O filho de Maria Félix, de 21 anos, resistiu pouco mais de seis meses de gestação. Morreu ainda no ventre, com apenas 322 gramas. A causa do aborto, que aconteceu com 25 semanas de gravidez, foi má formação: o bebê tinha o intestino para fora do abdômen e também problemas no coração. Não é incomum que as mães da região percam seus filhos precocemente. O bebê de Maria, ao que tudo indica, foi mais uma vítima precoce do agrotóxico glifosato, usado em grandes plantações de soja e de milho em Uruçuí, a 459 km de Teresina, no Piauí.
O mesmo veneno que garante a riqueza dos fazendeiros da cidade, no sul do estado, está provocando uma epidemia de intoxicação com reflexo severo em mães e bebês. Estima-se que uma em cada quatro grávidas da cidade tenha sofrido aborto, que 14% dos bebês nasçam com baixo peso (quase do dobro da média nacional) e que 83% das mães tenham o leite materno contaminado. Os dados são de um levantamento do sanitarista Inácio Pereira Lima, que investigou as intoxicações em Uruçuí na sua tese de mestrado em saúde da mulher pela Universidade Federal do Piauí.
Conheci a história de Maria Félix Costa Guimarães na maternidade do hospital regional Tibério Nunes, na cidade de Floriano. É para lá que as mulheres de Uruçuí são encaminhadas quando têm problemas na gravidez. Nos primeiros exames, feitos em julho, já havia sido identificada a má-formação no feto. Em setembro, no leito do hospital, encontrei a jovem, que lia a Bíblia e se recusava a comer. Carregava um olhar entristecido, meio envergonhado. Ela tinha sofrido o aborto no dia anterior e aguardava o médico para fazer uma ultrassom e se certificar de que não seria necessária a curetagem (cirurgia para retirada de restos da placenta).
Graça me contou que a sobrinha sempre esteve rodeada de fazendas de soja. A casa onde vive, em Uruçuí, fica a cerca de 15 km de uma plantação. Antes, ela morava na zona rural do município de Mirador, no Maranhão, onde também há plantio de soja. “Os fazendeiros tomaram conta de tudo.”
Em meados de agosto estive em Uruçuí para conversar com profissionais da saúde e com os trabalhadores agrícolas. Eu queria entender como viviam as pessoas no município contaminado pelo glifosato, e se elas tinham noção de que o problema existe. Também liguei para o pesquisador Inácio Pereira Lima, que culpa o agronegócio pelo adoecimento das pessoas. “Tudo isso é consequência do modelo de desenvolvimento econômico em que só o lucro está em foco, independente das consequências negativas para a população”, ele me disse.
O glifosato é o agrotóxico mais usado no Brasil. É vendido principalmente pela Monsanto, da Bayer, com o nome comercial de Roundup. Seus impactos na saúde humana são tão conhecidos que o Ministério Público pediu que sua comercialização fosse suspensa no Brasil até que a Anvisa fizesse sua reavaliação toxicológica. Em agosto, a justiça aceitou e o glifosfato foi proibido. A suspensão foi classificada como um “desastre” pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e foi duramente combatida por ruralistas e pela indústria.
A decisão, no entanto, foi derrubada pela justiça em segunda instância poucas semanas depois. Maggi – que também é conhecido como “rei da soja” – não escondeu o seu entusiasmo com a liberação do agrotóxico:
Agora sim, a boa notícia!! Enfim, o TRF 1 suspendeu a liminar que proibia o uso do Glifosato! ??
— Blairo Maggi (@blairomaggi) September 3, 2018
A Monsanto diz que o produto é seguro, mas e-mails da empresa divulgados no ano passado mostram que ela pressionou cientistas e órgãos de controle nos EUA para afirmarem que o glifosato não causa câncer. Isso não impediu a Monsanto de ser condenada a pagar mais de R$ 1 bilhão a um homem que está morrendo de câncer nos Estados Unidos. Cerca de 4 mil ações parecidas estão em curso naquele país.
O produto representa quase a metade de todos os agrotóxicos comercializados no Piauí. O pesquisador Lima explicou que a presença da substância no leite materno indica a contaminação direta ou que as quantidades utilizadas na atividade agrícola da região são tão elevadas, que o excesso não foi degradado pelo metabolismo da planta. As mulheres estudadas por ele sequer trabalham nas lavouras: elas estão intoxicadas porque fazem limpeza, cozinham nas fazendas ou porque comeram o herbicida nos alimentos. Lima, em sua tese, explica que o organismo é contaminado pela pele e vias respiratória e oral.
Pelos registros do hospital regional de Uruçuí, os abortos ocorrem geralmente em mulheres entre 20 e 30 anos, que chegam até a 10ª semana de gestação. O número elevado de casos é citado por Iraídes Maria Saraiva, enfermeira plantonista. “São muitas as mulheres que chegam com sangramento ou já com o ultrassom mostrando que o feto não tem batimentos cardíacos. A maioria desses abortos são espontâneos”, me disse.
Muitas mulheres têm a gravidez interrompida logo nas primeiras semanas. Sem saber que estão grávidas, elas seguem trabalhando cercadas pelo glifosato. Quando descobrem, já não há mais o que fazer. “Dificilmente é a primeira gravidez e elas não têm doenças pré-existentes. Quer dizer, são mulheres jovens que aparentam ser saudáveis”, observou a enfermeira.
‘É uma contaminação lenta, gradual e diária.’
Há ainda as que sabem que estão esperando um filho mas não podem deixar o trabalho, simplesmente porque dependem do salário. As que passam da fase mais crítica e levam a gravidez até o fim correm alto risco de ter má formação do feto.
Na maternidade de Floriano, o coordenador do setor de obstetrícia Luiz Rosendo Alves da Silva já viu muitos casos de aborto e de má-formação. Ele acredita na culpa dos agrotóxicos. “É uma contaminação lenta, gradual e diária. A principal consequência é a atrofia de alguns órgãos, principalmente coração e pulmão”.
Alanne Pinheiro, enfermeira do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), observa que as mulheres estão expostas aos agrotóxicos de forma mais perigosa do que os homens que trabalham diretamente na aplicação do veneno. “Elas ficam na cozinha ou fazem a limpeza das fazendas e acabam inalando o agrotóxico de forma indireta. Como não usam roupas especiais, sofrem mais o efeito da intoxicação passiva.”
A cidade de 21 mil habitantes tem as características comuns do interior, onde a vida acontece sossegada e todo mundo se conhece. Quase um terço da população vive na zona rural. No percurso de 40 km do centro até o Assentamento Flores – onde moram muitos dos trabalhadores com quem eu pretendia conversar – quase não há árvores, exceto em pontos isolados ao redor da casa grande, a sede da fazenda. A sensação é de um enorme deserto e uma riqueza distribuída entre poucos.
Uruçuí não é um município pobre. O PIB per capita, de R$ 49 mil, era o 2º maior do Piauí em 2015, último ano da pesquisa do IBGE. Perdia apenas para a cidade vizinha, a também agrícola Baixa Grande do Ribeiro. Mas na prática, o salário dos trabalhadores é de R$ 1.900 por mês, em média.
Quem enriquece de verdade são os fazendeiros. A maioria deles saiu do sul do Brasil para o cerrado piauiense em busca de terras e do clima ideal para o plantio de suas lavouras. Outros ocupam ou já ocuparam cargos na política como deputados ou vereadores. É o caso do ex-deputado estadual Leal Júnior, eleito três vezes para o mesmo cargo, e da vereadora de Uruçuí Tânia Fianco.
Joana* trabalhou como cozinheira na Fazenda Serra Branca há sete anos. Ela conta que o cheiro do agrotóxico chega até as trabalhadoras, mesmo quando elas não estão nos locais onde o veneno é aplicado. “Dependendo da posição do vento, a gente sentia. E se tivesse aplicando com o avião, era mais forte. Às vezes eu chegava em casa com dor de cabeça e sabia que era do veneno”, lembra ela, que prefere não se identificar. “Sabe como é, né? A gente depende das fazendas”, conforma-se. O marido ainda trabalha no agronegócio.
Se os males causados pelos agrotóxicos se limitassem às mães e aos seus bebês, o problema já seria grave o bastante, mas o sanitarista Inácio Pereira Lima faz um alerta. “Como minha pesquisa foi voltada para a mulher, coletei amostras biológicas exclusivas; por isso foi o leite. Mas, se a pesquisa fosse da população em geral, poderia optar por outro tipo de amostra como sangue ou urina. E talvez chegasse a esses mesmos resultados. Ou seja, toda a população está sob risco, e não só as mães que amamentam”, me explicou o pesquisador.
Efeitos do agrotóxico são tabu na cidade.
Ouvi de muitas pessoas da cidade que alguns fazendeiros não são simpáticos com quem os contraria. O conselho que todo mundo me deu foi: “Não fale com eles”. As fazendas têm seguranças armados.
Decidi ir ao escritório da Fazenda Canel, administrada pelas famílias Bortolozzo e Segnini, originárias de Araraquara, no interior de São Paulo. Eles se instalaram no Piauí há 30 anos e são os pioneiros no plantio de soja no estado. Eu queria entender a posição deles. Todos se negaram a conversar comigo. Funcionários justificaram que os responsáveis estavam “viajando para o exterior”.
Na cidade onde quase todo mundo se conhece, o mesmo segredo é compartilhado. Ninguém fala para os profissionais de saúde quando sente os efeitos do agrotóxico no organismo, e dificilmente o hospital é procurado. Se a intoxicação for mais grave, os trabalhadores escondem dos médicos sua possível causa. É muito difícil detectar laboratorialmente doenças causadas por agrotóxico. Se o paciente não fala, muitas internações provocadas pelos químicos não caem na conta deles.
A enfermeira Alanne Pinheiro me disse que as pessoas têm medo de perder o emprego. “Se eles disserem que estão doentes por causa dos agrotóxicos, aquilo pode repercutir na cidade e ficar mal pro fazendeiro. Os trabalhadores têm mais medo de demissão do que de uma doença.”
‘Quando a gente começa a investigar, eles não falam tudo.’
Há ainda a falta de conhecimento sobre os riscos dos agrotóxicos. “Eles nem acreditam que possa acontecer algum problema grave porque os danos só aparecem a longo prazo. Não existe a percepção de que os males se acumulam e podem trazer doenças irreversíveis, como um câncer que já se descobre em metástase”, diz Alanne.
Um possível exemplo é João*, marido de Helena*. Conversei com ela porque João sai cedo para a Fazenda Nova Aliança e só chega à noite. Este ano, o trabalhador teve uma alergia nos braços, mas decidiu tratar em casa. Sem avaliação médica e sem exames, João se auto-medicou. “Acho que não foi agrotóxico, porque ele é pedreiro e não mexe com veneno. Deve ter sido por causa do cimento”, opina a mulher.
É comum que os moradores atribuam os sintomas da intoxicação a outras causas. “Os pacientes chegam com queixas vagas, como ardência nos olhos. Mas, quando a gente começa a investigar, eles não falam tudo”, comenta a enfermeira Iraídes. Nas raras vezes em que vão ao hospital, são levados por algum funcionário da fazenda. Com essa vigília, o medo de perder o emprego é maior e a saúde fica em segundo plano.
O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador está tentando evitar o alto índice de subnotificação: eles treinam os enfermeiros e médicos para que notifiquem os casos de intoxicação quando perceberem os sintomas, independente do que afirmam os pacientes.
Geivan Borges da Silva é técnico em agropecuária e presta assessoria para muitos fazendeiros de Uruçuí. Ele defende que o uso de sementes transgênicas reduz a necessidade de agrotóxicos. “Quase 100% das áreas plantadas aqui são de variedades transgênicas, resistentes a muitos tipos de praga e ervas daninhas”, ameniza.
Na verdade, as provas científicas dizem o contrário. O dossiê sobre agrotóxicos da Abrasco, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva, mostra que o uso de transgênicos aumentou a necessidade de defensivos agrícolas. É só olhar para a soja, campeã no uso de agrotóxicos: 93% da safra é transgênica, e a quantidade de litros de produtos químicos aumentou mesmo assim.
Na região sul do Piauí, as sementes de milho, soja e algodão também são vendidas pela Monsanto, a mesma que fornece o glifosato, de acordo com o cadastro de junho de 2018 da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí, a Adapi.
Outra tecnologia defendida por Silva é a que minimiza a disseminação do agrotóxico no ar: usa-se um produto que aumenta o peso da gota, fazendo com que ela desça diretamente na planta e não disperse com o vento. “Tudo é agricultura de precisão para reduzir os custos”, argumenta.
É certo que essas tecnologias otimizam a produção agrícola, mas elas foram incapazes de evitar a intoxicação de Emanuel*, que trabalha como operador de máquina de aplicação de agrotóxico na Fazenda Condomínio União 2000.
Após um ano trabalhando, Emanuel sentiu tontura, fraqueza, ardência nos olhos e chegou a vomitar. Quem conta essa história é a esposa dele, Rosa*. “Nós fomos pro hospital e quando saiu o resultado do exame, deu que tinha agrotóxico no sangue. A médica passou remédio, mandou ele se afastar do trabalho por um tempo e tomar muito leite”.
Emanuel melhorou, mas há três anos voltou para o mesmo ofício. “Ele já me disse que só fica até o final desse ano. Não vale a pena perder a saúde por causa de dois mil por mês”, diz Rosa. Eram 18h quando me despedi. O marido dela ainda não tinha chegado. Ele trabalha para a vereadora Tânia Fianco, do PSDB.
No Brasil, o Projeto de Lei conhecido como PL do Veneno pretende liberar mais rapidamente vários produtos, entre eles muitos que são à base de glifosato. O lobby da indústria é pesado, e ataca sobretudo a Anvisa, agência reguladora suscetível a todo tipo de pressão e que já mostrou que está disposta a fazer o jogo das grandes corporações.
*Os nomes dos trabalhadores foram alterados para preservar suas identidades.
Foto em destaque: ultrassom que constatou a má-formação no filho de Maria Félix. Ele morreu ainda no útero, com 25 semanas, por causa de má-formação no abdômen e no coração.
Totalmente sensacionalista e sem embasamento médico, basta falar com um médico pra ver que o texto é completamente amador!
Em uma rápida pesquisa no google temos inúmeros artigos de pesquisas, estudos de casos clínicos sobre os malefícios dos agrotóxicos, são malefícios sobre a saúde ambiental e humana. Parabéns pela coragem em publicar esta matéria. Aqui no RS temos igualmente problemas de abortos, malformações, suicídios e tantos outros malefícios que o nosso trabalhador rural é sujeito quando entra em contato direto ou indiretamente com substâncias tóxicas encontrados nos agrotóxicos.
Estamos falando de substâncias químicas (agrotóxicos, remédios, materiais de limpeza, mata insetos domésticos e etc… ), e deve ter uma série de cuidados ao manejo.
O Brasil realmente é um dos países que mais usa agrotóxicos, mas devido a sua grande área agrícola! Quando esta conta é sobre litros de agrotóxicos por metro quadrado, usamos menos que por exemplo o Japão, país que se destaca em expectativa de vida da população.
No caso da alimentação dos produtos contaminados, lembro que os cereais produzidos na região, em quase totalidade, não são ali consumidos, então será que não é a agricultura familiar que está contaminando parte desse povo, já que seus produtos são em grande parte consumidos in natura! Já que não tem fiscalização ativa nesses produtores! (lembrando que mata tudo e glifosato, são a mesma coisa).
Outra coisa que fico pensando, é, sobre o depoimento dos profissionais, dando apenas relatos, sem um aporte laboratorial. A reportagem inteira não fala de exames de sangue ou urina, que comprovam a presença de glifosato!
Agora um conselho a repórter, tente entender realmente para que lado você trabalha, essa barreira ao glifosato vem de uma hora para outra, justamente em ano de lançamento de novas variedades transgênicas, resistentes a outros tipos de princípios ativos de herbicidas, como, glufosinate de amônia, dicamba e 2,4d! Com classes toxicológicas superiores a do glifosato! Curioso né?
Se é proibido na Europa deve ser porque o repórter do Intercept fez lobby na comissão européia, correto?
Você me faz rir com toda seu pseudo-conhecimento.
Busque conhecimento.
Sra Nayara Felizardo, é desesperador ver um profissional assinar uma notícia dessas de forma tão leviana e sem embasamento. É uma irresponsabilidade tamanha. Apelando pro emocional das pessoas e descartando evidências científicas. A senhora não tem condições de afirmar a essa relação do uso de agrotóxicos com essa taxa de interrupção de gravidez. Tenha responsabilidade. O mesmo vale para esse portal tendencioso e malicioso.
Desesperador é um comentário desses. Informe-se melhor. Chama se Agro TÓXICO, precisa desenhar?
Os caras perderam um processo bilionário nos EUA, é proibido na Europa e você quer descreditar a matéria.
Informe-se.
Quem te financia é o Soros? Faça um trabalho digno sua esquerdinha!
Trabalho digno é ofender um profissional que faz um artigo esclarecedor desses?
Informe-se.
Adorei, muito informativo. Parabéns pela sua coragem.
Boa tarde Nayara , gostei de seu texto e a partir de hoje vou seguir a página do The Intercept, parabéns pelo trabalho de vocês.
Sou engenheiro agrônomo e não posso deixar de pontuar alguns questionamentos e opiniões sobre o assunto, o primeiro é que lendo a reportagem e a tese do pesquisador eu não consegui encontrar nenhum laudo ou prova de que os abortos foram atribuídos ao uso do glifosato além de especulações como a do médico que ´´acredita´´ na hipótese e em sua opinião um tanto quanto sensacionalista (minha opinião) ao afirmar que o bebê foi mais uma vítima do produto (sem prova alguma).
Realmente as partículas do glifosato são levadas pelo vento e podem atingir um raio de 10 km a partir do ponto de aplicação, porém nesse longo caminho ela se dispersa e não é tóxica, além disso seu uso é pontual na época do plantio e da colheita da soja. Também fico intrigado a perguntar como a saúde pública e o saneamento básico da cidade está, se essas mulheres tem um pré-natal bem assistido e se as estimativas colocadas não são de todo o estado do Piauí que historicamente e infelizmente difere de outros estados mais desenvolvidos e se mesmo com isso tudo será que esses abortos são realmente apenas e somente causados pelo uso do produto?? Digo isso pois já trabalhei em uma região do Mato Grosso (Lucas do Rio Verde e Sorriso) que tem uma área plantada que somando daria mais de 2 milhões de hectares o que pelo que vi em estatísticas do censo daria umas 10 vezes maior do que a da região plantada de Uruçui e que utiliza 10 vezes mais agroquímicos idem, entretanto não há a mesma proporção no caso de aborto e contaminação por uso destes. Se proibirem o glifosato os agricultores terão de usar outros herbicidas que eram utilizados antigamente com ingredientes ativos como o cletodin (poquer) e a utilização será bem maior pois eles não atingem toda a gama de plantas daninhas quanto o glifosato e assim novas aplicações com outros produtos deverão ser feitas aumentando ovolume de uso de agroquímicos , por isso a lei dos agrotóxicos tem que ser aprovada também, para que novas tecnologias entrem no campo e substituam vários produtos nocivos que ainda estão no mercado. Pelo que li e vejo muito no campo o uso do EPI (equipamento de proteção individual) ainda encontra resistência devido a varios fatores, porém é dever do empregador fornece-lo e do aplicador usa-lo, o que diminuiria e muito os casos como o do Sr Emanuel.
È muito cômodo escrever e tender a culpar os agricultores rotulando a categoria de vilões que se afortunam em cima de pobres que não podem abrir a boca ,fazendo assim outros ignorantes e ´´intelectuais´´ se revoltem contra a classe( que vocês querendo ou não carregam o país nas costas), e assim ganhando cada vez mais seguidores sem embasamento algum , por isso acho que devemos pesquisar mais, tentar ver os dois lados e assim publicar artigos verdadeiramente úteis longe de serem tendenciosos.
Olá Lucas, você tem e-mail? Sou pesquisadora do tema e gostaria de trocar umas ideias.
Sua falta de informação para publicar um artigo deste me assusta.
Quem não tem conhecimento não pode dar esse tipo de informação.
Com certeza deve ser paga por alguma ONG natureba.
Porque não consta no seu artigo o quanto de riquezas a agricultura trouxe para essa região do estado.
Chega da pena de tanta ignorância.
Claudemilson, e a riqueza se tornou mais importante que a saúde das pessoas?
A indústria de tabaco também gera riqueza, e nem por isso o cigarro deixa de ser tóxico e causar câncer. Quer dizer que se gera riqueza vale tudo? Desmatar, poluir, caçar, mentir, matar?
Riqueza pra quem? as regiões onde o agronégocio age são as que mais identificam desigualdade social extrema, trabalho escravo entre outras abominações, os unicos que enriquecem são bilhardarios que enchem o rabo de dinheiro e transforma o país num exportador de matérias primas, nenhum país que tem uma elite agro poderosa é um país desenvolvido, são como carrapatos.
Gratidão por denunciar! Seria interessante fazer um mapeamento de onde vão parar esses produtos transgênicos, o que podemos boicotar para diminuir esse lucro assassino.
Fico pensando comigo se meu cotidiano tem alguma relação com essas grandes lavouras. Em que posso ajudar essa população intoxicada…
Trabalho em uma revenda de insumos e sinceramente acho uma vergonha como os agricultores e os produtos são atacados deveriam ser mais gratos pois sem nossa agricultura o Brasil estaria em uma merda muito maior doque está hj.
O dia que os produtores deixarem de Plantar pode decretar a falência da nação.
Só quem não conhece nada de economia diz uma abobrinha dessa, todos os economistas decentes vão te dizer que esse agronegocio é parte principal do problema do porque nosso país não cresce, um país agro, exportador de matérias primas graças a uma elite agraria detestavel que esta envenenando nossa comida, a nação vai falir é se dependermos do agronegocio isso sim, vá estudar e para de escrever abobrinha na internet.
E uma piada uma matéria com tantas mentiras.. esse povo só pode estar bebendo Glifosato….
Então faz mal o Glifosato ou não? Se quem bebe (segundo sua resposta vazia e malcriada) fica maluco, levando em consideração que o jornalista não bebeu, então sua conclusão é que faz mal a saúde? Pelo menos foi o que me pareceu.
Ótima reportagem. Parabéns!
O Brasil não precisa de liberação de armas para a população se matar, ela já está sendo morta lentamente com autorização dos governos e da justiça.