Na tarde de uma quarta-feira do ano passado, o deputado federal Jair Messias Bolsonaro desembarcou no aeroporto João Suassuna, na cidade paraibana de Campina Grande. Do lado de fora, discursou para centenas de fiéis que ansiavam por ele.
“Como somos um país cristão, Deus acima de tudo!”, esgoelou-se. “Não tem mais essa historinha de Estado laico, não! É Estado cristão!” Pronunciou seu voto de fé: “Vamos fazer um Brasil para as maiorias! As minorias têm que se curvar às maiorias! A lei deve existir para defender as maiorias! As minorias se adéquam ou simplesmente desapareçam!”
Foi zombaria da história o sol implacável que cegava os anfitriões do capitão. Para mirá-lo na contraluz, eles levavam as mãos à testa, em forma de uma aba de boné, proporcionando sombra aos olhos. O homem encolerizado ao microfone, naquele 8 de fevereiro de 2017, encarnava personagens sombrios de outrora. Ao preconizar o desaparecimento de minorias, evocou Ióssif Stálin trucidando oposições à esquerda e à direita. E o extermínio engendrado por Adolf Hitler.
A ameaça de eliminação das minorias conecta o bolsonarismo a ideias estimadas pelo nazifascismo. Ciro Gomes desdenhara Bolsonaro como “um projetinho de Hitler tropical”. Na sexta-feira, em cima de um caminhão de som, o candidato presidencial do PDT se referiu ao adversário do PSL como “nazista filho da puta”. Depois de uma sessão da peça “Meus 200 filhos”, ambientada em cenário do Holocausto, um espectador gritou, no teatro do Centro Cultural Justiça Federal: “Abaixo o nazismo! Veja em quem você vai votar!”.
Numa charge para comentar pesquisa do Ibope, Benett cruzou linhas evolutivas de votação e rejeição do deputado (antes de ele estacionar na intenção de votos e sua rejeição aumentar novamente). Elas desenharam a suástica. O grupo “Judeus contra Bolsonaro” desfraldou bandeira: “Não aceitamos que um fascista possa ser presidente do Brasil”.
O manifesto “Democracia Sim”, cujos signatários ilustres se inclinam por candidatos diversos, reconhece na barbárie Bolsonaro uma “ameaça franca ao nosso patrimônio civilizatório primordial”. E lembra: “Líderes fascistas, nazistas e diversos outros regimes autocráticos na história e no presente foram originalmente eleitos, com a promessa de resgatar a autoestima e a credibilidade de suas nações, antes de subordiná-las aos mais variados desmandos autoritários”.
A Gaviões da Fiel reviveu a têmpera da democracia corintiana e rechaçou o candidato “que homenageia publicamente torturadores”. Tabelou com a Torcida Jovem do Santos, que se entrincheirou: “A opressão jamais irá vencer a nossa luta por liberdade dentro e fora dos estádios!”
O parentesco do ideário bolsonarista com o arsenal ideológico nazi é tão inequívoco que até pascácios da direita mais ouriçada o percebem. Em 2011, o movimento neonazista White Pride World Wide juntou-se à convocação de um “ato cívico” pró-Bolsonaro em São Paulo. O nome do grupo quer dizer, no idioma que ele despreza, “Orgulho Branco no Mundo Inteiro”.
Skinheads apreciam o deputado. Essa gente é sádica como o garoto de olhos azuis Bobby, um dos clones de Hitler no filme “Os meninos do Brasil”. Bobby manda seus cães dobermann atacar e matar – um deles morde uma veia jugular e se lambuza de sangue humano. Talvez tenha sido um clone do facínora Carlos Alberto Brilhante Ustra quem, na campanha pelo impeachment, pendurou num viaduto bonecos de Dilma Rousseff e Lula enforcados.
Antes de afinar a voz pelo diapasão eleitoral, Bolsonaro teve oportunidade, mas não deplorou a memória do führer. Em 2012, no programa “CQC”, indagaram se ele “gostava” de Hitler. “Não”, respondeu, antes de render-se: “O que você tem que entender é o seguinte: guerra é guerra. Ele foi um grande estrategista. Quando você tem um general, aqui no Brasil, em qualquer exército do mundo, aquele general tem que estar pronto para aniquilar o outro país, destruir o outro país, para defender o seu povo”.
Bolsonaro não mencionou episódios como a invasão da Polônia e a ignomínia do gueto de Varsóvia. Nem explicou como a expansão nazista teria “defendido” o povo alemão.
Na mesma entrevista, perguntaram: “O senhor já deu um sopapozinho em alguma mulher?” “Já”, disse o capitão. “Eu era garoto, ainda em Eldorado (SP), e uma menina, que forçou a barra para cima de mim…”. E gargalhou, acompanhado dos entrevistadores.
Com estímulos dessa natureza, não surpreende a letra que bolsonaristas adaptaram ao funk “Baile de favela”. Na “Marcha da Família com Bolsonaro”, no Recife, os manifestantes cantaram: “Dou pra CUT pão com mortadela/ E pras feministas, ração na tigela./ As minas de direita são as tops mais belas/ Enquanto as de esquerda têm mais pelos que as cadelas”. A paródia não é “polêmica”, como prefere a imprensa anestesiada por eufemismos. É abjeta.
Ela não espanta, mas perturba. “O ovo da serpente” se passa na Berlim de 1923, dez anos antes de Hitler ser alçado a chanceler da Alemanha. Visita a gênese da tragédia nazista vindoura. O protagonista do filme de Ingmar Bergman é o trapezista judeu Abel Rosenberg. O desalento e o medo o abatem, depois de ele testemunhar policiais surrando um homem: “Acordei de um pesadelo e descobri que a vida real é pior do que o sonho”.
No Brasil, misoginia, homofobia e racismo se revolvem num coquetel de boçalidade e ódio. Em 2014, Bolsonaro disse ao jornal espanhol “El País” que “a imensa maioria [dos gays] vem por comportamento. É amizade, é consumo de drogas. Apenas uma minoria nasce com defeito de fábrica”. O nazismo também se apascentava da ojeriza por homossexuais. Nos campos de concentração, um triângulo rosa era costurado em seus uniformes. A peça “Bent”, de Martin Sherman, coloca em cena dois prisioneiros com triângulo rosado.
É possível que Joseph Goebbels, o ministro do III Reich para a Propaganda, jamais tenha enunciado a tese de que uma mentira repetida mil vezes vira verdade. Foi, todavia, um praticante compulsivo dela. Adeptos de Jair Bolsonaro têm compartilhado informações que maltratam os fatos.
Circula no WhatsApp a patacoada de um “plano de dominação comunista do PT”. A montagem repousa na prateleira do mercado de invencionices. É herdeira de uma armação nazistoide ocorrida em 1937. Enamorado pela Alemanha hitlerista, o presidente Getulio Vargas pretextou um certo “Plano Cohen” para perpetrar o golpe de Estado que impôs a ditadura do Estado Novo.
O tal plano arquitetava um assalto ao poder pelos comunistas. Era falso. Quem o datilografou foi um quadro da Ação Integralista Brasileira, organização prima do nazifascismo europeu. Capitão do Exército, chamava-se Olímpio Mourão Filho. Quando general, daria a largada no golpe de 1964 – um Mourão golpista é notícia caduca. O sobrenome Cohen foi escolhido para vincular o Partido Comunista à comunidade judaica; o integralismo era visceralmente antissemita.
Mentira no atacado, mentira no varejo. O deputado federal Eduardo Bolsonaro veiculou um vídeo de propaganda do pai concorrente ao Planalto. Uma narradora em off fala enquanto se vê o que aparenta ser o rosto da dona da voz: “Sou mulher, negra e vinda de família pobre. […] Há muito me libertei do vitimismo. […] Meu voto é pelo Brasil. Meu voto é Bolsonaro”.
Logo desmascararam a farsa. A moça na tela é uma canadense executiva financeira de multinacional. Era atriz em 2011, ao gravar filmes para um banco de imagens, do qual saiu a “brasileira” pseudo-bolsonarista. “Somente a verdade nos liberta”, pregou Eduardo Bolsonaro ao publicar o vídeo no Twitter.
A perversão das mal denominadas “fake news” – se são falsas, não são notícias – levou Fátima Bernardes a gravar esclarecimento sobre uma delas. Espalharam que ela doara R$ 350 mil, mais a reforma de uma casa, à família do esfaqueador de Bolsonaro. A apresentadora teria sido motivada pela condição de Adélio Bispo de Oliveira como “vítima do sistema, da sociedade, capitalista, preconceituosa, odiosa e sem amor e porque era intimidado com os discursos de ódio de Bolsonaro”. É difícil identificar as digitais na mentira vulgar?
Tentaram atingir Ciro Gomes, plantando o boato que ele agredira sua ex-companheira Patrícia Pillar. Obra de quem? No Twitter, um dito Renato mantém um perfil com mais de mil seguidores. Diz-se de “direita” e sufraga Bolsonaro. No dia 23 de setembro, ele tuitou: “Ciro agrediu a Patrícia Pillar, a vítima ainda o defende” (copiei tudo, mas não promoverei o patife). Renato não maquinou o boato; foi um dos que o disseminaram. A atriz foi às redes e depôs: “Nunca sofri nenhum tipo de violência da parte de ninguém”. E anunciou voto em Ciro.
A despeito das credenciais de Bolsonaro e seu séquito, irrompe no ecossistema do poder um raciocínio extravagante: o de que o segundo colocado nas pesquisas, Fernando Haddad, padeceria do mesmo mal do capitão, o “extremismo”. Nivelam quem é diferente. De caso pensado ou não, ajudam o único extremista tresloucado (o cabo bombeiro é hors-concours).
Haddad militou contra a ditadura; Bolsonaro afirmou seis anos atrás que apoiaria um novo regime “nos moldes [do] de 64”. O PT governou por 14 anos e não mudou o número de membros do STF; Bolsonaro projeta mudar, para controlar a corte. Lula não tramou uma segunda reeleição, em que ele seria barbada nas urnas. Haddad batalha pelos direitos humanos; Bolsonaro advoga a tortura. Equivalem-se?
Os dois pertencem a “campos antidemocráticos”, pontificou na quinta-feira o colunista Merval Pereira, em artigo escrutinado pelo jornalista Fernando de Barros e Silva. Bolsonaro e Haddad emitem sinais que “representam ameaça à democracia”, diagnosticaram os cientistas políticos José Álvaro Moisés e Rubens Figueiredo. Para o economista e empresário Roberto Gianetti da Fonseca, um segundo turno com a dupla poderia gerar “grave risco institucional”.
O candidato Geraldo Alckmin apontou os líderes das pesquisas como “dois lados da mesma moeda, a do radicalismo” (o jornalista Bernardo Mello Franco dissecou a declaração do tucano). Fernando Henrique Cardoso escrevinhou uma carta considerando que o capitão e o ex-ministro de Lula “apostam em soluções extremas” – esqueceu de dizer que janta com Haddad, ao passo que Bolsonaro sugeriu matar o antigo presidente. Viveríamos “A hora dos extremos”, titulou a revista “Veja”.
Nenhum contendor de Bolsonaro assombra a democracia como ele, ao contrário do que sustentam “intelectuais adversativos”, expressão bem bolada pelo jornalista e editor Paulo Roberto Pires. “O intelectual adversativo situa-se num centro imaginário, que ergueu como lugar de equilíbrio e razoabilidade”, escreveu. É contra Bolsonaro, “mas”, “porém”, “contudo”… “Não é raro que, usando a desonestidade como método, conclua que bolsonaristas e lulistas são faces da mesma moeda.”
O PT alegadamente extremista é o partido em cujas administrações os banqueiros faturaram às pencas. O “confronto de extremos” constitui charlatanismo intelectual, sobretudo quando delineado com as letras afetadas do pedantismo. Quem iguala desiguais relativiza o perigo bolsonarista e banaliza seus delírios intolerantes.
Ficar em cima do muro significa consentir com a plataforma, esta sim, extremista de Bolsonaro. É adotar a teoria dos dois demônios, que no limite, ao rememorar refregas da ditadura, não difere torturadores de torturados.
A semana começou com más notícias para o capitão. O Ibope informou que sua diferença para Haddad caiu de nove para seis pontos. O plano de Lula vai dando certo. Bolsonaro tem 28% (igual à semana passada); Haddad, 22% (+3); Ciro, 11% (igual); Alckmin, 8 (+1); Marina Silva, 5 (-1). A rejeição imensa a Bolsonaro subiu de 42% para 46%. Ele perde nos cenários de segundo turno testados, exceto contra Marina – empatam.
Entre as mulheres, Bolsonaro e Haddad têm ambos 21%. São elas que devem provocar abalo inédito na campanha fascista. Convocam para o sábado, 29 de setembro, protestos contra o deputado. Mobilizam com a hashtag #EleNão. Um sem-número de movimentos se associou à iniciativa.
“Dia 29 faremos história!”, escreveu Antonia Pellegrino. A feminista e roteirista assinalou: “A plataforma de Bolsonaro é inaceitável em qualquer democracia. Não podemos aceitar que o antipetismo se volte contra nós mesmas, se transforme em voto a favor de Bolsonaro. Entendo que haja mulheres que repudiam com todas as forças o Partido dos Trabalhadores. Porém, o PT nunca deixou o campo da democracia e sempre respeitou as decisões judiciais. O ódio ao PT não pode se transformar no ódio à democracia”.
Jair Bolsonaro espera ter alta do hospital em breve. Talvez as pesquisas não lhe sejam alvissareiras como os boletins médicos.
Foto da capa: Forte de Copacabana dominado por tropas golpistas, em 1º de abril de 1964.
A Alemanha foi jogada na lama graças à sua derrota no campo militar e diplomático, mas mesmo assim não deixou de possuir profissionais e indústrias dos mais gabaritados do mundo, bem ao contrário do Brasil em tudo oposto que eu escrevi. Que ele é perigoso, não tenho dúvida nenhuma. Mas quis comparar a margem de manobra, por assim dizer, que o fascismo tupiniquim vai (ou teria) que enfrentar: o Brasil é um país atrasado de terceiro mundo e isso faz toda a diferença.
Bolsonaro seria um Hitler bem mequetrefe. Hitler comandou a Alemanha um país (até hoje) riquíssimo e avançado cientíco e tecnologicamente, Bolsonaro (se vencer) vai comandar um Brasil pobre, de terceiro mundo e atrasado em vários aspectos, um mero país de economia dominada.
PS: Senhor Nosli, o senhor não se cansa de jogar seus excrementos aqui?
Mds, a Alemanha tava na m.. depois da Primeira Guerra Mundial e a assinatura do Tratado de Versalhes, alias a ascensão do Hitler foi, entre outras, com a promessa de prosperidade e o fim da miséria do povo alemão.
O Bolsonaro é extramente perigoso e tem discursos bastante parecidos realmente. Principalmente quando fala que as minorias devem se curvar ou desaparecer, isso é fascismo, e ele tá vendendo essa ideia graças a tanta gente que apoia o ódio.
Fé que “Dia 29 faremos história”, há esperança!
PS: adorei a matéria
O fascismo é de direita ou de esquerda?
De acordo com a definição correta do que é fascismo, a história recente – última década brasileira – mostra que a esquerda brasileira é fascista, embora tenha um discurso democrático e civilizatório para se apossar do poder. Ela precisa da democracia, mas não a exerce quando assume o poder. Nos últimos 100 anos abundam as provas de que a esquerda sempre foi tão fascista quanto os nazistas basta ler a respeito da União Soviética e China. Com uma diferença sensível entre os dois maiores males da humanidade: no regime nazista criminoso as liberdades individuais eram aparentemente toleradas.
Aqui no Brasil tivemos a oportunidade de ver e constatar o quão fascista é a esquerda. Bolsonaro é fascista? Teríamos que avaliar como seria seu governo e acho que não teremos essa oportunidade porque ele não tem chance no 2º turno. Acusá-lo de fascista sem saber como ele governaria é safadeza de gente mau caráter, que teme perder privilégios indevidos.
O que se vê nessa reportagem é mais uma tentativa desonesta de atacar um candidato em benefício de uma esquerda fascista. São especialistas em contar uma mentira dizendo a verdade.
Mario, você deveria voltar a falar do seu ídolo, o mestre em trapaça Neymar.
Quem quiser saber a origem do fascismo, o que é fascismo e se ele é de direita ou de esquerda, acesse o link abaixo. São menos de 6 minutos. Você vai gostar independente de sua ideologia.
https://youtu.be/uYsVYHWCOvk
direto dos anais do MBL. vergonha alheia é pouco.
É um privilégio e uma honra ser brindado com um comentário tão profundo.
Você gostou do vídeo, Fernandinho? Que tal postar alguns argumentos que me contradigam?
Selecionei algumas frases para você:
Toda ideologia que prega a submissão dos indivíduos ao Estado é fascista. O Nazismo é fascista. O comunismo é fascista e a esquerda é fascista. Todas essas doutrinas pregam a desvalorização da autonomia individual e buscam uma economia ditada pelo Estado com estatais e corporações públicas.
O Estado não é uma entidade acima das leis e dos homens como querem os agentes públicos que safadamente se esquecem de que lá estão para servir, que são servidores públicos. O Estado não é a personificação do bem maior como querem os esquerdopatas. O Estado é simplesmente uma instituição criada pelos indivíduos para zelar por suas vidas, garantir liberdade, proteger contra inimigos INTERNOS e externos, para mediar conflitos e prover educação, saúde e habitação aos necessitados.
Vocês têm a presunção de inocência, presunção de legitimidade, presunção de veracidade e presunção de legalidade, mas na verdade são um bando de sociopatas a procura de facilidades e benefícios à custa da sociedade. São fascistas. São criminosos. Segue abaixo frases que todo esquerdista fascista deveria decorar:
Nunca perguntes o que tu podes fazer pela Pátria. Pergunta o que a Pátria pode fazer por ti.
“Ainda não chegara a patriota, mas já era bem idiota.” DRYDEN. Absalom e Architophel séc. XVII
“O patriotismo é tão nocivo como sentimento humano quanto é estúpido como doutrina.” TOLSTOI. Patriotismo e Governo
“A pátria é o primeiro refúgio do canalha.” MILLÔR FERNANDES.
“Não haverá um mundo de paz enquanto não se extirpar o patriotismo da raça humana.” BERNARD SHAW.
Não confie em um esquerdista porque nunca devemos confiar em quem lucra com seus ideais. (plagiando Millôr)
Meu sonho é ver o Brasil virar capitalista. (de alguém bastante inteligente)
“Acusá-lo de fascista sem saber como ele governaria é safadeza de gente mau caráter, que teme perder privilégios indevidos.”
tá, vê isso aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=7T3sHqUjHtU
agora, considerando o histórico dele, do vice dele, dos aliados dele, diz com sinceridade se dá pra esperar outra coisa.
Vou te responder com toda sinceridade. Nunca, nunca, NUNCA escolha um publicitário de um partido político para avaliar o adversário desse partido. Isso é óbvio para qualquer pessoa por mais ingênua que ela seja. Esse sujeito que você escolheu para contrariar meu ponto de vista é um ativista político 24 horas por dia no seu canal de vídeo e na revista Boitempo Editorial a qual tem um blog onde ele faz publicidade do PT e ataque ao Bolsonaro.
Em seu blog ele disse que as ruínas do Museu Nacional é o novo patrimônio histórico nacional obra do DEM, PSDB, PMDB e quejandos. Criminosamente ele se “esqueceu” de incluir na lista os responsáveis pelo museu que são indicações de políticos para o cargo, o PSOL onde os indicados por políticos estão filiados e principalmente o PT, porque foi a Dilma que em 2014 suspendeu a verba aprovada de 13 milhões e os 550 mil anuais.
Essa é uma velha tática do PT: culpar os outros pelo que ele faz. Parece que você “e” tem o hábito de escolher seus candidatos ouvindo o marqueteiro deles. Vou supor que você não sabia que essa pessoa é um ativista político a serviço de um partido e te aconselhar primeiro a entender o verdadeiro significado de fascismo e o que essas ideologias tem em comum. Comece pelo vídeo que eu indiquei acima.
Assista o vídeo do Boris Fausto, historiador progressista indicado por uma sua colega esquerdista aqui no TIB:
https://www.youtube.com/watch?v=YZ6-70UrgRw&feature=youtu.be
E leia o livro:
1964, o elo perdido: o Brasil nos arquivos do serviço secreto comunista.
Com informações colhidas nos arquivos que eram secretos, dos países que compunham a extinta União Soviética, e que foram deliberadamente desconsiderados pelos historiadores progressistas brasileiros – comunistas para usar a palavra certa.
E se prepare para as eleições de 2020 e 2022, porque essa está perdida. Ganhe quem ganhar nada mudará.
e parece que você tem o hábito de colocar as pessoas onde elas não estão.
enfim, antes de comentar, imaginei mesmo que você atacaria o autor do vídeo. fiz uma busca rápida, não vi nada de mais – da mesma forma que você não viu em um vídeo do dinesh d’souza postado por um canal chamado tradutores de direita – e postei. talvez eu tenha deixado passar alguma coisa.
sobre o vídeo e o livro, ficarão pra quando eu tiver mais tempo. estou ocupado com outras coisas agora. mas se o livro seguir mais ou menos a linha de outras coisas que li, acredite: eu não duvido.
“e”, é o seguinte, a sugestão que vou te dar você poderá por em prática nas próximas eleições. Na atual não dá mais tempo. Se você é uma pessoa decente e quer ser útil à coletividade, faça o seguinte:
O link do vídeo do Dinesh D’Souza está nessa página mais acima, no comentário com título “O fascismo é de direita ou de esquerda?” das 8h37. Esse vídeo explica a origem, o significado e os objetivos do fascismo e diz quem é o criador. É uma forma de governo onde os indivíduos se subordinam ao Estado. Essa ideologia é comum ao nazismo, ao comunismo e à esquerda e por isso não é errado chamá-las de fascistas. Ninguém é fascista porque tem atitudes homofóbicas ou porque emite comentários descabidos sobre estupros. O objetivo dessa difamação é enganar a população, criar medo nas pessoas para beneficiar o PT. Um partido que poderia ter sido extinto pelo TSE por tanta roubalheira.
O vídeo do Boris Fausto é superficial porque trata 21 anos em 28 minutos, mas o panorama geral que o historiador traça contraria as informações tendenciosas do TIB. O livro 1964, o Elo Perdido, trás um enfoque que tem sido deliberadamente desconsiderado pelos nossos historiadores progressistas, historiadores esses que também devem ser lidos.
Tenha em mente que a educação é barata e a ignorância é cara. E o fantasma do fascismo está na esquerda. E o Estado existe para te servir e não o contrário. Afinal, você paga e paga caro para ele te servir. Se o Estado estiver inchado e você não recebe os serviços pelo que você paga, reze para surgir um Bolsonaro, mais educado, para por na rua aqueles que estão inchando o Estado e aqueles que estão assaltando os cofres públicos.
Não discordo, Noeli. Tenho notado um esforço muito estranho de setores tanto da esquerda quanto da direita de se dissociarem de certas características inconvenientes e empurrá-las pro outro lado. Porém, pra mim, não muda em nada o fato de que bolsonaro tem sim uma postura autoritária e fascista, e eu diria isso dele independente da posição no espectro político.
O estado gasta muito e gasta mal, e isso precisa sim ser mudado, mas não a qualquer custo. Eu desisti do brasil, mas nem por isso eu desejo ver essa terra queimar.
“O PT foi o principal responsável pela absoluta banalização da palavra “fascismo” na língua portuguesa. Entre a esquerda, é muito comum se impressionar com palavras poderosas, de fortíssimo impacto psicológico, como “fascismo”, “opressão”, “exploração”, “conservadores”, “burguesia”, “trabalhadores”, “justiça social” ou “desigualdade”.
E nada melhor para impressionar desavisados do que usar as palavras mais pesadas do vocabulário político, como a repetição, ironicamente goebbelsiana, do termo “fascista” para todo o lado. Fascistas seriam quem discorda do PT, quem vota pela flexibilização da CLT, quem defende Estado mínimo, quem defende a privatização, quem defende uma moral com base em valores judaico-cristãos, quem é contra o aborto…
Para quem conhece a realidade histórica, é fácil notar que o PT, a versão sindicalista da esquerda que não tinha os ranços do antigo PCB, é um partido muito mais próximo do fascismo do que do socialismo aventado por alguns de seus defensores.
Apesar de “fascista” ser o xingamento preferido dos petistas aos não-petistas, seu modelo de poder e Estado é assustadoramente próximo ao de Mussolini, Franco, Salazar.
O fascismo é um sistema político em que, estatiza menos do que o socialismo (este sim, o Estado total). Os planos econômicos são dirigidos como o PAC, os gastos são realizados com infinitos empréstimos e dinheiro jorrando de impressão de moeda em Bancos Centrais, causando inflação.
Empresas são “privadas”, mas controladas por sindicatos e vastos “direitos trabalhistas”, e acabam não tendo como negociar, senão com o próprio Estado com seus projetos faraônicos. Grandes empresas do projeto nacional ganham subsídios e trabalham em esquema de cartel com o governo (hoje, diríamos, em escambo de propinas por contratos).
A censura é obtida quando fascistas chegam ao poder, mas antes disso já fazem um vigoroso, repetitivo, fanático e monotemático trabalho de desinformação, que logo se torna a visão oficial assim que se chega ao poder. Ou seja, com financiamento para que, mesmo antes de censurar (ou “regular os meios de comunicação”), possa-se prevalecer uma narrativa oficial, com termos a serem repetidos roboticamente, cheios de -ismos, abstrações, sujeitos coletivos e indefinições, mas forte apelo sentimental de mobilização.
Comparar tal cenário ao Brasil do PT não é tão difícil.
O fascismo, portanto, é diferente do socialismo por ser, curiosamente, menor e mais fraco. Menos estatal, mesmo com a divisa de Mussolini.
O movimento fascista sempre foi paramilitar, e não militar. Forças militares são conservadoras, como os militares italianos ainda defendiam o apagado reinado de Vítor Emanuel III. Não foi dali que surgiu o fascismo, e sim de um movimento sindical, operário, curiosamente democrático, populista e trabalhista que planejava controlar as grandes corporações através de um Estado forte e centralizador, distinto dos federalismos e poderes tipicamente regionais da Europa.
Por conta disso, teve no nacionalismo um outro traço marcante: não por defesa de sua nação sobre outras (Mussolini e Hitler se entendiam muito bem), mas por desejar a construção de um poder nacional central.
Sendo nacionalista (reconstrutor de nações) e tendo forças conservadoras (“retrógradas”, “reacionárias”, “obscurantistas”, “atrasadas” etc) contra seus intentos, fascistas precisaram criar uma força paramilitar contra as Forças Armadas oficiais. Deserdados e toda sorte de aventureiros, jovens idealistas e arruaceiros foram arregimentados para a Falange espanhola, a Juventude Hitlerista ou os Camisas Negras de Mussolini. Todas paramilitares, nenhuma parte das Forças Armadas oficiais.
Com a glorificação de um líder, funcionavam como uma gigantesca massa viva que permitia que líderes nem sempre tão representativos entre o povo pudessem exibir um poder maior do que possuiriam, já que a mobilização de seus exércitos em desfiles urbanos era muito mais suicida do que ofensiva: sem o treinamento militar adequado, significavam muito mais obediência fanática e disposição a morrer como escudo humano do que propriamente um poder de invadir um país ou vencer uma guerra.
Era a Falange, a Juventude Hitlerista, os Camisas Negras que cercavam seus líderes para que as forças policiais não pudessem aplicar a lei sobre seus megalomaníacos, ilegais e psicóticos projetos de poder. Qualquer “agressão” aos jovens e “inocentes” militantes fascistas seria encarada como uma brutalidade ditatorial das forças policiais conservadoras de então, e sem precisar ganhar eleições, propor leis ou ganhar debates, os fascistas logo obtinham um poder imenso e inspiravam um sentimento de serem pobres idealistas injustiçados por conservadores elitistas.
Quando se observa o fascismo e o nazismo sob este prisma histórico mais detalhado, e não apenas invocando “militarismo”, vê-se, na verdade, que o PT está a um triz de se tornar um partido que pode ser oficialmente chamado de fascista.
O PT permaneceu durante todo o seu tempo na presidência com suas milícias armadas, como MST e MTST, além de militância desarmada como UNE, CUT e quejandos, simplesmente fazendo pressão por seu reformismo no Congresso, o que foi encarado com certa precisão como um “socialismo light”, reformista e não revolucionário – mesmo com efeitos fortemente contrários ao povo, como o ativismo judicial do STF (e vide como a Suprema Corte está em descompasso com a vontade popular).
Ao menos, era assim no “reformismo democrático” com o PT no poder. Foi ser apeado, e os ânimos aumentaram fortemente. Basta ver que o tom da esquerda deixou de ser “paz & amor” para falar em “pegar em armas” (após desarmar a população, exatamente como Mussolini e Hitler fizeram), em “lutar até o fim”, em “não vai ter arrego”, em enfrentar a PF, o Moro, a lei, em parar o país, em chamar todo não-petista de criminoso. A história se repete.
Não fica difícil entender, portanto, que o PT ultrapassou uma escala que Mussolini, Franco, Salazar e Hitler atravessaram mais ou menos na mesma duração. Agora, a lei, a polícia, as Forças Armadas, a população – todos são obrigados a se sujeitar aos desejos de Lula e do PT à força, sem soberania, divorciados do desejo popular, com os petistas colocando-se acima das leis, em pura atitude de enfrentamento da polícia.
Isto para não falar do próprio crime organizado, que funciona como milícia anti-Forças Armadas e anti-ordem e que ataca justamente os inimigos do PT. O que os paramilitares faziam ligados ao Estado, o PT terceirizou. E quem não se lembra das escutas do PCC ordenando todos os seus membros e familiares a “votar no Genoino”? Com 64 mil homicídios por ano e juízes coitadistas penais, o Brasil já tem um sexto de Holocausto por década.
O PT, fora do poder, só fala em “regulamentação da mídia” (censura) e deixa suas milícias paramilitares tocando o terror pelo país.
Os fascistas também estiveram longe do poder e com a mesma atuação. Fora o clima bélico e militarista da Europa pós-Primeira Guerra, também queriam um sistema econômico/político quase idêntico ao do PT em tempos de paz. Hugo Chávez é muito mais parecido com um fascista do que com um socialista, apesar de se declarar um “socialista do século XXI”. Nicolás Maduro, que fechou ainda mais o país, já é mais próximo de um socialista, apesar de ainda estar no nível fascista de não decretar totalmente a socialização dos meios de produção.
O PT de Lula, acuado, mostrou finalmente suas garras. Deixou de ser um partido com a roupagem “paz & amor” conferida por Duda Mendonça (que aboliu o lema “A luta continua, companheiros”, já que luta lembra baderna) para ser um partido não mais de greve e piquete, mas de confundir o Estado consigo próprio, de hegemonia absoluta conquistada na força, de adoração absoluta e incondicional ao líder.
E, claro, de milícias paramilitares, usadas en masse pela força, para não cumprir leis e tentar voltar ao poder para impor censura, uma prometida “Assembléia Constituinte” e criar o Partido-Estado promovendo a Gleichschaltung, a homogeneidade social total, e agora paramilitar.
Não importa o quanto o PT chame os outros de “fascistas”: como diz o famoso pronunciamento de Huey “The Kingfish” Long, governador da Louisiana de 1928 a 1932, em frase erroneamente atribuída a Winston Churchill, “[O] fascismo nos Estados Unidos só seria vitorioso se se auto-intitulasse ‘anti-fascismo’ ou ‘democracia’”.
O fascismo 2.0 é o PT cuspido e escarrado.”
Flavio Morgenstern
Ióssif Stalin é parente do Josef Stalin ???
são a mesma pessoa.
Hitler era idolatrado, chegou a ser considerado um dos maiores, se não o maior estadista do mundo e foi capa da revista Time como Personalidade do ano. Tudo por lá começou com palavras e Hitler alcançou o poder de forma absolutamente legal. A pergunta é “como deixaram que ele chegasse ao poder? Ninguém viu? Ninguém notou nada?” Muitos viram e notaram, só que não foram levados a sério, inclusive pelos judeus. Deu no que deu. Destruir politicamente figuras como Bolsonaro é tarefa primordial dos brasileiros de hoje e tomar medidas para que isto nunca mais volte a acontecer
O Brasil se aproxima de sua nêmesis. Depois de mais de 500 anos de autoritarismo contra a maioria, de escravidão transmutada nas relações de trabalho profundamente marcadas pela mesma, depois de séculos de ódio contido expressado num “preconceito à brasileira” e as mentiras da democracia racial e do homem cordial, finalmente, a besta fera veio à tona. Uma elite branca marcada pelos signos do deus Ares, a saber: o poder pela força, a guerra injusta, a conquista, o estupro e o terror, se confrontará com os arquétipos que sempre a distinguiram da maioria oprimida deste país: Dionísio, Pan e da Deusa ctônica da criação e do feminino sagrado. Respectivamente, a temperança e a inversão da tradição; a generosidade e a comunhão entre a natureza e os mais pobres; a força feminina da compaixão e da solidariedade.
Para muito além da mitologia rasteira e lúdica, tais referências são arquétipos junguianos em constante conflito inconsciente em nossa sociedade. Tratam de duas concepções diferentes de vida – vez por outra permeáveis – que conviveram por séculos no seio de um povo ainda em formação. São princípios ideológicos profundos, trazidos de nossa ancestralidade e, neste momento, definindo o tipo de sociedade futura deixaremos a nossos descendentes. Indígenas, africanos e europeus pobres terão de enfrentar as mesmas forças dominantes que massacraram a Europa por toda a Antguidade e Idade Média, submetendo, escravizando, gerando fome e desigualdade. Por lá, embora ainda capazes de influenciar parte da sociedade, os revezes, conflitos e guerras trataram de igualar minimamente o jogo de forças. Por aqui, o massacre constante e intimidante ainda ocorre acobertado por mentiras e narrativas grotescas, definindo a imagem nacional, nossa identidade, sem revelar ao mundo a natureza cruel e o histórico de genocídios que marcaram a História brasileira.
O mundo agora os vê e se horroriza, como quem visse um fantasma do passado assombrando a humanidade com seu vulto deformado.
O medo mundial de um avanço do fascismo se justifica. Há o Trump, e os pipocos de fascismo aqui e acolá na Europa. O perigo aumenta se um país como o Brasil, capaz de oferecer a logística necessária para a ressurreição do fascismo, com seus recursos e suas riquezas, decidir por apostar na loucura do mal banalizado. Porém, se não passarmos por isto, a máquina institucional que promove este projeto continuará incólume, posando de santos obrigados a controlar uma nação de bárbaros e subumanos como sempre fizeram.
A boa notícia, é que isto não interessa mais ninguém, senão ao próprio fascismo. E, apesar de detentores de grande poder político e financeiro, ainda sim, são minoria.
Boa reportagem, mas incompleta. https://youtu.be/nFmqNtosaL8
Muito boa a leitura
Cheguei a pensar que essa onda conservadora tinha sido uma reação à corrupção.
Se tem algo que deixa qualquer brasileiro indignado, independente de orientação ideológica, é isto, corrupção.
Mas refletindo melhor, se fosse só o problema da corrupção os candidatos que não foram alvo de denúncia, como a Marina e o Ciro Gomes, estariam mais bem posicionados nas pesquisas.
Eu relutei em admitir, mas hoje vejo que existe um componente de ódio, de preconceito e de autoritarismo que completam o diagnóstico.
É triste notar que ainda existe gente que acredita mesmo que homoafetividade é uma doença que se evita batendo mais nos filhos. É um absurdo ver que ainda tem gente que acha que a cor da pele é um indício de criminalidade. E é mais
Quando algum indivíduo com baixo nível de escolaridade fala uma besteira dessas dos tipos citados acima, é lamentável também, mas é compreensível dada a falta de informação.
Agora, um candidato a presidente não pode compartilhar destas ideias, muito menos se eleger com elas.
#Elenão
Isso que você fez aí se chama “Falácia da falsa dicotomia” – leia em Schopenhauer. “Quem não está comigo está contra mim” é um argumento falso e maldoso.
Anonimo, perdoe o Fernando, ele não sabe do que você está falando.
É sempre um prazer ler um comentário inteligente. Trazer Schopenhauer para o TIB é perfeito.
Sempre que entro nessas discussões me sinto como o ouriço que se congelava no dilema de Schopenhauer. Na internet a atitude desses esquerdistas de plantão poderia ser rotulada de Troll. Eu prefiro beber na fonte de Schopenhauer, filósofo germânico do séc. 19:
A técnica mais usada aqui é a “Argumentum ad hominem” quando tentam negar um comentário com uma crítica ou insulto ao autor e não ao conteúdo. É a técnica dos ignorantes.
Quando nos faltam argumentos, deve-se recorrer a insultos. Em “A Arte de Insultar”, Schopenhauer sugeriu: “Apenas uma grosseria supera qualquer argumento”.
Ou no uso da técnica “incompetência irônica” descrita no livro “A Arte de Ter Razão” também de Schopenhauer, onde o ouvinte finge não entender o que lhe foi dito e faz o interlocutor parecer um idiota que está fazendo declarações falsas.
Para aqueles que se julgam espertinhos e usam a técnica dos safados, são imediatamente chamados de esquerdopatas de merda.
Alguns me lembram personagens de Gogol na novela “The Portrait” e outros estão mais para o protagonista da novela “Dead Souls” de Nikolai Gogol, escritor russo de origem ucraniana. Este protagonista retrata a superficialidade do homem vulgar. E a atmosfera da época, do século 19, era a servidão. Qualquer semelhança com a esquerda estatizante não é mera coincidência.
Se alguém negar essas explicações apelarei para Nietzsche em “Beyond Good and Evil”, meu pensador favorito e percursor do existencialismo, filosofia analítica e psicanálise.
Mutatio controversiae.
Exatamente. Existe uma falsa indiferença, neutralidade, que se assemelha a abrir mão do poder de evitar a barbárie. Depois pode ser tarde demais.
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Bertolt Brecht
Colocar PT como extremista é de uma canalhice sem tamanho. O próprio Lula já perdeu três eleições presidenciais, concordando com o resultado. Nunca se rebaixou a anunciar que houve fraude, mesmo sem nenhuma evidência, como no caso Aécio-2014, ou mobilizar sua militância a não aceitar o novo presidente.
Nunca houve entre os petistas, mesmo quando estavam em seu auge do poder, o discurso de “autogolpe”, “nova constituição sem participação popular” ou até mesmo uma verdadeira ameaça ao sistema democrático e capitalista.
O extremo de Bolsonaro é a Vera do PSTU, pregando revolução socialista e rebelião popular no horário eleitoral.
Ui, ui, ui. Sempre assim! Quando fala do seu partido de estimação fica toda brabinha!!!
Marcelo, o John colocou argumentos. Já você… faz o seguinte: pega um dicionário e procura lá a palavra ar-gu-men-to. Quem sabe assim você aprende.
Não aprende não
Mário, posso estar mal informado mas tenho a impressão que apenas TSE e PT fizeram alguma manifestação pública quando das declarações do Bolsonaro no hospital colocando em xeque a confiabilidade das urnas e, portanto, do processo eleitoral em caso de uma eventual derrota sua e consequente vitória do candidato do PT. É uma ameaça grave à democracia. Parece que o Aécio fez moda. Era hora de exigir uma manifestação conjunta de todos os candidatos reafirmando sua confiança no sistema. Nesse caso, sim, corremos o risco de ter uma situação parecida com a da Venezuela.