colocar quando apontou as escolas federais foi a qualidade de ensino que elas proveem, se essas escolas estão com melhor desempenho devemos prestar atenção nos porquês. As respostas são bem óbvias, a maioria dos professores dessa rede tem nível de mestrado e são melhores valorizados que os da rede municipal e estadual. Quanto a seleção de alunos nós sabemos muito bem que muitos dos alunos fazem cursinho para entrar nos institutos federais e nós sabemos também que esses cursinhos não passam de decoreba. Essa lógica de cursinho também se aplica as universidades federais. Por isso também deveríamos questionar o vestibular e ENEM, mas esse é outro assunto. Se esses alunos foram melhores foi porque a qualidade de ensino é melhor e não porque os alunos são NERDS!! Então vamos ao que o autor quis dizer: devemos aplicar a mesma lógica nas escolas públicas municipais e estaduais, professores mais qualificados, salas menos cheias, maior valorização dos alunos e professores porque é isso que ocorre nos institutos federais. Se isso significa gastar mais dinheiro e é óbvio que sim deveríamos lutar contra o congelamento do orçamento da educação.
Poderíamos melhorar os nossos índices se os recursos do pré-sal tivessem vindo para a nossa educação, como estava previsto. Agora, as divisas ficarão com as multinacionais.
Observo sempre a relação entre a qualidade na educação e a qualidade na formação do caráter do indivíduo e da sociedade na qual vive este indivíduo. Evoluímos sim, mas não na medida necessária para evolução de nosso país como nação desenvolvida no aspecto humano e material. Faltou o entendimento necessário, para o topo de nossa pirâmide social, observar que sem uma base sólida em princípios e conhecimentos, a pirâmide não terá sustentação e longevidade. O sonho se esfacela a olhos vistos.
Comentário certeiro, hoje não temos base e nem topo.
A jornalista coloca como um orgulho os IFs terem média Coreana. Mas acho que não deveria ser. Porque estamos comparando a média do nosso extrato superior (os alunos dos IFs passam por processos seletivo) com a média nacional da Corea. Temos muito que aprender com o país asiático.
A jornalista tenta exilar que a diferença das notas dos alunos da rede federal está, em grande escala, na qualidade do ensino e da valorização dos professores. Assim toda rede pública deveria seguir esse exemplo. Entendeu?
É óbvio que essas ilhas da fantasia tem que ficar de fora das estatísticas. Aliás, essa técnica de criar ilhas da fantasia para fazer propaganda de governo é velha conhecida.
Não são “ilhas da fantasia”, são exemplos a serem seguidos, isso sim. Afinal, os Institutos Federais não são criações recentes.
Divina sua abordagem, Helena. Mas, se me permite, queria expressar minha leve discordância com relação à seguinte colocação: …”Outra razão lógica pela qual o Brasil levaria muito mais tempo para se formar: a rede pública finlandesa tem um total de aproximadamente 540 mil alunos, enquanto a brasileira tem 38 milhões apenas nas escolas municipais e estaduais.”
Essa quantidade massiva de alunos não justifica, ao meu ver, demora alguma e/ou “pobre educacional” alguma. Se temos mais alunos, logicamente também temos mais pessoas, recursos e fontes para prover uma boa educação aos mesmos.
Não é a quantidade que prejudica, é a qualidade do tratamento (sobretudo se considerarmos que a educação pública nacional se ampara, infelizmente, em ações corruptas e na inércia).
Acredito que se tivessemos a mesma quantidade de alunos que a Finlândia, por exemplo, a situação seria a mesma da que vivemos.
Por conta disso, urge uma reforma educacional que deve se iniciar em quebras de paradimas sociais e morais daqueles que irão prover e gerir essa reforma, para que nenhuma desses pseudo-problemas se tornem reais obstáculos. Esse é o grande entrave, pois, para acontecer tal mudança, teremos que descontruir partes de nossa “cultura”. E não vejo um só governante, ou aspirante a tal, que queira isso.
Mas obrigado pelo artigo e perdão pela “prolixia” do comentário.
Eu gostaria que você estivesse errado no seu argumento, no entanto, não tenho como rebate-lo, Já que existem países grandiosos como o Brasil. Os USA e a Russia já realizaram praticamente todos os feitos que à educação pode dar. A Russia saiu na frente dos americanos na corrida espacial, nesse momento os USA que ainda olhava a ciência com desconfiança por causa do dogmatismo religioso, resolveu entrar nessa corrida para ganhar o espaço. Imagina quanto dinheiro foi investido no ensino de física, matemática, química… São países de territórios maiores que o nosso, e isso, não impediu que eles realizassem tudo que os países pobres almejam. O que eles tem que nós não podemos ter. Os americanos foram colonos dos ingleses, nós dos portugueses, ou seja, o mesmo que nos prejudicou não pouparam eles também. Eu confesso que já venho caçando argumentos para justificar, mas não encontro. Não concordo que temos que desconstruir parte de nossa cultura, o certo é implodi-la toda já que grande parte condena todo o resto.
Além dos problemas já apontados por outros comentaristas – comparacão incorreta entre elite brasileira e média coreana, pré-selecão dos melhores alunos -, o texto pende a certa relativizacão do fracasso brasileiro na educacão. Por vezes ele aponta que a Finlândia e a Coreia tem poucos alunos, e em outros casos menciona que a comparacão com países desenvolvidos é injusta porque o PIB per capita brasileiro também é menor. Só que o PISA também avalia países em desenvolvimento. A China, cujo PIB per capita é muito menor que o brasileiro e tem maior populacão, consegue estar no topo do ranking. E não é só: estamos perdendo da Argentina, Uruguai, Chile, México e Colômbia. Muitos desses países gastam menos do que nós.
Sendo assim, acho que a premissa principal da matéria está incorreta. O MEC deve sim assumir que houve um fracasso retumbante, e não acho que isso seja ignorar que existam instituicões de elite no país. Pelo contrário, seria um acinte que o MEC destacasse o desempenho de uma minoria frente a um resultado geral tão negativo. É interessante apontar que os IFs como um todo tiveram desempenho excepcional, mas a mensagem nesse caso é péssima: os nossos melhores casos simplesmente se igualam à média de outros países, o que é muito decepcionante.
Pra mim
Helena,
Obrigado por mais uma excelente reportagem! Sou servidor público e trabalho em uma instituição federal de ensino e posso testemunhar: o projeto é incrível! Mesmo com algumas dificuldades, vemos nitidamente jovens saírem transformados de nossas unidades! Obrigado por mais esta brilhante matéria! Jornalismo de alto nível é outra coisa!
Muito importantes esses dados. Fica claro que o MEC esconde o bom desempenho das escolas federais porque quer extingui-las. O ministro da Educação já disse que “quem não pode pagar, que não estude”. Eles não querem que sejamos uma Coreia do Sul, preferem que sejamos uma Namíbia ou Etiópia.
Ou alguem consegue explicar como um aluno da escola municipal se beneficia da existencia do CPII, cujo o custo por aluno é de 3000/mes para ter greve ano sim/ano não?
Cherry pick: Pegue um resultado selecionado do seu todo, independente se ele é ou não uma amostra proporcionalmente distribuida, e apresente como se ele provasse alguma coisa. Vou enviar esse “estudo” para a Coreia para eles exaltarem o desempenho do “colégio do tipo X”
Só esqueceu de analisar a relação custo/desempenho de cada tipo de colégio. As federais são verdadeiros sugadores orçamentários, onde selecionam os melhores alunos e tem uma verba alta considerando o número total de estudantes que possuem.
Sugadores são os que acham que verba do estado é para garantir a eterna diferença social no Brasil. Só com a educação de qualidade, semelhante às que existem nos IF, que se modifica isso. Mas há e haverá sempre os descontentes com a melhoria de vida da classe mais pobre. Conheça a realidade dos alunos da rede federal antes de falar bobagens.
só esqueceu de falar que 99% dos colégios federais de ensino fundamental são colégios militares né, e sim, os colégios militares são exemplos em ciência e matemática justamente por não seguirem as cartilhas do mec. E não, não é uma vitória ter 5-6% de escolas com desempenho positivo, se vc for em cada um destes países e pegar a nota apenas do 5-6% melhores e comparar com o abordado na matéria talvez possamos ter um parâmetro a discutir, agora pegar os 5% melhores do brasil e comparar com a MÉDIA coreana é sakanagem
A educação no Brasil é vergonhosa em todos os sentidos… ninguém nega isso. A questão aqui são os discursos construídos a partir dos resultados na prova: o que eles defendem; que projetos e ideais eles valorizam; a quem eles servem; quem ou o que eles calam?
Nossa capacidade parca de leitura cobrando seus dividendos…
vamos pegar a media de um grupo de escolas onde já existe um processo seletivo de escolha de alunos e comparar a media geral de outros países para tentar mostrar que a educacão do país nao é uma vergonha em todos os aspectos.
Comparação esdrúxula e a educação brasileira é um fracasso retumbante.
Sim é vdd, os alunos dos institutos federais tem médias boas, e bem melhores que os alunos das particulares. Só que vamos ver mais de perto o resultado. Como eu imaginava, pela fonte “theintercept” já esperava uma maquiagem dese nível. Alunos avaliados: Federais (39 mil), Particulares (320 mil), Estaduais (1,8 milhões) e municipais (270 mil), e agora sabendo que as federais selecionam seus alunos para admissão, bom, é fácil ver o pq da sua superioridade. Que falsidade intelectual… utilizar-se do mérito de alguns alunos para salvar todo um sistema público de ensino horrível.
viés de seleção
Fantástico trabalho, Helena!
Como é fácil se deixar levar por números e não olhar para os pontos realmente importantes do PISA.
A propósito, só senti falta de um questionamento do próprio PISA. Será que é um exame adequado para se medir a melhoria na Educação?
Você já deve ter lido mas deixo para outras pessoas um link para o texto de Ricardo Semler “Truque sujo no Enem”:
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2016/11/1829649-truque-sujo-no-enem.shtml
Aqui um trecho:
Não é coincidência que os países que estão se dando cada vez melhor no Pisa são os ditatoriais. Hoje, China, Cingapura e Coreia do Sul estão no topo. É lógico. O que se está testando é conteudista, e só se dá bem nessas provas quem foi exposto a jornadas árduas de memorização e exercícios enfadonhos, ficou sem fim de semana e viu passar ao largo a infância lúdica. Alguém já entrou numa sala de aula de uma ditadura asiática e viu crianças alegres, brincalhonas? Os finlandeses estavam indo muito bem no Pisa. Com o passar dos anos, foram humanizando o ensino e começaram a abolir as matérias, como matemática ou língua, substituindo-as por temas e projetos, como é o caso na Lumiar há 11 anos. Ao abrir mão da tortura escolar, caíram no Pisa. Não é diferente nas escolas nacionais que mais pontuam no Enem. São as que mais simulam, reduzem o conteúdo ao que vai “cair” e treinam a decoreba. Se a escola se der o luxo de formar uma pessoa completa, os pais tiram.
Viu esquerda, o governo de “esquerda” de Lula e Dilma?
Quem criou e quem manteve essas Federais nos últimos 12 anos?
É se deixássemos a Dilma governar, não teríamos passado a Coreia? ;)
Matéria escrita por cabo eleitoral da nisso, A autora da matéria tiraria nota zero em logica. só porque os professores recebem 50 à 100% mais salário não quer dizer que eles vão dar o incentivo correto pra esses alunos, apenas que vão valorizar mais o dinheiro em detrimento de aguentar adolescentes chatos. o que faz esses colégios federais (também chamados de colégios militares) é que é concorrido pra entrar e naturalmente vai selecionar aqueles alunos que tem uma família estruturada e com renda mais alta, e principalmente, alunos que recebem incentivos em casa e dos pais, ou seja, é a iniciativa PRIVADA que faz melhorias na educação de um pais. E depois só chega o politico pra dizer que foi consequência dos atos políticos, mas assumir os erros nenhum nunca vai assumir. Vai entender esses retardados que idolatram políticos e o estado.
A matéria não diz que o motivo das federais serem melhores “foi consequência dos atos políticos”. A matéria SEQUER aborda esse tema, o dos motivos. Achei curioso que você atribui a melhoria à iniciativa privada, sendo que essas escolas ou são ligadas ao exército ou às universidades/escolas técnicas. Explique.
Colégio militar (os federais) são para formação de militares. O texto fala sobre, entre outros, a rede federal de escolas técnicas. E melhorias da iniciativa privada para educação é piada de mau gosto. Deves ser um garotinho mimado que acredita em livre mercado como fomentador da civilizaçao…
EXCELENTE MATÉRIA!!!
ISSO SIM É JORNALISMO!!! PARABÉNS!
Matéria e notícia fantásticas. A abordagem do cenário geral é importantíssimo para entendermos o valor do mérito dos estudantes e professores.
Parabéns!
Achei curioso o ultimo paragrafo. Temos um PIB 60% menor e investimos 60% a menos, e isso é o normal visto que não há como investir mais sem quebrar o estado. Quando se diz que o problema não é dinheiro não é afirmando que se investe o suficiente atualmente mas sim que investimos um valor coerente com a renda per capita. Uruguai, México e Colômbia investem menos que o Brasil em cada aluno e estão em posições melhores no PISA, é nesse sentido que se critica o desperdício de dinheiro, ficar aumento os recursos sem resolver a ineficiência não vai melhorar a educação.
Não é correto se comparar a elite da educação de um país com a média geral de outro. Para ser justo, teria que se comparar apenas a elite educacional da Coréia com a brasileira. Acredito que eles ganhariam de lavada.
Me parece que esse não é o ponto. Para mim, a abordagem deste texto nos coloca quatro questões:
1) Por que não se valorizam, nos discursos hegemônicos tanto da grande mídia, quanto do governo, os aspectos minimamente positivos no desastre que esses resultados do PISA, mais uma vez, denunciam? Quem se beneficia com essa omissão?
2) Por que a parte do sistema educacional brasileiro que, aparentemente, é eficiente, não serve de modelo e base para todo o resto? Se as soluções estão dadas, falta o quê para ser posta em prática?
3) Por que o governo não quer sequer ouvir a “elite educacional”, como você mesmo a classificou, a propósito das reformas que os atingem diretamente? Por que o governo ignora essaa voz da sociedade, representada pela elite educacional formada por alunos, pais, professores e educadores?
4) Se essas reformas não interessam aos principais envolvidos com a educação pública (notadamente a de melhor qualidade no país, em TODOS os níveis), a quem elas interessam?
Eduardo, concordo com você que os alunos da elite coreana devem ter notas maiores. Não sei, no entanto, o tamanho da rede coreana em comparação com a nossa (a população coreana total entre 0 e 14 anos, por exemplo, é de aproximadamente 7 milhões, então já vemos que é bem menor que a nossa, até pela óbvia diferença de tamanho dos países).
A ideia era demonstrar que temos, sim, exemplos de boa educação pública no Brasil, que se equipara a países tidos como exemplares. Já que o ministério da educação vem ignorando esses bom exemplos, resolvemos jogar uma luz sobre eles.
Comparar a média dos IFs com a média da Corea não quer dizer que temos um bom exemplo. Os alunos dos IFs passam por prova de seleção na entrada, não dá para comparar com a média da população da Corea.
Helena, como professor permita-me uma breve crítica. Primeiro, um dado que precisa ser observado é que os Institutos Federais não são para todos: eles selecionam os melhores entre os melhores da rede pública e privada em processos seletivos muitas vezes mais concorridos que em muitas universidades. São em geral alunos com boa base familiar e, mesmo aqueles oriundos de escolas públicas, com uma situação financeira estável (interprete isso como “não precisam trabalhar para ajudar nas despesas da família”).
Quanto a questão da “liberdade para trabalhar”, ou melhor, a “autonomia” do professor dos Institutos Federais, não chega a ser um abismo de diferença entre eles que contribua para uma diferença tão significativa. Como disse antes, os IF vão bem porque selecionam, o método de ensino é o mesmo, a diferença está nos alunos (eis um ponto que não observei ninguém tocar).
Ao meu entender, o grande problema hoje está concentrada em dois pontos: (1) o ensino privado e (2) o modelo educacional na sua estrutura.
Mas, por que o ensino privado é um problema? Primeiro porque trata a educação como uma mercadoria e, em uma nação capitalista, pode influenciar através do poderio econômico por trás de suas instituições as políticas educacionais de uma nação. Veja bem, uma questão importantíssima como a educação jamais poderia ser analisada apenas por uma perspectiva econômica. Uma medida radical, porém eficaz, seria acabar com o ensino privado em todas as esferas. Claro… Isso nunca vai acontecer no Brasil…
Já em relação a estrutura, o modelo atual, importado, que utiliza várias aulas de diferentes conteúdos distribuídos ao longo do dia ao educando é algo nunca revisto pois mexe na estrutura da escola como a conhecemos e nos habituamos…
Espero que essa matéria não passe em branco. Quanto ao ministro, A PEC 55 que está em discussão influencia diretamente na sua análise.
Estudei no Colégio Pedro II, na unidade Humaitá de 1985 a 1994, minha turma foi a primeira a ir do Primário ao Ginásio naquela unidade, pois antes o colégio começava no que agora chamamos 6 ano do fundamental, só em 1985 começouca ser a partir da alfabetização. A última unidade aberta havia sido ainda durante a Ditadura, durante o governo Lula mais 3 unidades foram abertas e investiu-se não só em novo plano de carreira para professores como em infraestrutura e os prédios foram reformados. Passei por um momento delicado da história do colégio em que se ameaçou, durante o governo Collor, se não me engano, municipalizar o colégio (depois de muita luta conseguiram colacar na Constituição que o colégio é Federal), e passei também pela primeira greve da história do colégio que em 2017 completa 180 anos. Depois, se dificuldade, foi estudar na UFRJ, onde por coincidência praticamente todos meus amigos são ex-alunos de outros anos da minha unidade ou de outras unidades, demonstrando a qualidade no ensino do colégio. Hoje tenho alguns amigos, todos excelentes profissionais com mestrado e doutorado, que dão aula lá e me contam como houve investimentos durante os governos do PT. Prestes a completar 180 anos o meu querido colégio passa novamente por um teste na sanha de desmonte da educação pública deste governo ilegítimo, e está ocupado l, mas tenho certeza que vai sobreviver como sempre pois para nós Luto sempre foi verbo!!
Vc esqueceu de dizer q colegios deferais sao uma minuscula minoria de elite no Brasil, precisam de um vestibular acirrado, so entra estudantes preparados. Festejar o desempenho dos federais como se fosse algum progresso na educacao no brasil como um todo eh como dizer q saude to povo ta otima pq temos o hospital sirio libanes em sp…
Acho que você não sabe o que significa a rede Federal de ensino. Precisamos conhecer as coisas antes de falar sobre elas.
Em primeiro lugar, não se trata de “minúscula minoria”: 644 unidades em 568 municípios. Há reserva de cotas (50%) para alunos das escolas públicas. Se esse sucesso não é para ser saudado…
Oi Sidarta,
Obrigada pelo seu comentário.
Acho legal explicar três coisas aqui, sinal de que faltou explicar isso na matéria:
1- a matéria não pretende mostrar o bom desempenho da rede federal “como se fosse algum progresso na educação no Brasil como um todo”.
Até porque o próprio texto deixa claro que não dá para analisar a rede educacional brasileira como uma coisa homogênea, isso fica claro na leitura do nono parágrafo, onde está escrito “não é possível encarar o alunado brasileiro como uma massa única e homogênea. Torna-se necessário avaliar o desempenho de cada uma das redes de ensino separadamente”. Também ressaltamos que a rede brasileira registra “níveis elevados de desigualdade social”.
2- Sobre os colégios federais serem “uma minúscula minoria”, a rede federal de ensino registra mais de um milhão de estudantes, um número próximo ao dobro da rede pública finlandesa inteira (lembrando que a maioria das escolas federais brasileiras são focadas no ensino médio). Mas, sim, o Brasil é um país grande, portanto, mesmo um milhão de alunos tornam-se minoria. Ainda assim, acredito que boas experiências precisam ser olhadas como exemplo.
3- Sobre ser de elite e ter um processo seletivo, a média de alunos oriundos de escolas municipais matriculados em escolas federais é de 80% e a taxa de cotistas é de, no mínimo, 50% em cada unidade.
Ah, sim… e o Sírio Libanês de SP não é federal, ele foi fundado por iniciativa privada, uma “entidade filantrópica até hoje mantenedora da instituição” segundo o site deles, e se mantém por uma PPP. Você pode saber mais aqui: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/institucional/Paginas/default.aspx
Se tiver qualquer outra dúvida, não demore em escrever. Estamos aqui para isso.
Abs,
HB
Mas que vrá foi esse! Hahah
Sou servidor da Rede Publica de Brasília – DF; aqui todas as nossas vagas são por sorteio; sem qualquer tipo de seleção.
Other low-spending countries, such as Colombia, Mexico and Uruguay, spend less per student than Brazil does, and perform better in science. Chile, whose expenditure per student is similar to that of Brazil (USD 40 607), also score significantly higher in science (447 points).
Faltou destacar esse ponto do relatório.
Só faltou dizer que os Institutos Federais selecionam alunos por meio de vestibulares, diferente do que ocorre no ensino publico comum e na maior parte do Ensino Privado
Olá, Vitor, como você comentou duas vezes, sua resposta está no outro comentário, ok?
Abs!
Excelente matéria. Pela primeira vez eu leio uma cobertura do PISA que realmente contextualiza a situação, em vez de ficar apenas cultivando o espírito vira-lata.
José Antonio, vc escreveu o comentário que eu iria escrever. Assino embaixo. Parabéns, Helena. E obrigada pelo bom trabalho.
Assino embaixo, José! Já ia falar a mesmíssima coisa! Parabéns ao TIB por mais essa excelente matéria e por fornecer uma leitura da realidade que não se vê (e até se nega) na mídia monopolizada.
Muito obrigada, pessoal =)
A urgência no projeto se explica pela necessidade de privatização da educação. Para isso escamotear e maquiar dados é fundamental. Não é a toa que os escalados para reforma ou já capitanearam esse processo no passado ou sao bilionários da educacao privada, de massa e de má qualidade. Não é aceitável que reformas sejam feitas a towue de caixa, sem participação popular e sem amplo debate. Também nao se pode falar em reforma, projetos q visam o retrocesso. E surreal acreditar que o governo está querendo nos fazer acreditar q a educação pública nao é um bom negócio!
Ah a articulista acha que por que uma minoria de alunos de escolas federais foram bem e pronto! O fracasso da educação brasileira está superado! O ministro está corretíssimo ao afirmar que nossa educação é um fracasso retumbante. Em tudo: professores péssimos, conteúdos desconectado da realidade, pais sem conhecer seu papel, infraestrutura precária… mas pra criticar o ministro vale a pena fingir que o MEC é o país das federais e que portanto não temos nada a reclamar.
Não é artigo (onde se escreve opinião), é reportagem (onde se reportam fatos).
E o que a reportagem mostra é que, onde há investimento, há comprometimento e a escola brasileira funciona.
Também denuncia o discurso para preparar o desmanche da escola pública brasileira e entrega do filé a particulares.
O fato é que o Brasil não tem recursos para aplicar a todos os estudantes o mesmo tratamento dado às escolas federais. A saída parece ser a participação das comunidades. As famílias devem ocupar as escolas.
Não é verdade porque precisa de prova para entrar. Você seleciona os alunos mais inteligentes e prepara eles, o que não acontece numa escola municipal
Olá José, Olá Gustavo
Infelizmente, concordo com José, não temos recursos para manter estruturas como as das federais para todas as escolas públicas. Principalmente tendo a PEC do Teto no horizonte, a congelar os investimentos em educação, que já são abaixo da média internacional.
E de forma alguma a matéria aponta que o problema da educação brasileira está superado. Inclusive, isso é abordado no início do texto. No primeiro parágrafo deixamos claro que “o Brasil ficou em 63º lugar entre 72 países”. No segundo parágrafo se lê: “Assim como em outros anos, o Brasil ficou abaixo da média internacional. Em meio ao lamentável resultado, no entanto, escolas federais obtiveram ótimos índices”.
O resultado médio do Brasil de fato é lamentável, mas não podemos passar ao largo de boas experiências, que estão trazendo resultados positivos a uma rede que atende mais de um milhão de estudantes.
Não é só falta de dinheiro. Falta de dinheiro é um aspecto, mas não é o dominante. Pode-se mesmo criticar o “catastrofismo” de certas análises, é o próprio PISA como modelo de avaliação válido para o nosso caso, mas seria uma falácia culpar apenas ou prioritariamente a falta de dinheiro.
Oi Fernando,
Com certeza! Não é só falta de dinheiro. Por isso mostramos, nas palavras do professor Camacho, que essas escolas valorizam seus professores e os estimulam a traçar um plano de carreira. Esse é um dos motivos do sucesso da rede federal. Outro motivo é apontado na fala do Marcelo Machado: o incentivo ao fazer científico entre alunos e professores, além do vínculo com a academia. Seria ótimo se outras escolas, públicas e particulares, pudessem ter isso também.
A desgraçada lógica tupiniquim: se jogar no lixo os que não prestam , ficam só os que prestam. Estamos nessa tragédia muito por isso: escolhidos os três ou quatro que acompanham o conteúdo, trabalha-se com e para esse e faz dos demais lixo educacional
A comparação não está correta. As escolas federais selecionam seus alunos por vestibular, então é natural que as melhores notas venham de lá. Também não faz sentido comparar a média de um PAÍS com a de uma rede minúscula de escolas.
De fato a condição dos professores nas federais é relativamente melhor que em outras escolas públicas, mas ainda assim há falta de professores, de material pedagógico e outros problemas assim como em qualquer outro colégio.
Em Sao Paulo o PIB per capita nos Institutos Federais certamente é maior do que a grande maioria da rede privada
Olá Vitor, Olá Santos,
Obrigada pelo feedback.
Concordo com Santos, apesar das escolas federais terem bom desempenho, “ainda assim há falta de professores, de material pedagógico e outros problemas assim como em qualquer outro colégio”. É verdade, mas devemos reconhecer o trabalho árduo dos profissionais que encaram esses problemas e ainda conseguem tirar o melhor desempenho possível de seus alunos (e até melhor do que os alunos da rede particular).
Sobre os colégios federais serem “uma rede minúscula de escolas”, como expliquei a outros leitores aqui e na minha conta de Twitter, a rede federal brasileira de ensino registra mais de um milhão de estudantes, um número próximo ao dobro da rede pública finlandesa inteira (lembrando que a maioria das escolas federais brasileiras são focadas no ensino médio). São 644 unidades de IFs, dois Cefets, 25 escolas vinculadas a Universidades, todas as unidaes do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro e uma Universidade Tecnológica. Não considero isso como algo exatamente minúsculo, mas isso vai do ponto de vista de cada um, respeito o de vocês.
Sobre o processo seletivo, a média de alunos oriundos de escolas municipais matriculados em escolas federais é de 80% e a taxa de cotistas é de, no mínimo, 50% em cada unidade. Então acredito que isso derruba a teses de que só são escolhidos alunos de cursos preparatórios e afins. E, não, o PIB per capita desses estudantes não é maior do que da rede privada.
Pois é, mas os Institutos federais têm reserva de cotas: 50% delas reservadas aos alunos de escolas públicas. O que demonstra o acerto nas políticas públicas nesse modelo de educação no ensino médio. Por quê não replicar esse modelo, em vez de entregá-lo ao setor privado, como é de desejo do atual ministro?
Os resultados das escolas federais só mostram a urgência na criação de um projeto que federalize todas as escolas públicas. Valorização do corpo docente e ensino plural garantem educação de qualidade e formação de cidadãos e profissionais.
Infelizmente, isso não acontecerá. O que vai acontecer é a privatização de tudo mesmo. Então, logo estaremos pagando impostos para enriquecer o sistema financeiro e financiando as escolas dos nossos filhos, que estudarão em locais nos quais a principal preocupação é comprar o iPhone mais atual.
Triste realidade do Brasil feudal.
Olá Jhonatan, olá Fernando,
Não sei se federalizar a rede pública inteira é sequer possível (ainda mais com a PEC do teto no horizonte). Gostaria apenas que algumas escolas municipais que já visitei conquistassem, por exemplo, um telhado, uma quadra esportiva, ou cadeiras. Infelizmente, nossa infraestrutura ainda é muito precária. Já seria um bom começo…
Mas concordo com vocês, a valorização do corpo docente e ensino plural são os pilares de uma educação de qualidade, que forma de cidadãos (e não apenas mão de obra).
Abs
HB