Luís Felipe Manvailer espancou Tatiane Spitzner no carro, na garagem, no elevador, até ela despencar do quarto andar do prédio onde moravam. Se foi empurrada, morta ou viva, ou pulou em desespero pouco importa: foi assassinato. Anderson da Silva contou ter asfixiado Simone da Silva na frente do filho deles, de três anos. Ao matá-la, ele sabia que ela estava grávida.
A Justiça decretou a prisão de Pedro Paulo Barros Pereira, suspeito de ser o mandante da execução de Karina Garofalo, baleada diante de um menino de 11 anos, filho de ambos (“Papai mandou matar mamãe”, teria dito o garoto). Altamiro Lopes dos Santos agrediu até a morte Patrícia Mitie Koike. Rodrigo Bessa Paixão foi preso pela suspeita de ser o autor dos três disparos que tiraram a vida de Natasha Conceição Fonseca da Silva. Duas vezes Natasha prestara queixa de Rodrigo, por agressão e ameaça.
Na cidade paranaense de Guarapuava, no complexo do Alemão, na Barra da Tijuca, em Nova Iguaçu e Jacarepaguá, os suspeitos, acusados ou assassinos confessos eram marido, ex-marido, namorado ou ex-namorado das mulheres mortas. O gênero das vítimas foi determinante para os crimes, todos deste ano. Por isso, a tipificação apropriada é feminicídio.
A Lei 13.104 alterou o Código Penal e introduziu o feminicídio “no rol dos crimes hediondos”. Definiu-o como delito “contra a mulher por razões da condição do sexo feminino”. Decorre de “violência doméstica e familiar”, de “menosprezo ou discriminação à condição da mulher”. A pena é dez anos maior do que a de homicídio. A taxa de feminicídio no Brasil é a quinta mais alta do mundo.
“Nós temos que acabar com o mimimi, acabar com essa história de feminicídio”, declarou Jair Bolsonaro no ano passado. No começo do mês, o deputado falou: “Se uma pessoa matar o meu pai ou a minha mãe, eu vou me sentir triste de qualquer maneira”; “não tem que ter Lei do Feminicídio”. O candidato a presidente omitiu que o padrão é companheiro matar companheira, e não o contrário.
No jornalismo, há quem teime em chamar de “crime passional” o que é feminicídio. Paixão e amor são uma coisa. Ódio, outra. Quem ama não mata.
Na sexta-feira, no debate da RedeTV!, Bolsonaro perguntou a Marina Silva sobre posse de armas de fogo – para não esquecer o tema, ele consultou uma cola anotada na palma da mão esquerda. A ex-senadora mudou o rumo da prosa. Disse que o adversário desconhece “o que significa uma mulher ganhar um salário menor do que um homem e ter as mesmas capacidades, a mesma competência e ser a primeira a ser demitida, ser a última a ser promovida”.
Bolsonaro encarou Henrique Meirelles. O candidato do MDB indagou sobre desigualdade salarial entre mão de obra feminina e masculina. O deputado engrossou: “É mentira que eu defendi em qualquer época da minha vida que mulher deve ganhar menos do que homem! É mentira! Não existe um só áudio, uma só imagem minha nesse sentido”.
Bastou uma visita ao YouTube para assistir ao que Bolsonaro descartara como mentira. No programa Superpop, ele se abriu: “A mulher, por ter um direito trabalhista a mais, no caso a licença gestante [maternidade], o empregador prefere contratar homem […]. Muitas vezes, por ser mulher, prefere dar um emprego ganhando menos”. A apresentadora Luciana Gimenez questionou: “O que você acha?” Ele respondeu: “Eu não empregaria com o mesmo salário”.
O repórter José Roberto de Toledo conferiu o programa de governo de Bolsonaro e descobriu: a palavra “mulher” é mencionada uma vez. “Deus”, 82.
No Brasil que o veterano capitão pretende administrar, o desemprego entre os homens é de 11%; entre as mulheres, de 14,2%. O de pretos alcança 15%, e o de brancos permanece aquém dos 10%. A mulher negra é a mais afetada pela falta de ocupação. Nem um terço das crianças até três anos têm acesso a creches, sobrecarregando muito mais as mães do que os pais.
A Agência Nacional de Cinema divulgou que três em cada quatro dos 142 longas-metragens nacionais que estrearam comercialmente em 2016 foram dirigidos por homens brancos, e nenhum por cineasta negra. Em junho se soube que uma mulher pobre, Janaína Aparecida Quirino, fora submetida a laqueadura por determinação judicial. Não havia diagnóstico clínico que respaldasse a ordem.
A Polícia Militar do Paraná instituiu o critério de “masculinidade” num edital para 16 vagas de cadetes. Explicou o quesito como “capacidade do indivíduo de não se impressionar com cenas violentas, não se emocionar facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor”. Depois da grita, a PM reformulou o edital. De vez em quando eu, que me delicio com comédias românticas, choro vendo filmes; devo ser fraco em matéria de “masculinidade”.
Para contornar a obrigação de encaminhar ao menos 30% do fundo eleitoral para as mulheres, partidos as escalam como suplentes de candidatos homens ao Senado, contabilizando o dinheiro que se destina aos postulantes titulares. No “Roda Viva”, Manuela D’Ávila foi interrompida no mínimo 40 vezes pelos entrevistadores. Ciro Gomes, oito. Guilherme Boulos, nove. A deputada vestia uma camiseta com a inscrição “Lute como uma garota”.
Bolsonaro praguejou, em 2015, sobre o mandato da então presidente: “Eu espero que acabe hoje, [com ela] infartada ou com câncer, [de] qualquer maneira”.
No passado recente, Dilma tinha pelejado contra o câncer.
As mulheres vão à luta contra a injustiça e a covardia. No campus de Belém da Universidade Federal Rural da Amazônia, estudantes protestaram contra colegas que disseminaram por WhatsApp mensagens misóginas, homofóbicas e racistas. Um dos interlocutores incitou, aparentemente em referência a uma aluna: “Bora logo meter o estupro”. Outro emendou: “Estupro não, sexo surpresa”.
Na quinta-feira, secundaristas da rede carioca de colégios Pensi denunciaram no Twitter assédio sexual cometido por diretores, professores e inspetores (#AssédioÉHábitoNoPensi). Elas relataram comentários, cantadas, carícias, abraços, toques – um conjunto de abordagens não consentidas e intimidadoras, portanto abusivas. A gota d’água foi a demissão de duas professoras que as apoiavam.
Anteontem, houve manifestações em várias unidades da rede e em outros colégios, com gurias e guris vestidos de vermelho. Uma garota carregou um cartaz que ensinava: “Quem cala as vítimas é cúmplice”. As manifestantes entoaram: “Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim do assédio escolar!”
Jornalistas esportivas lançaram em março a campanha #DeixaElaTrabalhar, contra o assédio, o machismo e a violência de que são alvo no ambiente do futebol. Exigiram respeito. “Sai daqui, puta”, uma delas ouviu de um cafajeste travestido de torcedor, antes de ser agredida por ele. Outras foram surpreendidas por quem tentou lhes agarrar enquanto trabalhavam. Na Copa da Rússia, um cretino quis beijar a repórter Julia Guimarães, que se preparava para entrar no ar. “Eu não permito que você faça isso!”, ela reagiu altiva, em inglês. “Nunca!”
Mobilizadas por movimentos feministas e outras entidades, manifestantes acompanharam neste mês a audiência pública do Supremo Tribunal Federal que discutiu a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação –uma questão de saúde pública. O procedimento só é legalmente autorizado em casos de estupro, risco da mulher e anencefalia do feto. O Ministério da Saúde estima que no ano passado tenham ocorrido de 938 mil a 1,2 milhão de abortos provocados, quase todos clandestinos. Ao menos 224 mulheres morreram ao interromper a gestação, numa estimativa afetada por subnotificação.
Na barca Rio-Niterói, na sexta-feira, um PM contrariou-se com um passageiro que o fotografava e sacou a arma. O sargento encrencara com a candidata a deputada federal Talíria Petrone e militantes que carregavam material de campanha. A vereadora do PSOL em Niterói, contudo, não distribuía panfletos. “Arma mata!”, advertiu Talíria. “Ideologia mata mais!”, esbravejou o sargento. O fotógrafo Bruno Kaiuca filmou a truculência, documentando a grotesca tirada filosófica do policial.
Quem matou Marcos Vinícius da Silva foi um policial civil, asseguraram testemunhas. Em junho, o adolescente de 14 anos caminhava para a escola no complexo da Maré, onde morava. Sua mãe, a empregada doméstica Bruna da Silva, narrou o último diálogo com o filho. “Ele falou ‘mãe, eu sei quem atirou em mim, eu vi quem atirou em mim. Eu falei ‘meu filho, quem foi que atirou em você?’ ‘Foi o blindado, mãe. Ele não me viu com a roupa da escola’”.
Carregando a camisa escolar ensanguentada do filho, Bruna participou em São Paulo de um protesto de mães. Desabafou: “Eu criei meu filho na comunidade até os 14 anos sem tomar tiro do poder paralelo. Aí, o Estado, que era para proteger e servir meu filho, alveja e assassina ele. Não pode. Chega! Aquela blusa do meu filho é uma vergonha para o Estado e para o Brasil!”.
Hoje faz 161 dias que Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados. O crime continua sem punição.
Na nova pesquisa presidencial do Ibope, Bolsonaro é o único dos oito primeiros colocados que não colhe no eleitorado feminino nem metade da intenção de votos que obtém no masculino: 13% entre as mulheres e 28% entre os homens, no cenário que Lula lidera com folga. No total, o deputado atrai 18%, atrás de Lula (37%) e à frente de Marina (6%), Geraldo Alckmin e Ciro (ambos com 5%).
O desempenho de Bolsonaro entre os homens é 115% melhor. Outro contraste expressivo, que contribui para o deputado minguar entre as entrevistadas, é de Marina: a ex-ministra atinge 15% entre elas – 50% a mais – e 10% entre eles. Se somente eleitoras votassem, a dianteira de Lula, com 39%, seria mais ampla (ele se limita a 35% no eleitorado masculino). A candidatura do ex-presidente está na iminência de ser cassada pelo tapetão.
A vantagem de Lula sobre Bolsonaro é imensa também no universo dos brasileiros mais pobres. Entre os de renda familiar até um salário mínimo mensal, o ex-presidente ganha por 53% a 12%. Entre os com mais de cinco salários, Bolsonaro prevalece, com 32% a 17%. A esmagadora maioria das mulheres pobres recusa Bolsonaro.
O problema do extremista de direita é ainda mais grave porque as mulheres compõem 52,5% do eleitorado, com 7.436.871 inscritas a mais. Elas podem fazer a diferença, sobretudo em eventual segundo turno.
Bendita a hora em que as sufragistas saíram às ruas.
Foto em destaque: Mulheres protestam a favor da legalização do aborto na frente do consulado da Argentina, em São Paulo.
“Policiais fardados tietam Bolsonaro em campanha; PM-SP apura irregularidade”, Gustavo Maia, Janaina Garcia e Marcelo Ferraz, Uol, 27 de agosto de 2018
http://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/08/27/policiais-fardados-tietam-bolsonaro-em-campanha-pm-sp-apura-irregularidade.htm
Meu primeiro comentário foi dia 22 de agosto…
Aí está…
Meu sentimento é que debocham da democracia…
E há conivência de amplas parcelas da sociedade, de alto a baixo…
A vontade, mesmo, é de escrever um palavrão aqui…
Parabéns ao partido dos príncipes da Sociologia brasileira!
Um dia ótimo para assistir a “Dr. Fantástico”, de Stanley Kubrick, 1964…
https://www.youtube.com/watch?v=m68Ii_bu5jY
Ou para ler “Os fuzis e as flechas: história de sangue e resistência indígena na ditadura”, Rubens Valente, Companhia das Letras, 2017…
Ou “1964: a conquista do Estado”, René Armand Dreifuss, Vozes…
“Clube Militar atua em campanha eleitoral mesmo proibido por estatuto e lei”, Hanrrikson de Andrade e Rodrigo Mattos, Uol, 26 de agosto de 2018
https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/08/26/clube-militar-atua-em-campanha-eleitoral-mesmo-proibido-por-estatuto-e-lei.htm
Tudo que não é fake.
Tudo que não é burro.
Tudo que é um estudo.
Tudo que contém argumentos,
É esquerdopata!
Essa patologia de ódio ignorância e truculência é o sintoma mais neurótico da direita.
Se a mulherada começar a matar homens branco eleitor de bostonada vão querer criar um tipo penal e pena especial tb.
Sitezinho mais esquerdopata, impossível.
Que vergonha alheia.
Namorado mata namorado: assassinato
Namorada mata namorada: assassinato
Namorada mata namorado: assassinato
Namorado mata namorada: faminicídio.
Ridícula postura. Jornalista algum deveria ter esse viés tão hipócrita.
Lixo de artigo.
Procure estatísticas sobre assassinatos e você verá que existem muito mais mortes de namorados por namorados como você disse que todas as outras. O número é absurdamente maior. Hipocrisia seria ignorar isto.
Hipocrisia esse artigo. Confesso que ja tive pilha por Bolsonaro. Ja fiz parte da manada que o odeia so por odiar. Mas um dia eu resolvi parar de ouvir as recalcadas da midia e fui fazer minha opiniao. E o resultado eh que fica dificil nao dar razao a ele quando diz que eh melhor acabar com a progressao de pena, que reduz um homicidio de 30 para 6 anos, do que aplicar o feminicidio, em que o assassino fica no maximo 8 anos.
Entao a conta eh simples: eu prefiro que o assassino fique preso 30 anos sem agravante de feminicidio, do que 8 anos com a lei.
Simples assim, pro desespero das feministas que nao me representam.
Você é burra e machista tal qual o candidato. O mandato de um presidente não se baseia apenas no código penal.
Muita gente gosta de uma abordagem simplista da realidade, porque isso a tornaria mais simples de compreender. O problema é que na maioria das vezes o simplismo falseia a verdade e transmite uma impressão equivocada da realidade. Veja, analisar o resultado do assassinato é algo aparentemente simples pela ótica de que a vítima perdeu a vida, sem analisar como se deu o assassinato. Mas faz diferença a forma como a vítima teve a vida terminada exatamente porque a Lei deverá constituir algum instrumento que a combata esta forma frequente e específica. Existe, por exemplo, a diferenciação em Lei de quando o assassinato é cometido em razão de um assalto, o latrocínio. E por que existe a tipificação do latrocínio? Por que não é simplesmente um assassinato e pronto? Por que o assassinato em decorrência do assalto se tornou frequente e com a tipificação se quer puni-lo com mais rigor e assim inibir que se repita. E o que caracteriza o feminicídio? O comportamento de homens que matam mulheres que confiam neles porque eles tiram proveito da confiança que o relacionamento traz e da fragilidade física feminina para se aproximar da vítima para mata-la. Esse é um tipo de comportamento psicológico característico e frequente e é exatamente isso que permite a tipificação desse assassinato como feminicídio. Alguns ainda dirão que isso é covardia. E é mesmo. E covardia, para mim, é um agravante.
Fake
Grande Mário, ótimo texto! Faltou incluir a história da Rogéria Bolsonaro no levantamento:
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,a-disputa-eleitoral-no-cla-bolsonaro,70002268663
Oh coitados das vítimas, só que tem brancos e brancas sendo mortos iguais, feminicídio? Para mim existe homicídio. Daqui a pouco inventar mulhersapiens também! Quem se coloca no papel de vítimas, são os que não tem escolaridade! Este país irá ficar cada vez pior com estas ONGs dividindo brancos e negros, mulheres e homens! Vejo muitas mulheres que não estão nem aí para esta conversa esquerdistas aonde “Aselite” é o problema! Quero ver quando uma mulher não ter direito a comprar uma arma e dar para o estuprador ou o assassino a lei do feminicídio!
Você é limitado igual a seu candidato
“ONGs dividindo brancos e negros”? Famílias brancas no Brasil enriqueceram — e mantêm esse capital até hoje — escravizando negros durante 350 anos! E são as “ONGs” que estão “dividindo” brancos e negros? Fernando, você é tão ignorante assim, ou é mau-caráter mesmo?
E Intercept, por favor, se nós colocamos nossos e-mails aqui, por que vocês não avisam esse infeliz que alguém veio aqui mostrar o ridículo do seu argumento? Talvez isso o ajudasse a pensar — se o problema for ignorância, claro. Porque mau-caratismo, que eu saiba, não tem cura.
Um lixo esse artigo. Embora bolsonaro seja reto e direto, o que acaba incomodando muita gente, vivemos em um pais desigual, onde a maioria da população não conhece sequer seus direitos, Muito menos entenderam que a lei Maria da penha defende o agressor, não à vítima, o que esta bem claro para aqueles mais intruidos, que Abranda a pena do agressor, tornando o em seu direito de fazer o que bem entende. Se houvesse um pais sem lei disso lei daquilo todos seriam punidos igualitariamente a pena seria mais severa e não haveria tantas mortes. #fui vítima sequer a lei valeu, alem da incompetência e mal preparo de profissionais tem seus salários defasados a lei eh um simples papel, hoje eu luto para reverter um perdão judicial por que a PM e a civil favoreceram o agressor, eu tenho que contratar um advogado pra agir a meu favor sendo que sou vitima, hoje tenho que provar estudando e introduzindo provas tentando provar que deve ter uma punição. Quanto ao delegado deixou me claro que se eu vitima viesse a me defender eu estaria presa, alguem tem que fazer algo… O papel aceita tudo. Reportagem sem nexo
A conta é bem simples: sem o voto das calcinhas ninguém leva. Bolsonaro pode ir se contentando que não será presidente. Ou talvez ele tente fazer uma lobotomia nas nossas mulheres.
Você é limitado igual a seu candidato
Os verdadeiros homens e mulheres de bem deste país, que se levantam cedo para trabalhar todos os dias e levam o Brasil nas costas não vão permitir que esse fascista descarado assuma a presidência. Nem ele nem o fascista “light” Alckmin. Os vagabundos criminosos que defendem torturadores, assassinos e estupradores, que passam o dia na academia e que não sabem o que é acordar cedo pra trabalhar podem chiar, mas o país é nosso, não é nem nunca será deles, e é só através de golpes e covardia que eles têm alguma chance de não serem escorraçados pelo povo trabalhador.
Como Bozonaro conquista o coração dos tapados
1 – Apele a sentimentos e não à razão. Apele principalmente a preconceitos, senso comum e, principalmente o medo. Tem de deixar as pessoas assustadas para se vender como um pai salvador que vai punir os maus e salvar os bons. Um pai que vai cuidar dos problemas de todos os que não querem cuidar dos próprios problemas. O indivíduo massa não é racional, mas sentimental. Achar que um discurso racional apela às massas é o caminho para a derrota. As palavras têm de ser simples e apelar ao coração e não à mente.
2 – Criar um bode expiatório que encarne todo o mal na sociedade. Dizer que destruindo o bode expiatório, o mal na sociedade acaba. Pode ser o judeu ou o esquerdista.
3 – Sempre usar do show e do espetáculo para deixar o público sem reação e conquistar corações. Vender-se como o redentor da sociedade que vai levá-la de volta à glória.
4 – Fazer com que os desiludidos, frustrados, medrosos acreditem que fazem parte de algo maior. O indivíduo massa é um sem rosto numa população gigantesca e por isso se sente sem importância. Por isso o “pai redentor” precisa fazê-lo acreditar que é alguém e tem importância. Que faz parte de algo maior que ele mesmo e que sua vida ordinária diária. Apelar ao desejo de status dos indivíduos. Fazer com que acredite que seguindo o pai salvador, ele passará a ser alguém de importância na sociedade.
5 – O medo é a principal emoção do seguidor do “pai salvador”. Mostrar que eles não precisam ter medo desde que exista um pai salvador no comando da sociedade, um pai salvador que dá amor aos que merecem e pune com violência os que estão causando o mal na sociedade (o judeu, o esquerdista). Apelar aos sentimentos mais infantis dos indivíduos.
Bolsominion não pensa, se recusa a usar a razão. Só sabe se guiar por sentimentos: sentimentos de medo, frustração.
O bolsominion, assim como o nazista, é um frustrado, covarde, que quer um homem de farda para resolver seus problemas magicamente
Bolsominion é igual nazista: não pensa, se recusa a usar a razão. Só sabe se guiar por sentimentos: sentimentos de medo, frustração.
O bolsominion, assim como o nazista, é um frustrado, covarde, que quer um homem de farda para resolver seus problemas magicamente.
O bolsominion é o melhor exemplo do homem massa: é puro sentimento, aproveita-se do anonimato e da multidão para relaxar qualquer bloqueio moral e de civilidade. Deixa os sentimentos e preconceitos mais odiosos e nojentos aflorarem.
Não pensa, não é um ser humano racional.
Só sente e se apega a seus preconceitos mais infantis porque assim se sente seguro num mundo do qual ele tem medo.
Bolsominion é geralmente um carente e frustrado.
Acha que dando amor ao homem fardado, vai receber de volta amor e proteção dele.
E que o homem de farda tapado vai punir os malvadões do mundo.
Acha que o Bolsonazi é como um pai que vai amar os seguidores e dar proteção a eles enquanto pune os maus.
Basicamente um sentimento totalmente infantil…
Faz sentido
Parabens pelo excelente artigo. Mulheres que defendem este Violento, merecem Nosso escarnio. Mulheres tem que reagir so machismo! Espero que com o andar da campanha mais artigos como este surjam!
Veremos, ao final, qual o apoio que esse grupo terá…
A meu ver, uma lição está bem clara, e deveríamos prestar muita atenção…
Numa democracia, corporações do Estado não podem ser transformadas em partidos políticos, não podem ser capturadas por partidos políticos, pela política partidária…
Tomara que as eleições confirmem o que estou defendendo, embora não exista nenhuma garantia em relação a isso…
Por fim, não há corporação do Estado que resista a governos de um mesmo partido que se sucedem, um após outro, por décadas…
Títulos de matérias, artigos, que se repetem, são apenas atos-falhos?
“Polícia de Alckmin só prende 1 em cada 5 casos no setor de homicídios”, Artur Rodrigues, Folha/Uol, 15 de maio de 2017
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/05/1884021-policia-de-alckmin-so-prende-em-1-de-cada-5-casos-no-setor-de-homicidios.shtml
“Meu ‘confronto’ com a polícia de Alckmin. Na primeira grande manifestação de 2015, em São Paulo, um dos ‘vândalos’ era eu”, Eliane Brum, El País, 10 de janeiro de 2015
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/01/10/opinion/1420896908_403524.html
Nada resiste aos “eleitos eternos”…
Trechos de “Ódio à democracia”, do filósofo francês Jacques Rancière, publicado na França em 2005 e, no Brasil, em 2014 (Boitempo Editorial)
https://plus.google.com/113115111361171010092/posts/CHwo2mfNnN2
“Após 20 anos, tucanos escolhem candidato em SP que não é Serra nem Alckmin”, Nathan Lopes, Uol, 26 de fevereiro de 2016
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/02/26/sem-alckmin-ou-serra-psdb-tera-nome-novo-na-disputa-pela-prefeitura-de-sp.htm
Sempre bom lembrar o que significa apoiar os homens de bem. O golpe jogou o país nas trevas.
Todos os golpes no brasil tiverem o apoio desses covardes de bem.