Desde os sete anos de idade, eu e meu irmão mais novo ajudávamos nosso pai na lida com o gado. No tempo da seca, no interior de Pernambuco, a gente andava cerca de 10km para levar os animais da roça até o único lugar onde tinha água para eles beberem. Esse poderia ser mais um texto sobre “eu também trabalhei quando era criança e isso não me atrapalhou em nada”, mas existe uma diferença muito grande entre ajudar os pais e ser explorado por um patrão.
Essa é a realidade cruel do trabalho infantil doméstico que gente como o presidente Bolsonaro, a apresentadora Leda Nagle e a deputada Bia Kicis desconhecem, ou pelos menos fingem desconhecer, ao falar sobre suas felizes experiências laborais na infância.
Nossas histórias são muito diferentes da história da Ana*, uma jovem que começou a trabalhar aos quatro anos de idade em uma fazenda no interior do Piauí. Entregue pelos pais para outra família, ela cuidava dos animais, plantava e vendia legumes. Também era agredida constantemente. Aos 14 anos decidiu fugir, mas continuou a ser explorada – desta vez em uma casa em um bairro nobre da capital, Teresina.
“Eu aceitei ir porque ela me prometeu que eu seria tratada como filha, ia estudar e que não precisava trabalhar. Era tudo mentira”, me contou Ana*, hoje com 19 anos. Falei com ela ontem, por telefone, após ler o seu processo, que corre na justiça do Piauí.
Entre 2013 e 2018, no segundo trabalho, a menina lavava, passava, cozinhava, fazia faxina e ainda era babá de uma criança com necessidades especiais. Vez ou outra trazia hematomas pelo corpo, provocados pelas agressões que sofria da patroa. Com tudo isso, teve que abandonar os estudos.
Do salário de R$ 500 que lhe foi prometido, Ana recebia apenas uma parte. A patroa descontava valores altos da venda de roupas usadas e perfumes. “Ela nunca me tratou como filha.”
Desde 2008, o trabalho infantil doméstico é considerado uma das piores formas de exploração de crianças e adolescentes com idade entre cinco e 17 anos porque, entre outros riscos, expõe as vítimas a esforços físicos intensos, ao isolamento e a longas jornadas de trabalho, inclusive à noite. Mais do que isso, longe da família, dentro de um ambiente privado e vulneráveis às vontades dos patrões, crianças e adolescentes ficam mais suscetíveis a abusos físicos, psicológicos e sexuais.
Se a vaga de emprego fosse anunciada de forma sincera, o texto seria esse: “Procura-se uma menina entre cinco e 17 anos que aceite trabalhar como empregada doméstica em troca de comida, shampoo e aulas em escola pública.”
Segundo uma pesquisa do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil com base em dados da PNAD em 2013, mais de 200 mil crianças e adolescentes pobres entre 5 e 17 anos eram vítimas do trabalho infantil doméstico; 94% delas meninas, 73% negras e 40% nordestinas. Dados mais recentes, de 2016, mostram que 12,7% das vítimas de trabalho infantil eram exploradas em atividades domésticas. Metade delas tinha entre cinco e 13 anos.
Esses dados, no entanto, são subnotificados. Por ocorrer em ambiente residencial, o trabalho infantil doméstico não pode ser inspecionado ou fiscalizado sem mandado judicial, o que dificulta a comprovação das denúncias.
Outro problema é que esse é um crime socialmente aceito e, muitas vezes, nem mesmo as vítimas reconhecem que estão sendo exploradas. Algumas delas até se sentem gratas pela oportunidade. Ana, por exemplo, passou cinco anos até entender que precisava de ajuda para fugir do seu cativeiro disfarçado de lar.
Quando o presidente e seus apoiadores relativizam o trabalho infantil, eles dão carta branca para que outras milhares de meninas negras e nordestinas sejam exploradas da primeira até a última hora do dia dentro da casa grande.
O trabalho infantil doméstico foi um assunto que sempre me chamou atenção porque, no sertão do Pernambuco, onde eu passei a infância, as pessoas não viam problema em levar as meninas do interior para a cidade, com a falsa promessa de que seria melhor para elas estudarem. Em 2016 eu fiz uma reportagem sobre isso e desde então pude entender como crianças e adolescentes do interior do Nordeste são enganadas.
Para o procurador do trabalho José Wellington de Carvalho Soares, que denunciou o caso de Ana à justiça do Piauí, a “generosidade” da exploradora ao oferecer oportunidade de estudo é “apenas pano de fundo para dissimular a realidade imposta à adolescente: o trabalho doméstico.”
Eu, Bolsonaro, Leda Nagle e Bia Kicis jamais poderíamos dizer que fomos vítimas do trabalho infantil porque, diferente do que aconteceu com Ana, não tivemos a nossa infância prejudicada, não deixamos de frequentar a escola e nem de ter tempo adequado para os nossos estudos em casa. É disso que se trata o trabalho infantil: atividades que prejudicam a saúde física e mental de crianças e adolescentes.
Quando o presidente da República e seus apoiadores relativizam o trabalho infantil, eles dão carta branca para que outras milhares de meninas negras e nordestinas sejam exploradas da primeira até a última hora do dia dentro da casa grande. Eles dão status de benfeitor para quem não passa de aspirante a senhor de escravo.
*Nome fictício para preservar a identidade da vítima.
Matéria extremamente importante para esclarecer um assunto que não deveriam passar perto da onda de relativização que, aos poucos, estamos sendo afundado.
Enquanto isso o ECA só consegue defender ladrões, estupradores e assassinos “di menor”, enquanto isso as feminazis nada dizem sobre exploração infantil e isso pelo mesmo motivo que nunca lutaram pelos direitos trabalhistas das empregadas domésticas: as feminazis se beneficiaram e se beneficiam da semi-escravidão de empregadas e meninas-empregadas.
Esses casos são reais até no Brasil de hoje. Tem sempre alguém procurando uma menina da roça ou da periferia para ajudar nos trabalhos de casa em troca de comida,roupa e sapatos velhos.Acontece também muito na zona rural, uma família inteira trabalhar por moradia, comida e apenas o genitor recebe um salário,geralmente o minimo. Em relação ao trabalho infantil, ele sempre existiu ou por abuso, exploração ou necessidade. O ECA foi criado para corrigir essas distorções muitas vezes praticadas até pela família.O presidente foi muito infeliz em apoiar o trabalho infantil. O que é realmente proibido é o trabalho escrevo e não o trabalho educativo. Lugar de é na escola.
É preciso relacionar o trabalho infantil a miséria, o desemprego e a fome que crescem no nosso país, não adianta muito penalizar só responsáveis pelo trabalho escravo e não da atenção social para essas crianças e suas respectivas famílias,uma hipocrisia do governo liberal do bozo com a bandeira nacionalista pela família, mas só pela família deles né.
Complementando esse excelente artigo, mando um link para uma matéria da revista Época sobre a situação na América Latina:
https://epoca.globo.com/como-tres-paises-da-america-latina-lidam-com-trabalho-infantil-23800642
Essa materia é um tapa na cara de quem ainda tem vergonha.
Só um detalhe que precisa ser esclarecido, o presidente Bolsonaro nunca trabalhou na infância, conforme revelou um irmão do mesmo. Segundo este mesmo irmão afirmou, seu pai nunca quis que ele e seus irmãos trabalhassem, pois, queria vê-los se dedicando exclusivamente aos estudos. O trabalho infantil precisa ser combatido de todas as maneiras possíveis, é uma afronta a dignidade humana.
O jornalismo desse grupo nada tem de transparente, deveriam apresentar o material sobre a Lava Jato para as autoridades, a fim de que fique comprovado a autenticidade e daí sim conseguirão ganhar o povo com a verdade. Crime cibernético fazem… não conseguirão sucesso nessa empreitada, apenas fracasso.
Nesse caso a discussão é, cadê o pai e a mãe dessa criança.
O assunto é importante e merece atenção. Infelizmente este site e seus jornalistas nunca tem em mente a seriedade da matéria que tratam sem que ataquem com ou sem razão o atual Presidente da República. É uma absoluta falta de horizonte e objetivos realmente sérios.
Quando um presidente mente e, afronta a dignidade humana, ele precisa ter em mente o cargo que ocupa e a seriedade necessária para fazer jus a respeitabilidade advinda de tal cargo.
Os artigos deste sítio seguem, quase invariavelmente, uma receita de bolo: tema importante, boa fundamentação factual, valores elevados. O problema é a cereja desse bolo, que não sei se é iniciativa dos autores ou orientação editorial: eles têm que inserir a narrativa esquerdista em algum ponto. Qualquer gancho serve, e não há fuga de contexto grande o suficiente que impeça a inserção. No caso deste artigo, isso dá-se lá no finalzinho, onde somos brindados com “meninas negras e nordestinas”. O que isso ajuda a resolver o problema? Não sei. Onde isso deixa os meninos negros e nordestinos? Tampouco sei isso. Já nada direi dos meninos e meninas brancos, índigenas, nortistas, sulistas, sul-orientais e centro-ocidentais. Fica claro, assim, que o propósito deste sítio é semear a dissonância cognitiva, e assim instigar a divisão e o ódio sob o véu da defesa de direitos humanos.
(?)
Misericórdia, isso tudo é preconceito travestido de “mimimi não aguento mais ouvir falar de nordestino”.
É só olhar os números. Jura que te incomoda a frase “meninas negras e nordestinas”? Tá loco.
Olhei os números em tua mensagem. Encontrei zero.
Concordo contigo que é um problema a cereja do bolo, mesmo que seja aquilo que está de fora, apenas enfeitando. Realmente faltou outras frutas no texto, falta dizer que no sul, por exemplo, muitas vezes a explorada foi/é uma criança branca, como foram as “polacas” na região de Curitiba e as indígenas no centro do país e que também muitos meninos são/foram explorados diariamente pelo trabalho infantil glorificado pelo coiso que governa o país. Acredito que isto se deva ao olhar da autora que focou nas meninas negras que são a maioria das crianças exploradas no nordeste por mulheres brancas ou “quase” brancas. Mas é a cereja do bolo, a massa e o recheio está correto, ao contrário da maioria das mídias que pouco falam deste assunto, preocupadas em mostrar um triplex no Guarujá. MAS, não sei o que isto tem a ver com narrativa de esquerda? O texto tem um glacê que me incomoda mais do que a cereja: é o glacê! A autora parece acreditar que o coiso alguma vez trabalhou, mas entrevistas com sua mãe e irmão provam que ele, como o Moro, mentiu, ele nunca trabalhou!
Texto precioso.
Em todo o Brasil milhares de crianças nascem para ser escravas.
É claro que existem as exceções de crianças abandonadas pelos próprios pais e que acabam sofrendo abusos de toda a sorte, isto porque, o Estado Brasileiro que se diz tão protetor das crianças abandona-as ao seu próprio destino. Pessoas inteligentes sabem que não era sobre isso a fala do Presidente. A maioria de nós brasileiros trabalhamos na infância, sob os cuidados de nossos pais, seja varrendo o jardim da casa, ajudando a mãe na cozinha, lavando roupas e outros afazeres domésticos. Lembro-me das várias vezes que passei esfregão no assoalho de madeira da minha casa, para depois encera-lo. Ficava orgulhoso com o brilho que conseguia dar. Aprendi com meu pai a assentar tijolos, a fazer massa de cimento a fazer trabalhos manuais em casa. Não deixamos de estudar por causa disso, nem de brincar ou jogar bola no campinho.
A melhor educação quem dá são os pais, com seus ensinamentos e exemplos para a vida e não o Estado. Os exemplos que o Estado dá a uma criança, são a corrupção, a lascividade, a desonestidade e a falta de carácter, porque essa é a personalidade do Estado Brasileiro criada pela esquerda .
Que textos maravilhosos e dolorido venho acompanhando neste site. Obrigada pela qualidade do conteúdo! São de extrema importância para nossa reflexão e progresso futuro.
Não é só no nordeste, há alguns anos, na cidade turística de Canela, assisti uma cena que fiquei tão apalermado que demorei uns minutos para reagir. Vi uma das senhoras de “fino trato” conversando com a proprietária de uma pequena quitanda sendo perguntada por esta senhora se ela conseguiria uma jovem menor de idade para trabalhar na sua casa.
Como próximo da região de Canela há regiões de minifúndio em que as condições eram precárias a senhora de “fino trato” perguntava se a doma da quitanda não conhecia ninguém do interior para trabalhar em sua casa. A história de deixar a criança estudar e dar tratamento decente era a mesma. Fui me aproximando para ouvir a conversa, que já estava no fim e a aliciadora de trabalho infantil saiu deixando a dona da quitanda meio perplexa. Como conhecia a dona da quitanda, fiz um longo discurso para que ela não entrasse no crime e inclusive a mesma nem tinha se dado conta da situação.
Provavelmente depois do longo e enfático discurso que fiz a dona do comércio não entrou na história, porém como a cliente deve ter saído em outros lugares com a mesma conversa. Só fiquei arrependido de não ter reagido uns dois minutos antes e interpelado a aliciadora de trabalho escravo, mas como disse, fiquei atônito pois não pensava que numa cidade como Canela, turística e metida a besta, pudesse ocorrer isto.
Atenção: isto ocorreu a pouco tempo (mais ou menos uns dez anos) e no Rio Grande do Sul, onde as pessoas pensam que são mais civilizadas.
O RS tem um apego ao conservadorismo e aos diversos preconceitos mas querem disfarçar em forma de “tradição”. Sou gaúcha, sei do que falo. Eu tinha orgulho de ser gaúcha, hoje me da vergonha.
Também sou gaúcha.
A gente do RS é composta em sua maioria de arrogantes, prepotentes, racistas, enfim, gente doente de ódio e preconceito.
Tenho profunda vergonha de ter nascido aqui.
E, de fato, acham natural crianças serem exploradas. Vergonhoso e revoltante.
Sou catarinense, o Estado que mais apoia bolsonaro, terra do intragável e sem noção Velho da Havan. Vergonha do meu Estado!
Este é aquele momento em que um progressista fica horrorizado com “Trabalho infantil”, depois de Bolsonaro dizer que trabalhoue se sente bem com isso. É aquele momento em que o progressismo, que vive numa bolha fora da realidade, se atém a seguinte tese: “trabalho na infância é perigoso”. Mas por milênios crianças trabalharam e sobreviveram. Trabalharam e venceram na vida. Enquanto isso, os filhos da modernidade progressista no mundo ocidental deixaram de trabalhar. Em compensação, o número de crianças e adolescentes sem nada a fazer e que são cooptados pelo mundo do crime só aumentam. Crianças e adolescentes, fruto da modernidade progressistas estão nas drogas e nos bailes funk da vida, se prostituindo e destruindo seu futuro. Claro que é melhor ver uma adolescente fêmea participando do “Trenzinho de sexo”, onde garotas praticam DP em plena rua, muitas vezes sem preservativo, do que vê-la trabalhando com sua mãe, ajudando-a em casa. Um progressista fica horrorizado com uma mãe sendo ajudada por sua filh, mas ficar horrorizado com as garotas e garotos perdidos no mundo das drogas ou na vida noturna das boates, ninguém vê.
Portanto, apesar da boa intenção da jornalista, repudio a sua intenção subjacente de subverter a ordem das coisas em prol do caos moral e social advindo da implantação do ECA no Brasil.
Venceram na vida? Você sabe o que foi a escravidão? me diga, como as pessoas que foram segregadas e impostas ao trabalho, a humilhação, ao escarnio venceram na vida?
O Senhor é um desonesto, não leu a reportagem e comenta com seu ar de “conservadorismo” uma mentira deslavada. Ajudar os pais, não é exploração de trabalho. Embora eu particularmente não gostaria que nenhuma criança fosse obrigada a largar seus divertimentos, estudos e atividades para ajudar os pais – geralmente analfabetos – nas lavouras. Eu repudio a sua intenção de reverter o quadro. As crianças na periferia, no tráfico estão lá devido ao descaso de um país com histórico escravista. Sua mentalidade vazia de cultura não percebe que o funk é a unica forma que um pobre tem para curtir sua vida de trabalho e violência. “Vulgar”, assim o foi a valsa, o choro, o jazz hoje amadas e aderidas pela elite hipócrita que você defende com esse comentário tendencioso.
[a humilhação, ao escarnio venceram na vida]O que julgas vencer na vida? receber pensão da Comissão de Anistia? Não, isso é compensação, não vencer. Vencer é passar pela situação humilhante sem se deixar abater. Como eu fiz entre outros milhões de brasileiros. Isso é vencer. Eu trabalhei desde os 8 anos de idade, cursei até o 3° da vida escolar em escola publica até chegar na faculdade onde devido aos meus méritos, consegui duas bolsas, uma para direito e outra para administração. Alguém poderia se perguntar: mas o trabalho infantil não destróia a capacidade da criança de se desenvolver na escola? De forma alguma. Meus amigos de campos de futebol que não trabalharam, sequer chegaram na facu, muitos ficaram pelo caminho, mortos ou pela policia ou por inimigos…então vencer é ficar à beira do caminho, como eles, ou estar aqui discorrendo sobre este assunto em uma midia e mostrando até onde pode uma pessoa que foi soterrada pelo destino, mas que conseguiu sobressair ao status quo? Ou pedir indenização do estado como se fosse vítima, como fazem alguns?
Você não teve mérito , teve sorte .99 % das pessoas nao tem sorte
[As crianças na periferia]Fui criança de periferia, joguei nos mesmos campos de futebol de muitos traficantes e nunca trafiquei. A maior parte dos criminosos na periferia o são por uma questão de caráter, não por estarem abandonados por A ou B
É impressionante como a sua fala é cheia de falsos moralismos e a desonestidade de dizer que progressistas apoiam o sexo ou as drogas – como se a vida nas boates e no mundo das drogas fosse uma coisa moderna. Em seu ataque aos “progressistas”, você atribui de maneira equivocada que esses são comportamentos da modernidade, mas se estudasse mais história (ou ao menos não quisesse ser desonesto em sua fala), saberia que a “imoralidade” tão renegada por você está presente na Terra desde antes de homens serem divididos entre esquerda e direita.
“Por milênios crianças trabalharam e sobreviveram” – exceto, é claro, aquelas que não sobreviveram. Os milênios você não mensura em seu comentário porque ele é cheio de achismos, mas posso lhe dar vários exemplos de crianças que foram mutiladas ou perderam suas vidas direta ou indiretamente face ao trabalho extenuante em indústrias têxteis, carvoarias, lavouras, desde, no mínimo, a Revolução Industrial.
Falso moralistas como você tentam vender a ideia para pessoas pobres de que é melhor ver seus filhos trabalhando, ganhando um mísero salário e tendo seu estudo comprometido, que no “mundo das drogas e sexo” (curiosamente não o defendem para os filhos da classe média e suas festas regadas a cocaína), sem pensar que neste momento há milhares de pais de família que lutam por algum emprego para sustentar seus filhos e enxergam na educação uma chance melhor para seus filhos do que tiveram.
Há diversas maneiras de ensinar valores como a importância do trabalho duro ao seu filho, uma delas, inclusive, é não ceder aos caprichos do pequeno Enzo frente ao novo videogame, ao carro do ano ou ao destino turístico mais instagramável. Valorizar os prestadores de serviço, especialmente os mais simples que nós, pagando-lhes um preço justo pelo seu tempo e mão-de-obra. Ajudar em casa, por que não? Pequenos serviços domésticos são necessidade para pessoas de realidades mais simples, ao contrário daqueles que possuem uma mucama particular para atender seus caprichos.
Coisas palpáveis e perfeitamente sob o alcance dos mais conservadores, que curiosamente, só pregam o “valor do trabalho duro” para o filho do pobre.
[É impressionante como a sua fala é cheia de falsos moralismos]Sequer me ative a conceitos morais quando discorri nos comentários. A não ser que tu ache de boa moral uma adolescente se entregar a prostituição, vender seu corpo a qualquer vagabundo que possa pagar mau. Se tu acha isso, encerro aqui a discussão. Posso tolerar qualquer relativismo, mas até o mais amoral dos seres humanos tem um limite…espero portanto que mesmo que seja uma pessoa amoral, essa amoralidade tenha algum limite em algum lugar. Tudo em excesso é prejudicial, inclusive a amoralidade.
[desonestidade de dizer que progressistas apoiam o sexo ou as drogas] Apoiar sexo livre e drogas é o mantra pelo qual ficou conhecido o progressismo ocidental. Se tu negar isso, seria o mesmo que negar que a agua molha. Há coisas que são tão evidentes que é impossível nega-las. Mas claro, progressistas são conhecidos não pela verdade que vêem, mas pelas narrativas que pregam. Vai que até negar que agua molha eles começam a defender.
[“imoralidade” tão renegada por você]Em momento algum reneguei qualquer atitude imoral de A ou B. Apenas discorria sobre crianças e adolescentes e o perigo que é deixa-las da forma que estão. Estou pouco me lixando para comportamento adulto de A ou B, se é imoral ou não. Se tu lesse os comentários, veria que meu problema não tem nada a ver com moral, não sei de onde tirastes esse argumento esquizofrênico. Discorria sobre crianças e adolescentes destruídos por tais ambientes e não sobre a moralidade de sua atitude.
[Falso moralistas como você tentam vender a ideia]Um dos motivos que levou o progressismo á bancarrota no mundo ocidental é essa tentativa de rotular os outros. Observe o Rótulo “Falso Moralista”: ninguém sabe o que é, mas para o rotulador, o que importa é a impressão causada pelo rótulo, não pelo conceito em si. Ele tá pouco se lixando para se o link entre o rotulado e o rotulo é verdadeiro ou não. Isso é o mantra principal do progressismo, principalmente acadêmico. Pra que argumento, se basta lançar mão de algum rótulo como “fascista”, “falso moralista”, etc, etc. E essa superficialidade, esse argumento raso baseado em chavões levou à ruína o progressismo. Basta ver que ele vem sendo rechaçado de norte a sul no mundo inteiro. Porque? Porque em era de midia social, onde a informação é em tempo real, assim como a interação do povo com o conteúdo, fica dificil de sustentar uma ideologia baseada nesses argumentos superficiais, alicerçados em chavões e desprezo pelo interlocutor anti-progressista
Acho que você não leu o texto direito. Tente de novo…
Li, mas como o contexto do texto partir de uma fala de Bolsonaro, parti daí.
Seu texto reflete seu caráter: deturpa as opiniões para que se adequem à sua bolha. Compara ajudar os pais em casa ou no comércio da família com trabalho infantil. Você é só mais um bolsominion sem caráter. Ponto.
Exatamente! Eles começam a naturalizar tudo que vem da boca podre daquele presidente. O Bolsonaro que elogia torturador, ditador, pedófilo do Paraguai. Mas aí os bolsominions fingem que não vêem. São gado mesmo e de caráter tão ruim quanto o do miliciano.
De tudo que eu falei, você “pescou” somente dados sobre meu carater. Ao contrário de rebater o argumento, preferiu lançar mão do velho Argumentum Ad Hominem.
E bolsominion respeita argumentos? Vocês passam pano pra tudo o que é politicamente incorreto, inclusive a um juiz visivelmente parcial e político
[E bolsominion respeita argumentos?]Voce passou do Argumentum Ad Hominem para a Falacia por Associação. Típico em um progressista que despreza a verdade…e ao ser humano.
Na realidade o trabalho infantil é combatido por todos os espectros, em todos os países. Não tem correlação necessariamente com “progressismo”, ser “progressista”. Em qualquer país sério o assunto está sob o patamar humanitário.
Particularmente não vejo sofisticação o suficiente do presidente para levar em conta impactos psicológicos causados pelo amadurecimento precoce e prejuízo escolar. Acredito que nem ao menos ele sabe como desenvolver políticas públicas para reinserção é de 40 milhões de adultos desempregados, que neste momento é o mais importante.
O que ele falou na real, na real, foi tão somente para esconder esse fato, sugiro aos seus seguidores nem comprar essa idéia, pra não passar muita vergonha.
[em todos os países]Verdade, se estiveres falando em mundo ocidental. Quanto aos espectros envolvidos nesse “combate”, estais errado: somente social democratas, portanto progressistas, que acham que uma criança aprender desde cedo um ofício é horroroso do ponto de vista humanitário. No mundo ocidental, preferem ver uma criança perdida em um baile da vida, consumindo drogas e se prostituindo precocemente, do que vela trabalhando.
Quanto ao dado sobre o presidente, prefiro não tecer comentário. Apesar de ser conservador de direita, votei em Lula, que era analfabeto, mas não me prendi a esse dado. Penso o seguinte: há líderes que o são independente de sua escolaridade. Por isso votei em Lula, apesar de ser conservador de direita. Votei pensando no Brasil. Mas esperar a mesma atitude de um progressista é esperar muito, pois progressista não pensa no país, apenas em seus líderes. “Se não há Deus”, pensam eles, “pelo menos há Lula para substituí-lo”.
Uhm, na verdade não. Uma criança em formação, com seu direito à plena educação e lazer necessários, terá uma base melhor sim. Eu desconheço essa correlação, entre garantias da criança e drogas, claramente é uma falsa dicotomia.
Como falei, países sérios sabem disso. Porém o que você está defendendo sem perceber, é que o país regrida (ainda mais) à um Afeganistão, Sudão, Congo e etc…
https://big.assets.huffingtonpost.com/childlabormap.jpg
Quanto à segunda parte, eu não duvido sobre a sua autonomia racional. Converse um pouco mais com a galera “progressista”, que talvez se surpreenda sobre quantos votaram no FHC, Serra, até mesmo Aécio, apoiaram a Lava Jato (e ainda apoiam, conquanto que sem corrupção) etc…
[Eu desconheço essa correlação] Provavelmente a desconhece divido à bolha em que vives. Se vivesses no mundo real, a partir da decada de 90,e após a aprovação da ECA, teria percebido o que essa correlação. Nada melhor que o mundo real, mas as pessoas preferem viver na bolha na qual foi inserido.
[votaram no FHC] Tanto FHC quanto Serra são progressistas. O AECIO não cheira nem fede, mas se apertar, pode ter certeza que ele defenderá a social-democracia, o que faz dele um progressista sim. Portanto, se os progressistas estão votando em progressistas, não estão fazendo nada demais. Quero ver fazer o que eu fiz: um conservador de direita votando em um progressista, como a maioria fizeram com Lula. Isso eu posso dizer: jamais verás um progressista fazendo isso
Na verdade, não. Tenho certeza que não é por isso hahah…
Peço apenas pra não desviar tanto o assunto, se possível, sem ilações à minha pessoa. Uma vez que não nos conhecemos se torna incoerente.
Quanto à ECA, ela ajudou bastante o Brasil à reduzir o trabalho infantil forçado e escravo. Parecia que você ia me mostrar algum estudo que correlacione causa e efeito, mas caiu em “correlação coincidente”, interligando eventos levianamente. A criança não usa drogas porque estuda e tem lazer, mas tem que considerar muitas políticas públicas desastrosas como a chamada guerra às drogas, políticas de reafirmação da desigualdade social e etc…
[A criança não usa drogas porque estuda e tem lazer]Não lembro de ter feito tal correlação.
Ficou nitidamente implícito, né. Seu eu digo que você deve ocupar seu tempo de x e y maneira, pra não pensar em usar drogas, implicitamente indica que sua maneira vigente, leva à tais consequências.
A constituição vigente não leva às drogas. A solução, como falei, são políticas públicas para que a constituição seja cumprida. Apoiar trabalho infantil é delegar a responsabilidade do governo para algo que anda na contra mão do mundo civilizado. Atualmente são 40 milhões de adultos desempregados e são nestes que o governo deveria estar mirando.
[Ficou nitidamente implícito, né.]Claro que ficou nitidamente implicito que tu colocou palavras na minha boca, rs. Boneco de palha
[A constituição vigente não leva às drogas.]Não disse isso em nenhum momento. O que posso ter deixado implícito é a correlação entre impor limites, que falta a esta constituição, e a liberdade excessiva dada aos adolescentes no ECA. A Constituição brasileira de 88 é um calhamaço de direitos dados ao cidadão e nenhum dever essencial. Hoje o estuprador quer seus direitos, o assassino quer seus direitos, etc, mas tu não vem em momento algum falar em dever. Nem o dever de cumprir pena a constituição exige, tanto que o código penal e suas alterações pós 88 criaram tantas benesses ao criminoso, que hoje um cara estupra e mata 50 mulheres e a primeira medida que o estado toma (audiência de custódia) não é em relação ao resguardo das vitimas vivias do serial killer, mas em relação ao conforto físico e psicológio do assassino. Se o assassino chegar na audiência de custódia com o nariz sangrando e a juíza (o) for progressista, ele sai de lá livre, leve e solto, apesar de suas 50 vítimas. Portanto, vivemos em uma nação onde o dever não importa, somente o direito. E por isso somos uma nação de criminosos. O crime compensa, graças a progressista Constituição de 88. E por causa dela e do ECA, a juventude está nas ruas, matando, roubando, estuprando, etc. Se o crime compensa para os adultos, não vai me dizer que os adolescentes também não perceberam isso…
[Parecia que você ia me mostrar algum estudo que correlacione causa e efeito]Na verdade não, até porque se tu der uma googlada, não encontrará sequer um artigo jornalístico contrário ao ECA. É uma unanimidade brasileira defender o ECA, e pra mim, unanimidade sempre beira a burrice, conforme diz o ditado popular. Portanto, se não há quem discorde de tal estatuto, o máximo que podemos fazer é usar o senso comum. E isso qualquer pessoa racional é capaz de fazer.
[o país regrida (ainda mais) à um Afeganistão, Sudão, Congo]Você está criando um boneco de palha para surrar. Eu defendo que a criança se ocupe com um ofício, como aprendiz desde tenra idade, não que ela se torne escrava, como acontece em muitas regioes destas nações. Mesmo tu sabendo disso, preferiu criar um “boneco de palha” (espantalho) para criticar e não se ater ao que eu disse sobre a possibilidade de uma criança aprender desde cedo um ofício, no lugar de vadiar pelas ruas como acontece hoje.
Tranquilo, meu caro. Ainda que discorde também sobre a questão do ofício, eu me dou por satisfeito, com sua mudança de pensamento, “trabalho infantil” realmente é um tanto ruim.
Quanto à este outro assunto, sobre a sua visão anedótica, é uma percepção que eu me compadeço, sobretudo sendo eu proveniente da periferia. A revolta é grande, a impunidade é terrível e à depender, o instinto inicial pode ser a de ver o infrator se ‘ferrar’ mesmo.
Mas o instinto pode ser controlado pelo bem da coletividade. Quando se fala em coletividade, se fala em Governo. Não podemos misturar qualquer sentimento vingativo e punitivista ao Governo. O Governo é UM Governo, não é possível atender à múltiplos desejos, os desejos anedóticos de cada cidadão. Por isto existe a ciência sociológica, ela está aí para combater o “desejismo” com racionalismo. Estudos e estudos, números e números e até mesmo hoje já superado e sendo uma mera questão básica de lógica, indicam que modelos antigos como Estado policial, vingativo e punitivista, inquisitorial, não prevalece para bem em comum.
Quanto a constituição de 88, é o contrário, tem deveres, um deles é bem simples “que se cumpram as leis”. Por sua vez, a lei prevê pena para todo e qualquer tipo de ilicitude. Falar que as leis favorecem bandidos é virar a trincheira para o lado errado e cair na armadilha daquele que quer manipular este mesmo sentimento de revolta que todos neste país temos. O que favorece bandidos, são o não cumprimento das leis já existentes.
O correto portanto, é cobrar o cumprimento das leis, sei que não é fácil, mas TENTAR deixar o sentimento de revolta neste momento de lado, pois a análise apaixonada é munição à manipulação e entender que em sociedade nosso ponto de vista anedótico, embora eu respeite bastante, infelizmente é tanto irrelevante quanto ineficaz.
Eliel Santos,
Fiquei intrigado com o seu comentário e tenho várias perguntas. Vou fazer o ponto a ponto:
“Este é aquele momento em que um progressista fica horrorizado com “Trabalho infantil”, depois de Bolsonaro dizer que trabalhoue se sente bem com isso. ”
– O Bolsonaro trabalhou mesmo quando criança? O irmão de Bolsonaro afirma que não.
“É aquele momento em que o progressismo, que vive numa bolha fora da realidade, se atém a seguinte tese: “trabalho na infância é perigoso”.
– O que é progressismo para você?
– Quais trabalhos infantis não são perigosos? Minerar carvão em tuneis que são pequenos demais para um adulto? Cortar cana no mato cheio de cobras? Operar prensa? Maquina de costura industrial? Carregar lixo, sucata? Solda?
“Mas por milênios crianças trabalharam e sobreviveram. Trabalharam e venceram na vida.”
– Sim de fato. Por milênios muitas crianças trabalharam e sobreviveram. Na realidade pode afirmar que todas as crianças que trabalharam na historia da humanidade sobreviveram. Exceto lógico as que morreram. Sobreviver, é só isso que importa? Perder um braço? Ficar cego? Sofrer abusos físicos e sexuais? Isso não importa?
– Pode dizer também que por milênios crianças foram usadas como escravos sexuais e sobreviveram. Isso é tudo bem?
“Enquanto isso, os filhos da modernidade progressista no mundo ocidental deixaram de trabalhar. Em compensação, o número de crianças e adolescentes sem nada a fazer e que são cooptados pelo mundo do crime só aumentam.”
– Então, quer dizer que as pessoas cometem crimes por que estão a toa?
– Sabe que muita gente trabalha longas horas na prisão. Quer dizer que esses prisioneiros não cometem crimes?
“Crianças e adolescentes, fruto da modernidade progressistas estão nas drogas e nos bailes funk da vida, se prostituindo e destruindo seu futuro. Claro que é melhor ver uma adolescente fêmea participando do “Trenzinho de sexo”, onde garotas praticam DP em plena rua, muitas vezes sem preservativo, do que vê-la trabalhando com sua mãe, ajudando-a em casa.”
– Quem diz isso? Eu nunca ouvi ninguém defender isso? Onde ouviu alguém defender isso?
“Um progressista fica horrorizado com uma mãe sendo ajudada por sua filha, mas ficar horrorizado com as garotas e garotos perdidos no mundo das drogas ou na vida noturna das boates, ninguém vê.”
– Você leu a matéria? Fala sobre uma menina que foi escravizada e mantida em cárcere privado. Quem disse que tem algum problema em uma criança ajudar a mãe?
“Portanto, apesar da boa intenção da jornalista, repudio a sua intenção subjacente de subverter a ordem das coisas em prol do caos moral e social advindo da implantação do ECA no Brasil.”
Subverter a ordem das coisas? Que ordem das coisas?
E voce espera que eu responda tudo isso?
Eu gostaria sim. Eu prefiro acreditar que você postou uma resposta com intenção de acrescentar algo a matéria; e não somente para irritar quem pensa diferente de você.
Eu li seu comentário. Pensei a respeito e fiquei muito curioso para ver de onde vem suas opiniões. Eu sei que é trabalhoso então pode responder uma de cada vez. Prometo que não vou te hostilizar.
Hahaha , nosso amiguinho bolsominon de direita conservadora ficou sem palavras, deve estar refletindo as asneiras que disse e tentando juntar outra melhor idiotice inútil como resposta.
Já que tu faz questão, tentarei responder
[O Bolsonaro trabalhou mesmo quando criança? O irmão de Bolsonaro afirma que não]Não conheço a afirmação do irmão dele, mas mesmo que seja verdade que ele tenha dito isso, fica a pergunta: “Como Bolsonaro conseguiu não trabalhar em uma época em que todos da idade dele trabalhavam”?
Eliel Santos,
Muito obrigado por responder minhas perguntas. Se tiver mais um pouco de paciência, eu tenho outras perguntas. Agradeço seu tempo, pois tenho bastante interesse em entender suas opiniões.
Vamos começar com o Bolsonaro e as declarações dele onde afirma que trabalhou quando criança. Você respondeu:
“Não conheço a afirmação do irmão dele, mas mesmo que seja verdade que ele tenha dito isso, fica a pergunta: Como Bolsonaro conseguiu não trabalhar em uma época em que todos da idade dele trabalhavam”
Então o Bolsonaro afirmou no dia 04 de Julho que queria descriminalizar o trabalho infantil no Brasil. Disse também que quando tinha 9 ou 10 anos de idade trabalhava com o pai colhendo milho e nunca o fez mal.
A Revista Fórum publicou no dia seguinte trechos de um entrevista com a mãe e irmão do Bolsonaro desmentindo a constatação:
https://revistaforum.com.br/segundo-mae-e-irmao-bolsonaro-mente-sobre-ter-trabalhado-na-infancia/
Diz a matéria: “Olinda Bonturi Bolsonaro, e o irmão dele, Renato, contaram memórias que desmentem essas afirmações. Segundo Renato, o pai deles, Geraldo, ‘tinha o estilão dele, boêmio’, ‘mas nunca deixou um filho trabalhar, porque achava que filho tinha que estudar’ ”
– Então, minha primeira pergunta: você acredita que o Bolsonaro mentiu? Ou acredita que a mãe e irmão deles mentiram? Ou acredita que a reportagem da revista é falsa?
O Bolsonaro nasceu em 1955, dois anos depois do meu pai. Meu pai me diz que também não trabalhou quando criança, pois meu avô acreditava (igual o pai do Bolsonaro) que os filhos tinham que estudar.
No meu conhecimento, na época isso era uma questão de status social. Famílias da classe média ficariam envergonhadas se os seus amigos soubessem que os seus filhos estavam trabalhado. Seria o equivalente de hoje se uma família classe média tivesse que admitir aos amigos do “clube” que estão recebendo bolsa família.
– Você realmente acredita que todas as crianças trabalhavam na época do Bolsonaro?
Obrigado.
[O que é progressismo para você?]Qualquer pessoa que se identifique com pautas defendidas pela esquerda. Se fosse nos EUA, seria o contrário: progressista seria toda pessoa que se identifica com pautas liberais.
[Minerar carvão em tuneis que são pequenos demais para um adulto?]Espero que o amigo seja lógico: trabalhar aprendendo um ofício não requer trabalhar onde nem adultos tem coragem de trabalhar. Não transforme o assunto em um “espantalho”. Quando falo em aprender um ofício desde criança, não quer dizer que estou dizendo que a criança deva pular de paraquedas todo dia. Estou me referindo a oficios de acordo com a capacidade e habilidade de uma criança. Não precisa usar um argumento absurdo, apelar ao rídiculo de uma situação, para rebater o que eu disse.
[Sobreviver, é só isso que importa?]Se entre viver solto nas ruas, para ser cooptado por uma gangue e morrer esquartejado vivo ou queimado vivo no “microondas” por outra rival é sinal de avanço creditado ao ECA, porque trabalhar dignamente te horroriza? “Ha, trabalhar é perigoso”. Não cara, viver é perigoso. Trabalhar é um risco menor do que viver nas metrópoles brasileiras. Se o risco te horroriza tanto assim, sinto informá-lo que viver no Brasil é pior que trabalhar. Há menos risco no trabalho do que nas ruas das grandes cidades brasileiras. Nem por isso vamos defender que as pessoas suicidem apenas e tão somente porque viver é perigoso.
[Você leu a matéria?]Li até a parte onde a autorora linkou Trabalho e exploração sexual infantil com a fala das autoridades brasileiras de então. A partir daí, o enredo é óbvio:
[Então, quer dizer que as pessoas cometem crimes por que estão a toa?]Evidente. Tu acha que um menor aprendiz, com carteira assinada como aprendiz, está envolvivo com crime de alguma forma? Não. Pode pegar o histórico dos envolvidos com o crime: geralmente não estudam, estão fora da escola, ou se na escola, seu desenvolvimento escolar é nulo.
Uma coisa é ajudar a mãe em tarefas domésticas, ajudar o pai na lida no campo. Outra é uma criança ser escravizada por canalhas.
E sim eu concordo quando você diz que esses “progreçistas” não ficam nada escandalizados com trenzinho do sexo, assassinatos entres menores…para eles isso é o ideal uma sociedade de pessoas completamente sem nenhum valor moral ou respeito pela vida. Não é por acaso que eles são a favor de aborto, mas contra a pena de morte para psicopatas só para ficar num exemplo.
Pensei que esta fosse apenas uma triste historia do passado, ainda hoje neste país tem meninas passando por isso, da vergonha
a exploração infantil, gente cretina que se aproveitam da situação de pobreza do nosso povo
Nunca se esqueçam que a conta vem! aqui se faz aqui se paga, cedo ou tarde a conta sempre vem, é uma lei, funciona sempre!
e as crianças com a infância estuprada dentro do maranhão “governado” por um falso comunista?
sou testemunha desta infâmia!
Não seja desonesto isso dai é herança do clan Sarney.O Flavio Dino tem feito um Ótimo Governo construindo escolas…Tem muito a ser feito não se muda anos de devastação em apenas 4 anos.
não estou aqui para lamber o saco de ninguém, nem para agradecer subservientemente ao feito deste ou daquele “governo”, mas para lhe fazer pensar, se é que isso é possível, sobre os não feitos especialmente, aos de baixo, às de baixo, que pagam mais impostos, tributos etc do que as quadrilhas do agronegócio, continuarei lhe sugerindo que procure estudar de fato, para então defender a honestidade sobre a realidade do maranhão, lhe estendendo um convite a vir a qui a balsas o eldorado destas mesmas quadrilhas, e o amém do seu flávio dino, com pompas circunstâcias e demais violências físicas e simbólicas, já que o meu lugar de fala é o chão da realidade
aguardo tua resposta à minha!
Sério que tu achas que q culpa é realmente do atual governo? Tens visto o esforço pelo projeto escola digna e escolas em tempo integral e iema?
isso que tu chamas de governo, é mera falácia, pois, no capitalismo todo governo é prioritariamente do capital, quer dizer dos seus donos, seja sarney flávio dino ou qualquer outro gangster de plantão, é só estudar a história destas escórias sociais…
flávio dino e sarney se mecerem e se equivalem, como diz o povo, são farinhas do mesmo, sob a ordem do mercado, a pior das invenç?os humanas (humanas?) e as crianças que jamais estarão podendo sentar num banco que não o da praça para venderem seus corpos, como tenho testemunhado, viva a noite e viva o dia, mas, com alguma vergonha na cara e criticidade diante do real, do contrário és apenas mais uma puxa saco de a ou de b, pelo que lamento, e quanto ao esforço o que testemunhei na terra de nauro machado é o uso da máquina” pública” para a reprodução da barbárie silenciada!
corrigindo: invenções
Já foi no MP dar seu depoimento ???
ministério público?
é de poder que eu nem entre porque não passarei dos seus suntuosos e intimidadores, já que a esquerda, jamais enfrentou nas suas nuances escaninhos e meandros todos, as formas de racismo inconsciente e DESCARADAMENTE CONSNCIENTE, e não é você que vai enfrentá-lo atrás de um computador, pois é trincheira diária de luta PARA MIM, e não bla bla bla de rede social cujas formas esmagam os possíveis conteúdos de superação direta desta infâmia interpessoal e estrutural
TAMBÉM NÃO PRECISO ODIAR PARA SER FIRME, NEM TÃO POUCO PRETENDER AGRADÁ-LA, POIS MINHA PARTICIPAÇÃO NO USO DA INTERNETE É UMA TENTATIVA DE RACIOCINAR, POIS QUEM NÃO SABE RACIOCINAR É UM TOLO, QUEM NÃO QUER RACIOCINAR É UM FANÁTICO, E QUEM NÃO OUSA OU PODE RACIOCINAR É UM ESCRAVO
Flávio Dino é tão ruim que paga o melhor salário do Brasil para professores. Crie vergonha na cara antes de publicar mentiras nas redes sociais
salário de professor?
o nome disso é controle social, disfarçado de favor, tome vergonha na cara, você, lambe saco, pois dinheiro na mão de funcionário público, não é necessariamente elevação do nível de consciência nem da capêtalismente chamada qualidade de vida, que é um “conceito” do capital, estude estude e estude, vou te fazer uma gentileza que gostaria de receber, a indicação de um monumental livro chamado” para além do capital”
e talvez você me venha com argumento e não com asneiras, que você não teria a disposição de dizê-las na minha frente, sendo a internete um fator revelador do caráter covardemente brasileiro, pois, do outro lado, a boca pode falar o que quer, mas os humanos não são o que dizem, porém, o que fazem, eis o meu critério de alguma verdade sobre a minha espécie, e passe bem, fê liz
de falsa esquerda estou mais do que farto, estou enojado, aliás, quem tem essa esquerda não precisa de inimigo de classe
mentiras suas:
maranhão maranhão maranhão
o que sobra de preconceito
falta de educação
maranhão maranhão maranhão
da subgente auto-debochada
ao complexo de auto negação
cantiga de quem nasceu e vive percorrendo dia e noite os territórios do maranhão aprendendo sobretudo o que não quero reproduzir como a vulnerabilidade, a indefensabilidade e a covarde aceitação com o consentimento social de “governos”, “sociedade”, “esquerda”, “direita,”
“feministas” masculinistas” bonzinhos “mauzinhos” etc etc etc
você perguntou, fê liz, àquela menina que encontrei na rodoviária da cidade de santa santa inês-ma, se ela, com doze anos de idade, queria ou gostaria de está ali vendendo seu corpo
você perguntou se aquele garoto de sete anos de idade na parada de ônibus de buriticupu-ma, se ele queria ou gostaria de está tendo que vender milho assado em porta de ônibus e demais conduções?
estou te fazendo estas perguntas, porque estou pedalando ( e não me escondendo atrás de um computador para mandar alguém criar vergonha, mas conhecendo dia e noite as condições sociais sob a batuta de um “governo” que nunca priorizou priorizar as crianças e defender a infância, desde as crianças que ainda dormem nas ruas são luis, até as violentadas dentro e fora de casa) desde são luis até o sul maranhense, e, posso te afirmar, fê, que estes são apenas dois dos muitos exemplos que depõem contra este falso governo comunista e denunciam a estrutura de manutenção desde as mais remotas oligarquias até o atual laranjão de plantão
de são luis
De falso comunista Flávio Dino não tem nada, é duramente verdadeiro pois distribui a miséria e mantém o mesmo ritmo de vida dos coronéis nordestinos oprimindo o povo tal e qual os governos comunistas do século passado.
vou lhe fazer a melhor sugestão que alguém poderia me pedir para fazer: estude o que é a obra de karl marx, para, aí sim, começar a dialogar com você!
Texto dolorido de ler, mas necessário :/
Se foi dolorido para os leitores, deve ter sido mais dolorido escrevê-lo.
E é mais dolorido ainda saber que tudo isso poder ganhar mais aamplidão e ser aceito por uma sociedade doentia :/
Um ótimo matéria, Nayara!
Uma pena que o caso de Ana seja apenas um dentre milhares de formas de exploração laboral sem a menor regulamentação (creio que ocorra inclusive entre profissões regulamentadas) e com exigências esdrúxulas, incoerentes e sobretudo desumanas. A resistência à prática da garantia dos direitos fundamentais e sociais dos trabalhadores, previstos na Constituição e legislação infraconstitucional, demonstra o quão enraizado está o mandonismo como sinônimo de empoderamento e diferenciação de classe. O tabu começa em casa e ainda vai à praça da educação: em âmbito escolar, não são discutidas sequer resoluções e convenções da OIT, que são fáceis de ler. Se a gratidão for pela oportunidade de estudar, percebo o grau em que a consciência cívica das crianças e adolescentes que compartilham os mesmos espaços anda maltratada, reduzida à justiça com as próprias mãos. Ou seja, pode-se haver até gratidão à oportunidade nunca oferecida quando a denúncia passa a ser socialmente silenciada.
Nayara, com todo o respeito, o que tu e teu irmão faziam também era trabalho infantil, “ajudar” na lida do campo é bem diferente de realizar pequenas tarefas domésticas. Nenhuma criança deveria ser submetida a isso, muito menos em tão tenra idade e percorrendo uma distância tão grande.
O trabalho com os pais, é algo extremamente diferente do que a exploração por outras pessoas, ajudar na época da colheita é muitas vezes em comunidades do interior modificado a época das férias escolares para a criança poder ajudar no seu próprio sustento. As crianças que fazem isto, na imensa maioria das vezes fazem sem sofrimento, salvo do cansaço físico e ganham um status dentro da família que é geralmente recompensado e reforçam a sua auto-estima no lugar de sentirem-se exploradas, são coisas completamente diferentes.
Rogério, DEZ QUILÔMETROS caminhando na seca do nordeste conduzindo animais aos SETE ANOS DE IDADE. Sem sofrimento pra quem? Por favor, né?! A maioria de nós sequer faz na esteira da academia esses 10Km numa boa, pelamordadeusa.
A única forma de se acabar de vez com a corrupção e eliminar o analfabetismo Político que está contido em nosso país desde as caravanas de Cabral
Trabalho desde a infância. Fui bóia fria aos 13 anos trabalhando em plantações de eucalipto, empregada doméstica e estudei com muita dificuldade e esforço. Somente consegui entrar na faculdade com 33 anos. Saí formada em direito com 38. Já era servidora pública. Continuei estudando e fui aprovada em concurso de carreira jurídica. Tenho uma confortável que alcancei por volta dos 45 anos. Imagino onde teria chegado se tivesse oportunidades no tempo certo. Crianças e jovens precisam de oportunidades de estudar e se desenvolver. Não à exploração de trabalho infantil.
Parabéns pela trajetória e pelo relato, mais ainda, parabéns por não ter ficado cega diante do dinheiro e da carreira e conseguir ter a inteligência emocional de saber se debruçar e valorizar suas origens
Nem tão feliz hoje em face da morte de Paulo Henrique Amorim, entro nesse site para parabenizar mais uma vez o The Intercept e esta jornalista pelo grande serviço humanitário prestado aos humilhados deste país. Continuem, vocês fazem uma grande diferença!
O trabalho infantil, é um flagelo que assola os países terceiro mundistas, e que é aceite, por uma sociedade perversa nos países ditos desenvolvidos. Se nos primeiros a extrema necessidade a isso obriga, nos segundos, apenas mostra o egoísmo das classes privilegiadas, que apenas pensam no lucro, e se aproveitam de pagar menos pelo mesmo serviço, tendo ainda o benefício de menos conflitos laborais. Querer comparar o trabalho feito pelos filhos em casa dos pais, ou na ajuda ao negócio da família, nada tem a ver com trabalho infantil. Todos nós ajudamos a lavar a louça, a fazer a cama, limpar a casa, mas isso não pode nem deve ser considerado trabalho infantil. Vir com esses exemplos (como a Leda), para tentar mostrar-se uma “trabalhadora”, é de uma desonestidade intelectual absoluta. Muito gostam os fascistas de dourar, aquilo que não pode ser dourado. Trabalho infantil é CRIME, e deveria ser punido severamente.
O Lob para manter o batman e o robbim no poder, o importânte é que o anarquista trata das galinhas e da mole pra demente religioso para entrar para a história!!! Depois não queria ser tratado como anarquista nas forças armadas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!