A deputada federal Tabata Amaral estava visivelmente cansada durante a sessão de votação da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, na quarta-feira. Ao contrário do que costuma fazer, pouco ficou no plenário e evitou contato com colegas. A deputada vinha de um longo processo de embates dentro do próprio partido, o PDT, em que o tom subiu a ponto de ela ser ameaçada de expulsão. Tabata votou a favor da reforma, e o PDT decidiu, há meses, que votaria contra. O projeto foi aprovado em primeiro turno na Câmara.
No dia anterior, em uma reunião da bancada do partido, o presidente Carlos Lupi havia deixado clara a sua posição. “Que bom que estamos reunidos”, disse ele, segundo duas pessoas que estavam presentes me contaram. “Vamos guardar com carinho esse momento porque pode ser a última vez que estaremos juntos com essa formação”. Tabata Amaral estava lá e sabia que o recado era para ela. Ainda assim, reafirmou sua posição.
Lupi ouviu. Depois, virou a madrugada tentando convencer outros parlamentares que também queriam votar a favor da reforma. Também durante a tarde, ela divulgou nas redes sociais um vídeo dizendo que seu voto era “com consciência, não um voto vendido” e um compilado dos argumentos que justificaram sua posição. “Ser de esquerda não pode significar ser contra um projeto que pode tornar o Brasil mais inclusivo e mais desenvolvido”, justificou no vídeo. Ela defende mudanças no regime de aposentadorias de servidores públicos, mulheres e professores.
No dia da votação, o nome de Tabata chegou ao topo dos trending topics do Twitter e virou meme. Defensores da reforma da Previdência a usavam como exemplo da esquerda moderada ou pragmática; já os opositores usavam seu posicionamento para dizer que ela nunca foi de esquerda ou sugerir, ironicamente, que ela se filie ao Partido Novo, sigla liberal representante do que chama de “nova política”, alinhada ao governo Bolsonaro. No fim da tarde de quarta, ela deu seu voto favorável à reforma, assim como outros sete dissidentes do PDT. Chamados pelo líder do partido na Câmara, o cearense André Figueiredo, de “futuros traidores”, todos sofrerão um processo administrativo dentro do PDT.
Aos 25 anos e no primeiro mandato, Tabata Amaral se tornou, em 2019, um dos nomes mais relevantes na Câmara dos Deputados. Foi a responsável pelo esculacho que o ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez tomou em uma audiência pública, evidenciando seu despreparo – ele seria demitido oito dias depois. Seu sucessor, Abraham Weintraub, também foi emparedado pela deputada. Registradas em vídeos, as cobranças sobre seu tema favorito – a educação – viralizaram e a alçaram ao posto de nova aposta da esquerda. Mas ela nunca foi unanimidade nesse campo político, nem mesmo dentro do próprio partido.
‘Se com isso eu me tornar impopular e não ser reeleita, beleza. Com a formação que eu tenho, consigo emprego onde eu quiser.’
Pelas posições dissonantes e pelo protagonismo que conquistou em poucos meses de mandato, Tabata se tornou um nome controverso entre os colegas. Ela é considerada importante pela reorganização do PDT em São Paulo, que há tempos não tinha nomes fortes na política, mas, em Brasília, é vista com ressalvas por alas do partido. O assunto era tratado em banho-maria até as vésperas da votação da Previdência, mas se escancarou na semana passada.
No dia seguinte à aprovação do texto em primeiro turno, a hashtag #TabataTraidora chegou aos TTs. Na primeira vez que estive com ela, em maio, ela não se mostrou preocupada com as críticas. “Seria muito mais fácil virar para as redes sociais, falar que sou contra a Previdência e ser adorada por isso. No momento, o governo me odeia e a esquerda também”, me disse. “Se com isso eu me tornar impopular e não ser reeleita, beleza. Com a formação que eu tenho, consigo emprego onde eu quiser. Eu volto a trabalhar e continuo o ativismo de outros lugares”.
A data marcada para o meu primeiro encontro com Tabata Amaral era 15 de maio, o mesmo dia em que estavam marcados os protestos contra os cortes na educação. Ela, porém, não iria para rua: seu compromisso era uma audiência pública em que o ministro Weintraub explicaria o contingenciamento de verbas que atingiu 30% do orçamento de custeio das universidades federais.
Quando encontrei Tabata numa das esteiras rolantes da Câmara, ela estava ansiosa com o confronto que teria naquela tarde com o ministro da Educação. Não só ela. Ao longo do dia, foi abordada por políticos – do PT ao PSL – que vinham lhe falar das expectativas por seu discurso. Tabata me disse que não é exatamente contra os cortes, mas, sim, contra “cortes sem nenhum critério, por razões ideológicas”.
A deputada andava rápido pelos corredores da Câmara (quase correndo), enquanto cumprimentava outros parlamentares, assessores ou visitantes. Vestia camisa social branca, saia xadrez até o joelho e uma bolsa preta com papéis que saltavam para fora do zíper aberto. Ao chegar em seu gabinete, tirou o sapato e prendeu o cabelo num coque para almoçar: um pote de plástico com salada, macarrão e frango, tudo misturado.
“A gente vai reformar esse espaço, vamos abrir as paredes, vai ficar bem [com cara de] startup”, ela falou, se referindo ao gabinete parlamentar. Ela divide espaço e recursos, numa espécie de coworking, com o deputado Felipe Rigoni, do PSB do Espírito Santo, e o senador Alessandro Vieira, da Rede de Sergipe. Apesar de terem perfis políticos distintos, os três integram o RenovaBR, um grupo apoiado por empresários – o principal garoto-propaganda é o apresentador global Luciano Huck – que forma novas lideranças e que elegeu 16 de 120 candidatos para o Congresso e assembleias estaduais.
A novata no Legislativo é fruto de dois programas suprapartidários que lhe concederam bolsa financeira e treinamentos de liderança em 2018: o RenovaBR e o Programa de Lideranças Públicas Lemann/RAPS. Este último é bancado pela fundação do segundo homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann. Ela também faz parte do Movimento Acredito, que ajudou a fundar. Os três grupos pregam a renovação política e se dizem apartidários. Os integrantes são de variados espectros políticos, mas têm como compromisso cumprir princípios como transparência e redução de gastos do mandato.
Em comum, os discípulos de Lemann costumam levantar bandeiras ligadas à educação. O ensino público brasileiro é um dos assuntos de interesse prioritário de Lemann, controlador das gigantes Ambev, Kraft Heinz e Burger King –, apesar de ele morar há anos na Suíça.
Os projetos educacionais do bilionário costumam ser geridos como suas empresas: com metas, gerenciamento de resultados e uma equipe escolhida criteriosamente.
Fundada há 15 anos, a Fundação Lemann é uma das entidades que apoiou ativamente a aprovação da Base Nacional Comum Curricular, a BNCC – o empresário, inclusive, foi um dos bilionários convidados a opinar sobre a reforma do ensino público brasileiro. A BNCC é criticada por especialistas por priorizar a preparação dos alunos para o mercado de trabalho, deixando em segundo plano questões teóricas ligadas às “humanas”, como discussões sobre gênero e inclusão, e tornando obrigatórias no ensino médio apenas as disciplinas de português e matemática.
O mesmo discurso é aplicado nos empreendimentos educacionais de Lemann no ensino privado. Seu projeto mais ambicioso em solo brasileiro é o colégio Eleva, que abriu as portas em 2017 no Rio de Janeiro para famílias dispostas a desembolsar R$ 3,9 mil por aluno ao mês e passar por um processo seletivo rigoroso para fazer parte de uma “nova geração de líderes”. Lemann também é acionista do Gera, grupo de investimentos em negócios educacionais, e da rede de ensino Eleva, que tem dez grandes redes de escolas particulares credenciadas pelo país, material didático próprio e mais de 70 mil alunos.
Os projetos educacionais do bilionário costumam ser geridos como suas empresas: com metas, gerenciamento de resultados e uma equipe escolhida criteriosamente. Por causa disso, eles dividem opiniões. Alguns pesquisadores dizem que as grandes corporações, como a de Lemann, se dedicam a formar líderes com objetivo de favorecer o livre mercado. É a opinião de de Eduardo Bonzatto, professor de História com ênfase em Educação na Universidade Federal do Sul da Bahia, que está escrevendo um livro sobre o tema.
“Eles escolhem líderes que tenham alto desempenho e tanto faz se for de direita, esquerda, homem, mulher, rico ou pobre. Na verdade, quanto mais diverso, melhor. Mas, em cargos de liderança, esses representantes são uma garantia de que eles poderão continuar a gerir o sistema com estabilidade”, ele me disse. Essa seria, para Bonzatto, a função de Tabata Amaral. Ele diz que não há doutrinação nos programas, mas, sim, uma preparação de lideranças para atuar em locais estratégicos, como o Congresso Nacional.
Pesquisadores também criticam o interesse de conectar a escola à lógica empresarial. Em um artigo sobre a interferência da Fundação Lemann no ensino público, o professor Jorge Luiz D’Ávila, da área de Políticas Educacionais da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, afirma que as escolas vêm servindo apenas para fornecer “mão de obra” que atenda às necessidades da economia. “Para esse fim, as empresas passam a intervir diretamente nas questões pedagógicas, na elaboração dos conteúdos e na formação docente incorporando nas instituições escolares a lógica do mercado”, escreveu. Outro artigo, da professora Maria Raquel Caetano, do Instituto Federal Sul-rio-grandense, diz que a atuação de grupos privados no ensino público faz parte de uma “crescente incorporação da educação pública a uma lógica empresarial contemporânea”.
‘Eu admiro o Jorge Paulo Lemann. Sabe, a gente tem uma das maiores empresas do mundo que tem brasileiros no poder. Eu acho que aí que a esquerda erra. Qual é o problema disso?’
Quando a questionei a respeito, a deputada disse que ter o apoio de megaempresários com interesses políticos não tolhe a sua independência parlamentar. “Eu vejo essas pessoas com frequência, tenho carinho por elas, mas não me encontro com elas fora de contextos sociais. Não tem ninguém me mandando mensagem, ligando, me enchendo o saco”, me disse. “Eu admiro o Jorge Paulo Lemann. Sabe, a gente tem uma das maiores empresas do mundo que tem brasileiros no poder. Eu acho que aí que a esquerda erra. Qual é o problema disso?”, perguntou.
“Eles têm uma pauta? Têm. Mas todo mundo tem pauta. E eu acho que me resguardo porque recebi doações de 429 pessoas diferentes e nenhuma delas foi de mais de 9% do total [gasto na campanha]. Recebi dinheiro de gente da esquerda e da direita, com agendas e pontos de vistas conflitantes”, continua.
Três dos maiores doadores de Amaral são sócios da rede de ensino particular Ânima, uma das principais do país – que abriga em seus negócios a HSM, empresa que fez Paulo Guedes ser investigado por suspeita de negociações fraudulentas em investimentos na educação. Ela recebeu, ao todo, R$ 150 mil de três membros da diretoria do grupo.
Perguntei se o apoio de um grupo de ensino privado poderia interferir de alguma maneira em seus posicionamentos políticos. “Eu gastei um terço da minha campanha pedindo dinheiro. Foi um esforço muito grande, eu não tinha um doador que pagou tudo, não tinha um partido que pagou tudo. Tive que me encaixar em mais de 50 jantares. Consegui levantar mais de R$ 1 milhão de forma honesta, diversificada e sem amarras”, respondeu. A deputada diz ainda que é contra a privatização do ensino público – o uso de vouchers para famílias pobres estudarem em particulares, é uma ideia defendida pelo seu colega de RenovaBR Vinícius Poit, do Partido Novo.
Os outros maiores doadores de Tabata foram o PDT (R$ 100 mil); o empresário Patrice Etlin, da consultoria de investimentos Advent (R$ 90 mil), que, junto com o irmão, doou para mais de 20 candidatos; e o publicitário Nizan Guanaes (R$ 79,5 mil), que fez as campanhas dos tucanos Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998) e José Serra (2002). Por financiamento coletivo, ela conseguiu R$ 58,1 mil.
Enquanto almoçava, Amaral pegou uma folha de sulfite, dobrou-a ao meio e começou a escrever à mão o discurso que faria mais tarde na sabatina do ministro, consultando dados no celular. Ao fundo, ouvíamos os discursos do ato de estudantes e professores que acontecia em frente ao Congresso naquela manhã.
Amaral teria três minutos para discursar, sem prorrogação. Treinou o discurso, cronometrando-o, por quatro vezes. Na primeira, estourou em 38 segundos. Cortou trechos. Na segunda, bombou por três segundos. Limou mais umas frases. Na terceira, teve sucesso. Mas quis tentar mais uma vez só para garantir. Convencida de que estava segura, começou a passar o texto a limpo – também à mão. “Acho que hoje vai ser um dia histórico. Eu acordei cedo e senti uma eletricidade no ar, algo diferente”, sorriu a deputada.
Antes da audiência começar, Amaral buscou assinaturas para 11 emendas que quer apresentar a projetos do Fundeb e da Reforma da Previdência (uma delas, que define regras especiais para professores, reduzindo o tempo de contribuição, foi aprovada na sexta).
A deputada se define como de centro-esquerda, embora seja alvo de críticas tanto da direita como da esquerda. Ela enumera alguns nomes pelos quais já foi chamada: “poodle de tosa e banho tomado”, “comunista”, “socialista”, “débil mental”, “pior do que fascista porque engana a esquerda”.
Ela contou que passou a ser atacada com a pecha de ‘esquerdista’ pelo MBL há três anos, quando começou a militar com o Movimento Acredito, e depois com a outra iniciativa que fundou, o Mapa Educação. “Tenho divergências com o que propõe essa mocinha e seu pretenso movimento, mas é da democracia, não vejo problema. No entanto, é curioso notar que, vereador mais jovem da história de São Paulo, negro, gay e da periferia, nunca fui chamado para programa da TV Globo. Será que é por que eu não sou de esquerda? Pois é”, disse, na época, o vereador paulistano Fernando Holiday. Em janeiro, o MBL a chamou de “deputada-patricinha”.
Desde que tomou posse, porém, Amaral disse que começou a apanhar mais pesado da esquerda. No episódio do confronto com Vélez Rodríguez, seu desempenho chegou a ser elogiado pelo MBL, mas foi atacado pela esquerda, que “descobriu” que ela supostamente é de direita.
Para ela, isso se deve mais à esquerda não querer dividir espaço no campo ideológico do que uma oposição às bandeiras que defende. “Quando eles têm que usar de todos os subterfúgios para dizer que eu não sou de esquerda, eu penso: ‘igualzinho o MBL, os bolsominions'”, disse. “Acho que tem mais a ver com o incômodo que gero, de ter mais alguém ocupando esse espaço, do que com as minhas ideias”.
‘Quando eles têm que usar de todos os subterfúgios para dizer que eu não sou de esquerda, eu penso: ‘ igualzinho aos bolsominions.”
Em declarações à imprensa, ela explora a posição em que fica mais confortável: o centro-esquerda. À Veja, ela falou que “essa coisa de esquerda e direita ameaça a democracia”. O Estadão a apresentou como “nem esquerda, nem direita”. Amaral acredita que a exacerbação da polarização política no país nos últimos anos teria empurrado o PT mais para a esquerda e o PSDB mais para a direita, abrindo um “vazio” no centro, o qual o PDT – e ela – agora querem ocupar.
“Nem PT e nem PSDB formaram lideranças. Os dois extremos, esquerda e direita, foram tomados porque não tinha ninguém. Eu acho que o PDT tem um espaço na centro-esquerda, já que [após o processo de impeachment] o PT foi mais para a esquerda e o PSDB foi mais para a direita do que haviam sido no passado. Espero que no futuro a gente tenha uma liderança na centro-direita também. Vai ser muito bom para o país”, disse.
Embora alguns celebrem a evidência e o surgimento de uma figura carismática – comparando-a à democrata Alexandria Ocasio-Cortez, fenômeno de esquerda nos EUA –, parte da esquerda rechaça a tentativa de elevar a deputada ao posto de nova liderança entre os progressistas. A socióloga Sabrina Fernandes foi uma das que mostrou preocupação publicamente com a ascensão da pedetista. “A Tabata Amaral é representante da pós-política, um dos fenômenos que eu mais abomino”, ela tuitou, dividindo opiniões à esquerda. Perguntei a ela o que isso significa.
Para Fernandes, o discurso do “nem direita, nem esquerda” tem tido cada vez mais apelo na sociedade porque canaliza a frustração das pessoas com a política tradicional. “Geralmente é empregado por figuras que se lançaram recentemente na política institucional, ou que partem de um rompimento com partidos e instâncias”, me disse.
“Esse discurso contribui para uma ilusão acerca da possibilidade de simplesmente dialogar e negociar com os dois lados. É uma ilusão porque os lados não são construções artificiais, mas fazem parte de visões opostas de como lidar com a divisão de classes, com a distribuição de recursos, com direitos e com a origem do poder”, afirmou.
“Por exemplo, o Brasil todo parece concordar com a importância da educação, mas há um oceano de diferença entre um projeto que fortalece a educação pública através da autogestão de estudantes, professores e pesquisadores, e um projeto que dá o projeto público único como falido para favorecer a opinião e entrada do setor privado. É por isso que não é uma questão de simplesmente se encontrar no meio do caminho”, continuou Fernandes.
Amaral teve uma trajetória meteórica. De família de classe baixa, da Vila Missionária, bairro originado de um loteamento iniciado por uma instituição missionária católica, Tabata disse que trabalhou desde criança para ajudar na renda de casa, mas conseguiu se formar em Harvard, a melhor universidade norte-americana.
Aos sete anos, ela fazia bordado e pintava quadros que vendia na feira hippie da praça da República, no centro paulistano. “Achava que eu ia acabar trabalhando com artesanato, como minha mãe. Sabe que eu acho até que tinha um pouco de talento?”, ela disse, me mostrando, no celular, fotos de quadros que pintou.
Quadros pintados por Tabata Amaral.
Foto: Acervo Pessoal/Tabata Amaral
“Todo dia, da 1ª a 4ª série, eu chegava em casa e levava umas boas horas para limpar a casa, fazer o almoço, bordar. Eu não gostava de bordar, não gostava de limpar a casa. Não gosto de cozinhar até hoje, porque por muitos anos cozinhei por obrigação. Eu só queria que aquilo acabasse logo para poder sentar, ler e fazer tarefa”, lembrou.
Ao demonstrar habilidade com ciência e matemática, ela ganhou bolsa em uma escola particular de classe média, a Etapa. Logo, os professores perceberam que a situação financeira dela era diferente dos demais alunos e começaram a pagar suas refeições (antes, seu almoço se restringia a um iogurte) e um hotel perto do colégio (ela demorava todo dia mais de quatro horas indo e voltando de ônibus).
Em dado momento da nossa conversa no gabinete, Tabata tirou um dos sapatos, cinza e com salto baixo, e me mostrou por cima da mesa. “Foi a esposa de um professor que comprou, para eu ir na minha primeira premiação. Eu não tinha nada. Eu guardo bem minhas coisas”, riu.
Envergonhada, a deputada disse que seu comportamento, elogiado na escola, não era motivo de orgulho, mas, sim, uma forma de lidar com os problemas que via dentro de casa. “Estudar era a forma que eu tinha de fugir de tudo.”
“Eu era super aberta, adorava falar. Mas chegou um momento em que fui entendendo o que estava acontecendo”, contou.
Além de problemas financeiros – seus pais intercalavam subempregos com longos períodos sem ocupação –, Amaral também convivia com o vício do pai em álcool. Com o tempo, ele se envolveu com outras drogas e, no fim da vida, estava consumindo crack, segundo ela.
“E aí eu parei de falar com as pessoas. Minha mãe foi chamada à escola porque tinham medo de eu nunca conseguir falar em público. Deixei de ter amigos. Acho que um psicólogo saberia dizer o que aconteceu. O que sei é que me tornei extremamente tímida e só gostava de ler. Aquele era o meu refúgio”, me contou.
‘Eu te asseguro: o diálogo da periferia com Harvard é mais tenso que o da esquerda contra a direita.’
Tabata conseguiu sua primeira medalha – de prata – em uma olimpíada estudantil aos 12 anos. No ano seguinte, em 2007, foi a campeã na Olimpíada de Matemática, o que lhe rendeu um destaque no Jornal Nacional. No total, ela acumulou mais de 30 medalhas em olimpíadas estudantis – as conquistas lhe renderam o apelido de “supercampeã olímpica” em uma reportagem do G1 de 2011. Naquele ano, aos 17, ela já tinha ideia do que queria fazer – estudar em Harvard – e, para isso, tentava bolsas de estudo em oito processos seletivos diferentes.
Seus olhos se encheram de lágrimas ao contar que o pai morreu quatro dias após ela ser aprovada em Harvard, com bolsa de estudos integral da própria universidade – ela também foi aceita em outras cinco universidades americanas com bolsas de 100%.
“Eu odiei o primeiro ano em Harvard. Mas trabalhei como babá e recepcionista e mandei dinheiro para casa. Na época, minha mãe estava desempregada. Eu não falava nada de inglês, tive que aprender”, prosseguiu, antes de assoar o nariz algumas vezes até se recompor.
Tabata estava cursando astrofísica, mas decidiu mudar a graduação principal para ciência política no segundo ano da faculdade, após ter aula com Steven Levistky, autor do livro “Como as democracias morrem”. “Ele me falou: ‘você foi a melhor aluna, tem que considerar [mudar o foco de estudos], você tem talento’. Eu era louca pela aula, porque falava de desigualdades, de tudo que eu tinha vivido no Brasil”, afirma. “E eu te asseguro: o diálogo da periferia com Harvard é mais tenso que o da esquerda contra a direita.”
Com dificuldade para conciliar a faculdade com os empregos, ela se inscreveu para receber uma ajuda financeira da Fundação Estudar, também de Jorge Paulo Lemann. A bolsa, segundo ela, era de apenas US$ 500 por ano – dinheiro que diz ter devolvido este ano com o primeiro salário de deputada. Foi o primeiro contato de Tabata com o empresário, que depois a convidou para integrar a Lemann Fellow, uma “rede de talentos” comprometidos a levar “impacto social” ao Brasil. A rede é alvo das mesmas desconfianças direcionadas aos projetos do empresário na educação pública, pois seleciona lideranças de interesse e as mantêm em contato com a agenda da Fundação Lemann.
Em 2014, Tabata Amaral trabalhou em um “summer project” na secretaria de educação de Sobral, no Ceará, berço do clã Gomes, liderado pelo candidato do PDT à Presidência em 2018, Ciro.
Mas o primeiro contato de Tabata Amaral com o líder trabalhista foi durante uma palestra do político em um evento em Harvard, em 2016. O vídeo da pergunta feita por ela viralizou, à época, porque o presidenciável disse que “andava estudando astrofísica” e replicou, perguntando à jovem se ela “compreendia que o multiverso é uma possibilidade”.
No Brasil, já militando em movimentos ligados à educação, ela decidiu usar essa bandeira para concorrer às eleições. Ao procurar um partido para concorrer nas eleições de 2018, Amaral acabou escolhendo o PDT pelo “seu histórico na área da educação, principalmente o legado de Darcy Ribeiro”. Segundo ela, era o partido a que tinha “menos críticas”.
Mas isso não quer dizer que não tem críticas. Para ela, a legenda deveria valorizar as prévias para escolher os nomes que disputarão cargos eletivos e garantir a participação de pelo menos 50% de mulheres nas disputas. As ideias enfrentam resistência, segundo ela, de caciques regionais. “Quem banca minhas brigas e entende que precisamos renovar é o [presidente] Carlos Lupi e o Ciro. Minhas maiores dificuldades são locais. Municipal e estadual. Aí sim tem gente há muitos anos, achando que as minhas ideias são de alguém jovem que só quer causar”, relata.
Católica fervorosa – vai à missa todo domingo, foi coroinha e cantou no coral da igreja –, Tabata diz que sua fé não interfere em posicionamentos políticos. Ainda assim, são os debates morais que podem lhe render novos confrontos com a esquerda. Ela é a favor do aborto nos casos já previstos em lei, mas contra a descriminalização geral. Também é a favor da legalização da maconha, mas não de outras drogas, por considerar que faltam estudos sobre uma liberação abrangente.
Durante quase toda a longa sabatina com Weintraub, em maio, Tabata Amaral se manteve sentada em sua cadeira no plenário e ouviu atentamente aos discursos. Sua fala na tribuna, aquela que viralizou, foi no início da noite. Pouco antes do fim da sabatina, às 21h, ela deixou o plenário para jantar na sala da liderança do PDT. Era o tempo de que precisava antes de mais uma maratona de entrevistas sobre as manifestações de rua e o desempenho do ministro. “A vitória se deu mais nas ruas do que no Congresso”, disse a todos os jornalistas que lhe telefonaram.
Foi para casa perto das 23h. No dia seguinte, chegou ao gabinete às 8h45, se desculpando pelo atraso e dizendo que teve de dobrar roupas que estavam no varal.
Há até pouco tempo, Tabata costumava chegar de ônibus na Vila Missionária, onde vive a mãe. Foi proibida por motivos de segurança. Ela diz que passou a receber ameaças este ano, principalmente pelas redes sociais. Em um dos casos a pessoa foi identificada. Era um jornalista e escritor ligado ao PT que escreveu no Facebook, no final de março, que ela merecia “ser fuzilada e depois virar nome de escola”. Ela não quis revelar o nome por motivos legais, pois o caso foi para a Justiça.
Em Brasília, a deputada vive em um apartamento funcional. Quando tomou posse, ela se envolveu em sua primeira polêmica ao denunciar que o imóvel destinado a ela por sorteio estava ocupado pelo filho do deputado Hildo Rocha, do MDB do Maranhão. Com a confusão, acabou recebendo um outro apartamento, que seria “velho e mofado”. “Tive princípio de bronquite. Tive que ir na secretaria e mostrar os remédios que estava tomando para eles me passaram outro. Ele também é velho, mas pelo menos não tem colchão e cortina mofado”, disse.
A deputada garante que precisa do apartamento por razões financeiras: sua conta corrente vive “zerada”, ela alega. “Eu nunca mais falei sobre isso, porque tem coisas que as pessoas vão achar que eu estou inventando. Elas iam pensar ‘como pode uma deputada não ter onde ficar em Brasília e ainda ter a conta zerada’? Então eu prefiro não falar. Eu não tenho capital guardado, como é comum aqui. Fiz um monte de dívida na campanha, minha tia teve um problema de saúde, e eu emprestei dinheiro. Minha conta hoje tem R$ 200.”
‘É difícil saber para onde quero ir, se quero ser prefeita, secretária, ministra da educação. Acho que quero continuar na política porque aqui está o problema e a solução.’
Tabata reclama também de atos machistas e desrespeitosos na Câmara, como ser interrompida no meio de uma votação para ser perguntada se é casada. “Uma vez um deputado do PSL veio falar comigo, perguntou se eu era deputada, me deu um abraço bem forte e ficou me segurando. Eu me desvencilhei e ele me olhou com cara de idiota, se sentindo um galã”, me contou, franzindo o rosto. A deputada não quis revelar o nome do parlamentar porque diz que poderia sofrer um processo interno por ele.
Em situações assim, ela diz que costuma pensar em sacadas para “responder causando”, no que chama de sua versão “Tabata Zoeira”. Mas só expressa a pessoas mais próximas. Acabou se especializando em ser exageradamente calma e se fazer de boba. “Tem uma piada de que eu bato fofo. A pessoa vem com sangue nos olhos e eu respondo tranquilamente. Quando me perguntaram se eu era casada, perguntei ‘qual é a relevância para a minha atuação parlamentar, o senhor me explica?’. Assim, calminho. Aí a pessoa fica constrangida. Me perguntaram onde eu achei meu pin [broche de deputada] e eu disse que achei no chão. A pessoa ri”, conta.
Com a agenda lotada, Tabata reserva um fim de semana por mês para visitar o namorado, um ex-colega de faculdade que vive no Amazonas e é colombiano. Ele recebe uma bolsa para projetos de saúde e educação em pequenas comunidades. Recentemente, ela está fugindo de spoilers do final de “Game of Thrones”, série que os dois combinaram de só ver juntos.
Apesar da trajetória, a deputada admite que abriria mão de tudo isso caso pudesse voltar no tempo. Ela diz que, se pudesse escolher, não teria aceitado a oferta dos professores do colegial que lhe pagaram um quarto de hotel para ficar mais perto da escola. Afinal, ela estava no hotel nos dois últimos anos da vida do pai, vendo-o apenas aos finais de semana.
“Eu sei que não estaria aqui, não teria ido para Harvard, para nenhuma competição, se eu tivesse continuado pegando quatro horas de ônibus todos os dias. Mas eu queria ter estado com o meu pai”, afirmou. Para ela, esse foi o seu único erro.
Tabata disse se ver completando um segundo mandato de deputada federal, mas é evasiva ao falar dos planos de subir os degraus de uma carreira política. “É difícil saber para onde quero ir, se quero ser prefeita, secretária, ministra da educação. Acho que quero continuar na política porque aqui está o problema e a solução. Mas eu cresci querendo ser cientista. Antes queria ser artista plástica. Eu nem sabia que eu poderia ser presidente da República”, diz. “Sonho ser lembrada como alguém do calibre de Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira.”
Mas talvez tenha que encontrar outro partido para seguir na política. Na quinta-feira, Carlos Lupi confirmou que o PDT abriu um processo disciplinar para discutir qual será a consequência da votação a favor da reforma da Previdência. Para Ciro Gomes, Tabata cometeu um “erro indesculpável” que “não pode passar impune”. A punição, a ser definida em até 60 dias, pode chegar à expulsão do partido.
Fico a pensar: Como uma pessoa que se diz tão sensível aos menos favorecidos, e como sua biografia atesta, caiu no engodo dessa reforma sem antes questionar e engrossar o coro pela transparência dos números que o governo se recusou a revelar. Se existe o deficit porque esconder os números?!?
E a história da “Chapeuzinho-vermelho” progressista e de centro-esquerda vai se comprovando a cada dia como uma fábula.
O até então defensor de Tábata, jornalista Ricardo Kotcho acaba de apresentar um pedido de desculpas ao Ciro Gomes por tê-lo criticado no episódio. A razão pra isto foi um video que lhe foi enviado em que a fofinha do Acredito aparece na convenção do PDT apoiando a deliberação partidária contra a Reforma. A decisão foi tomada por unanimidade, incluindo aí o voto da própria Deputada.
A “namoradinha do Planalto” parece ser bem pouco convicta do que deve fazer. Ou é convicta demais e acha que tudo é aceitável na defesa de seus projetos.
Eu, se fosse o Dallagnol, não deixava escapar. Tudo bem dele já ser casado. É só virar Mormon. É só não aceitar massagem nas costas (ao menos sem verificar antes embaixo do travesseiro).
Pequena que a Amanda Audi ignorou mais este fato.
Pena que a Amanda Audi ignorou este fato (corrigindo)
Queria ter lido na matéria a explicação de pq ela votou a favor da reforma, como ela justifica esse absurdo. Desculpa mas isso não é um jornalismo do The Intercept, parece mais matéria de revistinha vazia, fala muito e não fala nada no final.
Tabata. Vc conseguiu finalizar suas graduações em Ciências Políticas e Astrofísica na Havard? Publicou artigos em revistas científicas especializadas? Participou, foi convidada como conferencista em congressos nacionais e internacionais nos seus temas dd concentração? Na Wikipédia só consta suas entrevistas para meios de comunicação.
Um dos prêmios q seu projeto de tese de Bacharelado foi agraciado é oferecido (500 dolares) aos estudantes do departamento governo da faculdade de Artes e Letras da Havard, pelo q consta somente os projetos desenvolvidos neste departamento e que tratam sobre a educação no Brasil são elegíveis, vc saberia dizer quantos eram os seus concorrentes ? Tabata, existe um vasto caminho entre graduação e ser especialista em educação e políticas públicas.No Brasil atual existem grandes especialistas em ciência pedagógica assim como em matéria de política públicas em educação. Quais deste vc já teve oportunidade de discutir suas idéias, além do Leman e Huck (q não são especialistas). Como alguém q realizou alguns estudos na
Obrigada
Karina Grathwohl
PARABÉNS TABATA, O PAÍS TE APOIA!
De que país você está falando? É o país de 14 milhões de desempregados ou o país dos banqueiros? Das pessoas de baixa renda que em idade avançada, dificilmente irão se aposentar? É o país, que com essa “reforma de previdência”, penalizará quem ganha até R$2.000,00? É o país dos militares, que ficaram fora dessa reforma da previdência? Ora, meu caro, estude e medite sobre isso que chamam “derrota dos privilégios”.
O que chama mais atenção nesta matéria não é a defesa que a jornalista faz por admiração pessoal. O que chama atenção é que o exercício da profissão de jornalismo, nitidamente em segundo plano. A forma como relata os fatos induz o leitor desavisado a acreditar que Tabata é a grande vítima, e que o PDT é o vilão, por ter exigido o compromisso político-ideológico estabelecido em assembléia. É o personalismo romantizado imperando sobre o coletivo.
Esse tipo de jornalismo criou o “super-homem Moro”. Fabricou um mito de pés de barro. Agora vem a narrativa “jovem destemida que estudou em Harvard desafia o autoritarismo das velhas raposas donos dos partidos”. Não fico surpreso da jornalista ter a mesma mentalidade (mas aplicada a personagens distintos), que a grande mídia teve com o Moro e a Lava Jato. Aprender com lições passadas e recentes é uma tarefa difícil
Para a jornalista do Intercept o PDT, no caso, é uma espécie agremiação em que os candidatos podem fazer suas escolhas pessoais, alimentar convicções, sem apresentar sequer uma justificativa que sustente a prova de sua escolha. Fico pensando em certos estudiosas da Previdência, como é o caso De Maria Lúcia Fatorelli, Eduardo Moreira, Carlos Gabas (só para citar alguns) sem contar os economistas do PDT. Fico pensando também se a Tabata teria coragem de retornar ao local onde viveu e explicar a extinção dos “privilégios” (sic) aos seus ex vizinhos. Para a jornalista a trajetória pessoal da Tabata, o que ela sofre no congresso, as piadas que ouve etc, conta mais de que os compromissos políticos que assumiu ao se filiar e ser eleita por um partido, que espero saiba dar curso ao seu estatuto.
Pois é, eu escrevia mais ou menos o que você disse. O título fala de “traidora”, mas nem mostra o porque a chamam assim. Como se ela fosse vítima de uma acusação sem fundamento. Lamentável este jornalismo do Intercept.
Tabata, na sua pagina da Wikipedia informa q vc tem diploma da Havard em astrofisica e Politíca…O documento que vc nomeia como Thesis foi o que voce apresentou ao
“Department of Government” é tão somente um dos requerimentopara obtencão de grau de Bacharel em Arts no “Harvard College”. Tabata, você chegou a concretizar suas graduacões na Harvard? Você chegou autorar e publicar algum artigo em revista cientifica especializada suas areas de seus estudo? Tabata, você foi convidada a falar sobre os temas que dissertou en congressos cientificos especializados no tema, seja no Brasil ou no exterior, ou ficou tudo na folha de São Paulo e no portal G1? Li na wikipedia foi que vc foi premiada com o Kenneth Maxwell Thesis Prize in Brazilian Studies en 2016. Antes de parabeniza-la, ousaria de ti perguntar mais sobre este tal premio de 500 dolares. Ele é oferecido para estudantes de gradacão do Department of Romance Languages & Literatures que dissertaram sobre temas relacionados ao Brasil. Quantos eram mesmo seus concorrentes? Por fim Tabata, ciencia pedagogica e tb politicas publicas educacionais são temas caros na academia brasileira,imagino que com tal apego à defesa da ciencia você tenha relacoes fortes com o meio academico no Brasil atual.Você estaria disposta a nos dizers quais os intelectuais academicos atuais no Brasil que você tenha consultado? Quais são suas referencias politicas no congresso, com tanta gente com bagagem tal como Lidice da Mata, Alice Portugal relacões politicas no congresso na area da educucao não lhe devem faltar, né
mais uma farsa prestando um desserviço ao que seria esquerda no brasil
O caso Tábata, parece mais sintoma que causa. Ano após ano, as opiniões manifestadas em jornais ou discursos, amplificados em redes insociáveis, embalam o sonho egoísta de ser o highlander. Da vitória financeira ou das suas ideias a todo e qualquer custo. Ideias das quais, Tábata é portadora e transmissora. Ela confunde o cargo de deputado com o de jurado, este sim, obrigado a votar a partir das suas convicções. Mas no figurino da nossa época, o que vale são as convicções, a exemplo do Dallagnol e Moro, outros convictos. A doença, meus caros, são as ideias. Elas tomam conta dos espíritos frágeis e mal formados, de cultura escassa, moral rala. O interesse público é uma exceção neste mar de ideias equivocadas. O que agora é feito neste site, onde seus membros se expõem aos riscos derivados da sanha daquela gente. Já a deputada Tábata, pertence à vala comum. Convicta que está do que imagina ser bom para o país, fecha os olhos à realidade social, aos dramas pessoais, afinal, se se esforçassem poderiam ser como ela, não é mesmo? Só que não.
com as raríssimas exceções, esquerda e direita comportamentalmente e acima de gênero, é só sinal de trânsito no brasil, sendo esta moça mais uma falácia a encantar os incautos ou de má fé
Escreveu linhas e mais linhas quando poderia ter abreviado: Trata-se de uma robozinha, bonitinha e articulada mas programada para fazer seu servicinho sujo, ao qual não se negou. Com essa carinha de anjo e ambição de madrasta de conto de fadas, ajudou, com seu voto (ainda que pudesse estar perdida…) em troca de migalhas para professor”A”s e mulheres, a condenar milhões de “homens” a morrer sem se aposentar. Não existem meias-palavras ou maquiagem feminista. Trata-se de um traidora, pilantra cujo nomezinho ridículo estará marcado pela infâmia.
Ao ser eleito, o deputado recebe um mandato dos seus eleitores para REPRESENTA-LOS no Congresso. Ou seja, por não ser possível reunir todos os cidadãos num espaço para votar as leis, nós escolhemos alguém (representante) para ir lá e fazer isso em nosso nome. Ora, quando esse deputado deixa de seguir a vontade de seus eleitores, então não tem sentido considera-lo mais como REPRESENTANTE daquelas pessoas. Embora a deputada tenha suas próprias convicções, ela deve ter em mente que está lá para defender as convicções de quem a elegeu. Se as preferências dela são contrárias aos de seus eleitores, então o erro só pode ser dela, seja por criar uma falsa afinidade de convicções antes das eleições, ou por não ter sido clara o suficiente para q os eleitores a conhecessem melhor. De qualquer maneira, uma vez eleita ela está vinculada à vontade daqueles que a elegeram e não tem como justificar mudança de rumo se isso não partir de seu próprio eleitorado. E nesse caso restou claro que a parlamentar optou por contrariar a maioria dos q a elegeram, deixando, portanto, de representá-los.
Tabata compõe o tipo clássico de político que cai para a esquerda ou para a direita, dependendo de onde a corda arrebentar primeiro. Ciro não é diferente, aliás. Esse discurso “nem direita, nem esquerda” é só uma forma de dizer “vou entrar no barco que me ajudar a atravessar o rio”. De ingênua ela não tem nada.
Concordo. Talvez o maior exemplo dessa tática seja do MDB. Ele se situa numa posição intermediária, tentando prever o desfecho dos embates entre os extremos. Quando algo sinaliza quem será o vencedor, aí o MBD se apressa em declarar seu “fiel” apoio e consagrar a vitória. Isso se repete nos embates seguintes. E o MDB, usando dessa estratégia, garante sempre o seu lugar na corte, independentemente de quem seja o reinado.
Claro que se deixar a política arruma emprego em qualquer lugar. Agora, quanto aos trabalhadores brasileiros, ela quer mais é que se fodam! Defende professores e que se dane o resto! A posição, corretíssima, da esquerda, é contra a reforma da previdência do Bozo, que vai ser feita no lombo dos mais pobres!
A extrema esquerda não admite ideias próprias,
todo gira em torno do partido, não vejo
a esquerda fazer uma auto analise, ficar mais próximas dos
países desenvolvidos.
Ficará cada vez mais pra trás com a ascesão dos
partidos liberais como o partido Novo .
Aguardem pra ver .
Tão inteligente. Não leu o estatuto do próprio partido? Ou quer um partido pra chamar de se?
Só acreditou nessa moça como ícone da nova esquerda quem quis ou se empolgou muito com o esculacho naquele cachorro morto do Vélez, bastava olhar quem está por trás dela. Amigos, não existe almoço grátis…
É um dos grandes embustes da política dita “nova” – aliás, o lugar perfeito dela é o Novo, não o PDT ou qualquer partido de esquerda ou centro-esquerda. Não tem como alguém inteligente votar na proposta de reforma e ainda justificar de forma um tanto presunçosa “meu voto é consciente porque estudei muito o texto”. Oras, como se outros não tivessem feito o mesmo. Não era questão de ter estudado ou não, mas de entender o quanto nefasto será o resultado para os mais pobres.
Espero que tire logo a máscara do “nem esquerda nem direita”, porque isso é no mínimo ingenuidade e na pior das hipóteses canalhice. Ouça a Sra. Fernandes. E se querem falar de bons nomes em primeiro mandato na Câmara, falem da Sâmia Bonfim.
Concordo plenamente. O dia que Carlos Lupi se posicionar contra os trabalhadores então realmente eu vou ter que fazer uma revisão do sentido de direita e esquerda. E olha que eu confiava 100% no presidente do PPS que eu nem lembro mais o nome e faço questão de nem ir no Google pesquisar. Mas acho que o Lupi não muda de opinião. Não nesta vida.
Eu ainda admiro a história dela. Muito difícil pelas questões pessoais. Eu me considero um pouco mais moderado e duvidava que a Tabata fosse realmente de direita, e que lhe faltava apenas um pouco de visão de gente mais experiente. É muito triste notar como a direita e os interesses econômicos conseguem destruir tudo aquilo que poderia ser verdadeiro na esquerda. A política não é uma questão técnica, é uma questão de posição, e sim, de ideologia. Quem faz o trabalho técnico são os administradores e gestores. É estranho que ela tenha feito um curso de política e não tenha conseguido entender a nossa realidade política. A pós-politica é um movimento de Direita como disse a Sabrina porque nega já de princípio as contradições de classe, que a Tabata também não reconheceu ainda ou jamais entenderá. Mesmo a social democracia, que pra mim é o que o PDT pode representar, reconhece a contradição mas acredita na conciliação de classe na democracia burguesa (pelo lado da esquerda). Isso não é ser radical como ela disse. A reforma da previdência não é uma questão técnica apenas, longe disso. E aqui não é questão de sacrifício que será feito pelo povo mais pobre, mas qual o objetivo desse sacrifício que a Deputada nunca soube responder (E sim existem várias outras alternativas). Pode ter sido, ingenuidade, falta de experiência, ou até mesmo fidelidade a suas origens políticas ao ser financiada por esses movimentos de centro Direita Liberal. Ela se posicionou agora de maneira extramente errada, é oposição que a esquerda está se polarizando, mas isso foi por um movimento da Direita desde 2016 quando retirou a Dilma no poder e colocou em execução seu projeto de Estado Mínimo, de destruir o pouco que ainda havia de social na constituição de 88. O que ela errou feito é que ele perdeu as suas bases, o que é até triste sabendo da sua origem verdadeira e da sua luta social, mas agora vai sobrar a ela esse lado mais social liberal da Direita, um PSDB, que sim, seria na realidade americana um partido de esquerda. Existe ainda uma pequena esperança que a moça com sua capacidade entenda melhor como se colocou mal e os impactos disso até o fim do seu mandato para o povo. Porque claro a direita sabe que está destruindo o pouco do Estado que beneficia o pobre mas ao mesmo tempo quer criar as alternativas para quando o povo perceber a mentira que foi acreditar na anti-política ou na pós-política. Pelo menos para maior parte da esquerda que entende o momento política que vivemos foi bom saber logo de inicio mais umas das armadilhas que a direita pode criar. Muito triste, espero que algo toque o coração e cabeça dessa moça para que ela possa enxergar essa realidade mais nua e crua da nossa sociedade.
Combater super salários de políticos ninguém quer né? E medidas extremistas para acabar com a corrupção, que é onde o dinheiro mais vaza?
Tabata terá sempre meu voto pela sua força de vontade e vontade de fazer a diferença!
Comunicar um pequeno erro na matéria: O senador Alessandro Vieira é do Cidadania (antigo PPS) e não da Rede.
Prodígio da esquerda? Nunca foi de esquerda. Política de laboratório, bancada pelo grande capital. Como poderia ser de esquerda? Nunca esperei nada de bom dela.
É aquele dilema: O que é mais importante? Conhecimento ou sabedoria. Faltou para a Tábata Amaral um pouco de sabedoria pois conhecimento ela tem de sobra. Esse mundo político é um covil de leões e ela foi ingênua na tomada de sua decisão.
Lendo a ótima reportagem da para ter uma grande empatia pela Tábata apesar de na hora que vi que ela votou a favor da previdência fique espantado. Mas ela vai ter muito tempo para se redimir.
Mais uma vez, esse processo do P.D.T. vai dar em nada! Como vão ficar sem sua estrelinha? Pobre Brizola, seu legado jogado as traças!
O PDT é da internacional socialista por isso acho q
Ela será expulsa. Senão quem sera expulso da internacional socialista será o PDT. Parece teoria da conspiração mas Xangai não aceitaria manter entre seus membros partidos que notadamente votaram em desfavor ao trabalhismo em algo tão serio como a reforma da previdência. Isso não tem nada a ver com a teoria de Yan e Ying ou da não ingerência do Estado em assuntos externos. Ou talvez isso não tenha pé nem cabeça e eu realmente esteja virando um maluco, um Adélio Bispo.
Acho que é falta de sexo. Isso está acabando comigo.
Em meio a toda esta história, uma matéria do Brasil 247 apresentou um dado que não foi citado na reportagem da Amanda Audi: o de que haveria um contrato entre o grupo “Acredito” ao qual pertence a Tabata com o PDT e os partidos que acolheram as candidaturas. Nele os partidos se comprometeriam a não interferir nas ações dos legisladores que representariam o Movimento de Tábata.
Agora eu fiquei bolado. Primeiro, com os partidos. Que história é esta de aceitar um expediente destes? Parece que as lideranças destes partidos estavam mais preocupadas em puxar voto (e investimentos) do que defender suas propostas.
Segundo, ao perceber o tiro no pé, os partidos voltaram atrás. É o mínimo que se espera. Mas… a questão que me chocou é que tal contrato não foi citado no texto acima uma única vez. Tábata foi pintada como vítima, sendo ela pivô de uma situação no mínimo imoral. O que Ciro declarou faz todo sentido:
“Ciro afirmou neste sábado (13) que considera o movimento Acredito, do qual a deputada Tabata Amaral (SP) integra, é um ‘partido clandestino’ infiltrado nos partidos o que, segundo ele, configura uma burla à legislação eleitoral.
O movimento voltou a defender a “indepedência” de seus membros frente aos partidos e diz que as críticas feitas por lideranças da legenda à deputada Tabata, contrariam a um acordo que o PDT teria assinado para garantir a autonomia política das lideranças ligadas ao movimento.”
Então, a História muda, sobretudo, com relação a narrativa da Amanda Audi. Por que a pobre menina, inocente, chorosa e frágil pintada pela jornalista não é questionada sobre este tal contrato? O que ela pensa disto? O que a Amanda pensa disto? O que o TIB pensa disto?
Um grupo que literalmente contrata partidos políticos para emplacar candidatos que a priori não terão nenhum compromisso partidário age de forma ética? A independência de Tábata, supostamente motivada por convicções pessoais, fica escancaradamente fragilizada.
Tanto tempo descrevendo as expressões faciais da menina, pintando uma chapeuzinho vermelho acoçada pelo lobo mau e a jornalista se esqueceu de questionar sobre o contrato???
Acho que a Amanda deveria esclarecer isto. Sei que é difícil. Ela não responde a estas “provocações”. Mas, o Intercept, se assume uma postura em defesa da Democracia deveria ao menos se posicionar quanto a este “detalhe” sobre a Tábata e esta prática de infiltração em partidos, ainda mais alegando que estes atrapalham a renovação. Se a Amanda não quiser falar sobre isto, por ser favorável a esta prática, ao menos que outro articulista apresente o contraponto.
Por isso que digo, esse processo do P.D.T. vai dar em nada! Como vão ficar sem sua estrelinha? Pobre Brizola, jogaram seu legado às traças!
Ridícula! Coma muito arroz com feijão para chegar no calibre de Darcy Ribeiro! O que você anda lendo Patricinha Amaral?
Ela não é traidora. O Lehmann pagou para ela representá-lo. É o que ela faz. A “eletricidade no ar” que ela sentiu deve ter sido um telefonema do chefe, mandando ela votar a favor.
Se, com o currículo que ela tem ela consegue emprego fácil, com o caráter que ela tem ela fecha muitas portas.
Vocês estão dando muita corda pra essa patricinha.
Só queria entender por que esse Renovabr, que financia jovens como a Tabata para entrarem na política, bem como os oferece um curso de formação (ou seria doutrinação?) sobre temas como educação e saúde públicas não é considerado uma forma de burlar a proibição de empresas financiarem candidatos. Se o político não pode receber doação de empresa pois iria dever favores à ela e, consequentemente, usar a máquina pública em favor dela, como acreditar que os jovens que só conseguiram se eleger devido à financiamento de empresários milionarios não irá dedicar seu mandato à atender aos interesses destes?
Interessante sua questão. Tenho essa mesma dúvida. Mas, infelizmente, em nosso país só há preocupação em fechar as portas depois do furto consumado. Não há a cultura de se antecipar a novas formas de irregularidades no poder público. Só se toma alguma providência após muitas irregularidades concretizadas.
Até nas renovações representativas os setores progressistas devem ter cuidado. O PDT deve ter um alinhamento codificado a seguir e esse, expulsão de representantes que não segue tal alinhamento, é algo intrapartidário de graaannde relevância. Deixar de sacar e julgar os erros dessa tal Tabata Amaral é deixar o partido (de esquerda) ser pautado pelos extremistas fascistas de extrema direita, como os “anjinhos” que só pensam em auto gestões, os srs Dória, L. Huck, os grandes empresários que cagam e andam pelos pobres. E nesse pacote surge até pslistas fascistas apontando caminhos e virtudes à deputada. Ela tem o estilo de alguém da esquerda que é amada por todos da direita. O pdt está corretíssimo, afinal, ela está perdidinha na trilha política, mas no centro da zona direitista fascistoide e ainda não “sabe”. ?”NÃO SABE”?
Com uma história de luta dessas, o que sobressaiu em seu voto foi: cor da própria pele, meritocracia, a visão de mundo competitiva dos riquinhos de colégios particulares e a vontade do Lemman de desgraçar o trabalhador, este fracassado ser que não estudou para entrar em Harvard.
A propósito, parabéns pela extensa matéria sobre a deputada com aprofundamento em minúcias envolvendo a deputada, desde sua origem e apoio ideológico por trás das cortinas. Isso deixa o leitor bem mais informado do que apenas os discursos em evidência. Saber o que se passa por trás das cortinas, desanuviar muito para o leitor.
Tabata pecou pela experiência e foi pega no joguete político. Situação cedeu parte do que ela defendia e ela mordeu a isca. Agora todo o apoio popular que tinha ficou minguado. Era tudo o que a Situação queria, minar o crescimento político dela e dar um golpe no PDT.
Não pode existir dualidade no mundo político, ou você abraça as causas defendidas pelo seu partido ou o abandona. Pela sua recente história política, Tábata deve ter consciência de que não há mais espaço para ela dentro do PDT, será sempre considerada a infiel. Deixe o PDT e vá para onde se sinta mais a vontade.
Uma excelente reportagem com um excelente texto, parabéns à Amanda Audi.
Tabata Amaral é uma síntese ideológica das práticas tecnocráticas do capitalismo neocorporativista dos gestores, “engole” a esquerda e a direita, como a “mais-valia relativa” engole o futuro social do capital. Este texto da Amanda é fundamental para o entendimento desse fenômeno que o petismo inaugurou de modo tão eficiente com Lula (e que Dilma derrotou no segundo mandato), o capitalismo de recuperação e integração das lutas sociais, o capitalismo de mais-valia relativa que a esquerda de mais-valia absoluta (dos sindicatos e partidos verticalizados em grandes “chefes” [como esse PDT]) não consegue ou não quer entender…Nesse sentido e de um ponto de vista anticapitalista essa jovem brilhante, a deputada Tabata Amaral, é inimiga visceral de qualquer aposta social-transformadora. Como o é esse senhor, o Ciro Gomes… O PDT é a melhor expressão institucional do complexo ideológico que se move em torno da trajetória de Tabata Amaral, um partido organizado ideologicamente no timbre mais-valia absoluta, mas retoricamente apresentado (via Ciro Gomes) como uma expressão modernizadora de mais-valia relativa – uma evidente farsa!.
Este texto da Amanda Audi é brilhante porque capta muitíssimo bem essas características e contradições da “nova” esquerda-capitalista.
Parabéns ao The Intercept/Brasil por mais esta contribuição.
Só mais uma canalha como praticamente todos que lá estão.
“Consigo emprego onde eu quiser”… Então mandato legislativo é emprego? É meio de vida? Ela pode participar direto do clã Bolsonaro que já preenche alguns requisitos.
Escrita muito boa desse artigo. Gostaria de pedir um sobre a situação das charter schools nos EUA (lembro de ter lido em alguns confins parece que “funcionou”, em outros, à noite predios das escolas funcionam como boite stripper); certamente ideia que fariam Anisio Teixeira e John Dewey, duas potências, revirarem-se.
É impressionante a inveja que essa sabrina tem desta moça.
Recentemente venho acompanhando a Deputada Tabata e sinceramente me surpreendo pois encontro nela como professora uma esperança em políticos independem que não se encaixam em padrões pré estabelecidos por caciques. Siga suas convicções e continue acreditando em vc, na Educação e no povo brasileiro que luta todos os dias por um País mais justo.
Votei nela e me arrependo. Não entendo como alguém que vem da periferia, de família pobre pode ajudar a desmantelar a previdência, prejudicando pessoas que não tem outra fonte de renda e nem como trabalhar. Não há razão que me faça acreditar em mais uma palavra que ela diga. Infelizmente, joguei meu voto fora.
A Esquerda sendo…. Esquerda, só isso.
Têm em mãos alguém q pode captar eleitores dos dois flancos, mais precisamente e principalmente RECUPERAR aqueles q viram em Bolsonaro uma alternativa amarga, diante de tanta Corrupção, trambicagem, apadrinhamentos e demagogia barata de “protetores ” do povo enquanto saqueavam os cofres públicos e tacam essa de ou está 100% com nós ou contra nós….
Idiota será o PDT ao se desfazer dela!
Perdeu numa queda de braço p o Dória ou para o Kim? Seja homem Ciro, sejam superiores intelectualmente Pedetistas, convertam na, até pq,mesmo sendo “solta” e central, meio apartidária, ela têm muito mais a acrescentar do que a reduzir na esquerda e os idiotas querendo entrega la de mãos beijadas ao MBL….
Como disse, esquerda sendo esquerda, tudo imaturo, sensíveis, emocionaveis feito criancinhas, nada muda, e p estas aí Bolsonaro gargalha alegremente esperando 2022,?
Concordo com você! Tabata tem muito mais a somar. Apesar do erro político dela a favor da reforma (que a cobrará mais a frente), a imagem dela pode ser recuperada se ela mesmo apresentar seus argumentos sem enrolação, e se o PDT também mostrar que ela contribuiu para amenizar a reforma (o que é um fato). A não ser, é claro, que ela esteja escondendo algo. Do contrário, a direita agradece o showzinho da esquerda lacradora.
Sou bancário, 50 anos de idade, trabalho desde 1987. Agradeço de ? à “esquerdista, comunista, socialista” Tábata por çermitir que eu me arraste dentro do banco até os 65 anos. Obrigado, Tábata esquerdista!!!!!! Y love you!!!!
Não é muito tempo sem operação ?
Ela é esquerda no estilo norte americano, conforme sua origem acadêmica. Nada anormal. O que é correto é a obediência partidária por razões óbvias.
A Tabata leva chumbo por ser sensata, a menina conseguiu articular varios pontos de destaque na reforma da previdencia e ainda reclamam? É íncrivel como os petistas e extremistas de esquerda não se deram conta de que FOI ASSIM QUE O BOLSONARO GANHOU. A Tabata tá tentando salvar a esquerda da extinção
Lembrem-se agora daquele texto péssimo da Rosana Pinheiro Machado dizendo que criticar esse cavalo de Tróia era “fogo amigo” e mostrava que a “esquerda está perdida”. Isso foi só uma liberal defendendo a outra. Agora releia com esses olhos o outro texto horroroso dela comparando o Maoísmo com o Bolsonarismo.
Se com isso eu me tornar impopular e não ser reeleita, beleza. Com a formação que eu tenho, consigo emprego onde eu quiser.’ essas foram as palavras dela, se acha que encontra emprego onde ela quiser, abra mão de seu mandato e vai atraz de emprego, se achas que é ou esta fácil arrumar um emprego vai a luta e usa só as tuas formações para ver se consegue onde quiser.
é mentira? Ir pra Harvard é ser caçado com headhunters durante a graduação, cara. Vc não sabe do que fala. Se ela quisesse trabalharia em Wall Street fazendo milhões.
Puro mito, diploma não significa nada no meio empresarial, mas sim “sucesso acadêmico”, o que conta são as atividades realizadas durante a formação e os contatos e padrinhos, diploma não é nada, no caso dela a vida acadêmica é tão falsa quanto sua palavra, ela foi usada para representar empresa predatória na câmara e tão somente isso…
Soberba que chama?
Esta moça merece um voto de confiança.
Com certeza. Apesar de discordar do voto dela, ela tem muito a contribuir. Esquerdistas, pelo amor de Deus, não sejam burros, ela é a luz no fim do tunel. Varios deputados de esquerda já votaram a favor de governos, como FHC e Temer. Mas a Tabata não pode.
Concordo.
Faço das suas palavras, as minhas
Concordo, já fui esquerdopata minhas tendências sempre foram de esquerda e infelizmente estamos nesse Desgoverno admitamos graças a esquerda que errou muito e errou rude, por isso é sim preocupante a tendência de quem não se diz nem de um lado nem de outro pq na verdade a sujeita está por todos os lados.
Essa moça me encheu de esperança e com esse voto decepção.Ainda assim, escolhi dar mais um voto de confiança.
É sintomático que ela tenha citado Anisio Teixeira e Darcy, mas não Paulo Freire
Essa guria nunca me enganou. Já vi alguns grupos anti-Bolsonarco (mais precisamente pdtistas) brigando feio com outros ideologistas progressistas, na defesa dela. Eu apenas os avisei sobre algumas posições dela, principalmente financiamento de campanha, entrevistas para grandes apoiadores do fascismomento em ascenção, e, principalmente, devido às opiniões acerca da área lavajossa.
Eu ela não enganou. Mas entendo muuuuitose enganados.
“Sonhava em ser lembrada como Darcy Ribeiro” realmente você somente sonhava, para traidores da periferia o que sobra é vala. O Novo PDT é para os fortes e traidores não tem vez. Viva Ciro, Viva Lupi, Viva Brizola!
Tábata veio para despir o rei, abrir as águas, andar entre elas e até sobre elas. Seu rosto delicado esconde uma força titânica. Os grandes caciques da políticas tremem à sua passagem. Furacão é teu nome, Tábata. Não deixarás pedra sobre pedra.
Isto é bom ou ruim?
Isso é muito bom. Nossos políticos conservadores e nossa política retrógrada precisa de um furacão devastador. Pra construir uma nova política (Sem referências ao partido Novo e asseclas) é preciso destruir as bases sólidas do que está aí.
Concordo com tudo que você fala, ela realmente é uma força titânica. Achei a história dela, de toda uma vida, de muita luta, muita garra, muita dedicação aos livros, aos estudos, tão nova e tão guerreira, enfrentando desde problemas familiares até viagens para o exterior, sem saber inglês, enfrentou tanta coisa nessa vida e agora, deputada, admiradora do grande e inesquecível Darcy Ribeiro, pra mim, só pode ser uma pessoa íntegra e repleta de dignidade. Só uma coisa não entendo, por que votou a favor da tal reforma da previdência? Acho que vou ler esse texto de novo.
Essa deputada está envolta em um grande mistério e um grande tabu, de alcance transcendental e possivelmente ancestral: por que ninguém acentura graficamente a sílaba proparoxítona de seu primeiro nome?
acentura —> acentua
sílaba proparoxítona de seu primeiro nome –> sílaba tônica de seu primeiro nome proparoxítono
Trata-se de nome próprio, q não necessariamente segue as regras de acentuação gramatical. A grafia correta é a que estiver conforme o registro de nascimento. Vai depender de como foi registrada. Não tendo acesso a tal registro, presume-se correto o nome pelo qual a pessoa se identifica e assina. Como você mesmo disse, “ninguém acentua”.
E não existe “sílaba proparoxítona”, mas palavra proparoxítona. A sílaba nesse caso seria tônica.
Sua explicação é interessante, principalmente pela pressuposição de que todo jornalista que escreve sobre Tábata tenha-se dado o trabalho de informar-se da grafia pela qual ela “.
De qualquer modo, dou o maior apoio a essa “regra”, esperando que em breve ela seja imposta por lei, com punições severíssimas a quem a descumprir.
Eu, por exemplo, identificar-me-ei por Ixwdfsdgrtg, que deverá ser pronunciado como Dâ.
No primeiro parágrafo completar a frase com “se identifica e assina”.
Como política, um exemplo a não ser seguido.
A nobre deputada humilha em rede nacional o ministro indicado por Olavo de Carvalho e, nos tempos de matilha e robôs bolsonaristas, ela vai ser ameaçada por um jornalista “ligado” ao PT. Muito lógico
Ela representa muito bem, os 57 milhões de eleitores que “cospem no prato que comeu”… E, que se deixaram seduzir, devido ao fraco caráter.
Parabéns a reportagem e parabéns a Tabata pela força e crença no direito de escolha. Espero que o partido entenda suas posições e aprenda como agir quando não há outra saída. Os partidos de esquerda só saber dizer não, mas nós precisamos desesperadamente mais do que isso.
Eu fui uma das pessoas que defendeu a Tábata Amaral dos ataques rasos vindos de uma ala fanática do petismo, que acredita deter o monopólio da virtude e antagoniza o Ciro Gomes e o PDT como se estes não estivessem no mesmo espectro político do PT.
No entanto, não há defesa para o posicionamento da Tábata frente à essa reforma previdenciária. Como o próprio Ciro afirmou, ela não só contrariou o partido e apunhalou a sociedade brasileira, principalmente, a parte mais pobre, como também manteve uma postura arrogante, petulante, no momento de justificar o seu voto.
A doçura, sutileza, ponderação dela caíram por terra. Ela que sempre pautou a sua atuação pelo estudo e pesquisa dos temas, segundo ela mesma, demonstrou que ou não se aprofundou na proposta de reforma previdenciária, ou simplesmente ignorou os seus malefícios sociais. As duas possibilidades se demonstram perigosas. Bem como a terceira possibilidade, que aponta para interesses escusos, antipopulares, que estão sendo atendidos pela deputada em sua atuação parlamentar.
CANALHA!
Quem queria ser lembrada como Darcy Ribeiro, será lembrada como JUDAS.
Verdade. Achei de tanta pretensão.
Tabata Amaral, é na verdade um Frankenstein. Defende pautas populares, mas não se envergonha de votar a favor do livre mercado e fazer os trabalhadores brasileiros de “escravos” de um sistema capitalista que visa apenas o lucro. Com uma voz doce e uma pratica amarga a deputada envergonha o partido de Brizola e Ciro Gomes. Não tem a msm coerência de ambos ea msmcapacidade de luta. Poeem dizer mas ela ainda é jovem. Mas se nessa idade já é entreguista imagine mais velha. O PDT deveria expulsar porém não vejo isso. Acredito que ela vai conseguir dobrar o partido e ganhar prêmio de vergonha da esquerda brasileira. Quando ela diz que não é nem esquerda e direita. Ela está afirmando de forma velada que é de direita. Nem que uma direita envergonha.
Fiquei muito contente por você ter lembrado a coerência de Ciro Gomes, esse ícone do coronelismo de centro-esquerda, que há muito, muito tempo (acho que foi foi em outubro do ano passado; no dia 5, para ser mais preciso) tuitou essas inspiradoras palavras:
“A reforma da previdência surge como medida essencial para saída da crise.”
Nos dois tuítes seguintes, Ciro explica e defende o sistema por capitalização.
Por fim, esse pilar do progressismo preconiza a “introdução de idades mínimas diferenciadas por atividade e gênero”.
Tabata Amaral e Kim Kataguiri são faces de uma mesma moeda. A diferença é q são unidos por lados opostos. Só defendem determinadas pautas quando isso interessa para seus futuros políticos. Ou seja, são jovens altamente ambiciosos e q não aceitam ser coadjuvantes em seus partidos. Nada contra serem figuras principais, mas isso não deve ser o principal objetivo de quem se propõe a lutar pelo bem comum. A princípio eles combatem adversários, e quando adquirem alguma notoriedade, passam a conflitar com seus respectivos líderes partidários por quererem o papel principal. Lealdade e coerência na política são difíceis, principalmente quando, ao pé de uma grande bandeira nacional, existir uma outra menor, quase invisível, mas muito mais agitada: a da vaidade política individual.
Ow, concordo, mas acho que a maior semelhança é que ambos fazem parte de grupos criados por think thanks neoliberais que veem a privatização da universidade pública como grande objetivo.
Discordo de tal comparação. Tabata é uma humanista, enquanto que Kim é um capacho dos empresários da pior estirpe.
Muito boa matéria, a gente as vezes esquece que é uma pessoa em começo de carreira e que não é perfeita. Com certeza está aprendendo com as pancadas que vem levando.
Levanta o pe pra tia passar pano
Bah! Hahaha… Tabata não engana… pode passar
A Deputada
Veja se o Bozo e a favor de reforma da previdencial ele poderia dar um exemplo abrindo mão da dele!
A titulo de exemplo, não só ele mas todos os outros privilegiados, isso é besteira, o jogo da direita é o mesmo: Muito dinheiro e direitos para os poucos
escolhidos do rei, e migalhar para o povo, a grande maioria! qual a dificuldade de perceber isso?
É claro que os 500 bilhões que a esquerda torrou do BNDS com os compadres da Venezuela et caterva não se enquadra em sua critica.
Cara, essa história ainda? A “caixa-preta” do BNDES ta aí – como sempre esteve, a propósito – vai lá ver a lista de para quais países mais foram concedidos financiamentos. Essa dificuldade em entender o funcionamento do BNDES como um banco de incentivo ao **desenvolvimento** é uma espécie de analfabetismo deliberado, ou ignorância natural? Além disso “compadres da Venezuela et caterva”? Tenha vergonha na cara.
Boaaaa Edran!!!
O que precisa ficar claro e que não possível ser de esquerda e de direita ao mesmo, nossa agenda e inclusão e de partilha, não só de bens materiais, mais principalmente
uma nova consciência onde todos são iguais, vindo de um mesmo lugar, feito de uma mesma fonte, por tanto com mesmo nível de merecimento.
O problema dessa direita e achar que tem algum direito divino especial, veja o Deltan, ele pensa que é um escolhido de Deus, por que pensa isso? por ser
da igreja dos ricos? branco? e abastado? A Deputada tem que entender que se a pauta e de retirar direitos é de direita, e não tem reservas em nossa luta!
A desigualdade só amplia dia a apos dia, então não existem espaços para retrocessos, Ou será que ela esquece que o problema da previdência seria resolvido com os
barões pagando suas dividas com a previdência e com o Brasil!
Um lugar onde os bancos batem recordes de ganhos, anos apos anos, sempre, mesmo com crises, não pode esta certo!
Primeiro garantimos um minimo para todos, depois nos preocupamos com ganhos! isso não é ideologia é uma escolha!!
Concordo plenamente contigo. Se a questão é combater privilégios, então temos que discutir um sistema tributário mais justo, o imposto sobre grandes, fortunas previsto na CF de 88 e que até hoje não foi regulamentado, e a tributação sobre lucros e dividendos…
Uma pessoa que se forma em Harvard nunca foi de classe baixa.
O único problema no que você escreveu é que ela não se formou em porra nenhuma.
Existem fartas evidências sobre seu viés:
É corriqueiro usar um partido apenas como trampolim, para “entrar na política”. Uma vez lá dentro, a pessoa se desloca de acordo com sua ideologia. E até então, tudo indica que ela está fazendo esse movimento.
Ela deveria além de propor as emendas no caso da reforma da previdência e se posicionar como oposição justamente para aí sim, poder cobrar agendas progressistas (como ela diz ser). Até porque a vitória da reforma já estava assegurada, ficou escancarado esse inexplicável aceno dela à direita.
Geralmente quem quer pautar a esquerda, dizendo sobre o que devemos reclamar ou não, sobre fazer autocríticas ou não e etc… é a direita. Eu não conheço candidato que não receba turbilhões de críticas de seu próprio eleitorado, mas nem todos se pautam tanto nisto. Praticamente ela está endossando e se alinhando deliberadamente ao discurso do MBL.
Se esse movimento dela se confirmar, apesar de particularmente eu ser relex, sou do “deixa ir”, “vá ser feliz”, infelizmente ela cometeria uma evidente atitude errada por ser apenas mais um a trair o partido (instituição mesmo), por ser incoerente à sua afirmativa progressista e sim, dá razão à críticas daqueles genuinamente desapontados por terem confiado em seu discurso.
Estou estupefato pelo tanto de gente que vem associando ela ao MBL. Isso pra mim não faz sentido algum. É mais uma tentativa de desmoralização do que associar viés ideológico.
Concordo contigo, plenamente! É possível que eu tenha me expressado mal.
Não faço parte daqueles que à assemelham ao MBL. Estes são o grupo que dizem ter emergido das ruas, enquanto recebiam financiamento de think tanks norte americanos e irmãos Koch. Possuem interesses completamente alheios ao do povo brasileiro.
Mas quis mostrar o movimento que ela optou fazer, com o aceno de duas mãos em direção à direita. Ela opta por ficar criticando, aqueles que a criticam, isso na prática (ao meu ver), significa mostrar insatisfação com a esquerda, vota de maneira contrária a sua auto proclamada posição progressista, enquanto acena pra direita, tendo como resultado elogios do MBL e Doria.
Foi sobre um movimento em si e não sobre ela, que está anos luz à frente destes outros.
Entendo que ela é jovem, e aos 25 anos é fácil cometer erros de avaliação. Entendo que a formação dela pode ter contaminado sua visão de mundo e acho que Sabrina Fernandes explicou bem a ideologia dela, mas sinceramente até agora não entendi aquela justificativa do voto na previdência. Ela não é uma pessoa desinformada, ela sabe que aquilo que ela disse sobre essa reforma do Bolsonaro combater privilégios nao é real e que é mentira que o Brasil vai crescer com ela. Ela sabe que é uma reforma injusta ainda assim optou por ela… realmente não sei o que pensar. Ela parece ser uma pessoa honesta em seus posicionamentos, torço para que um dia ela faça uma autocrítica reconhecendo seu erro com relação a votação dessa reforma.
Uma pessoa comentou acima. Ela merece um voto de confiança. É o que eu acho. Seria bom se ela voltasse atrás na votação do segundo turno da PEC, mas eu não acho que ela fará.
Esse pessoal do Leman está fazendo um trabalho sofisticado de infiltração. Precisamos ficar atentos para esse grupo espalhado dentro dos partidos. A Tabata não conseguiu manter a mascara por muito tempo, pois estava sob o olhar da esquerda , que costuma ser mais crítica. Mas precisamos mapear os demais. “A Corporação” avança a passos largos sobre o país. Os que não “têm uma boa formação” e que não têm a possibilidade de escolher emprego, serão as maiores vítimas, mais uma vez.
Realmente preocupante. O fato da imprensa tradicional do país não estar em cima desses “filantrópicas” é ainda mais inquietante. O povo precisa saber das intenções desses empresários no fomento destas novas lideranças.
Não acredito em seres híbridos no universo político. Penso que na tensão entre a periferia e Havard ela fez sua opção por Havard e a falácia sobre a meritocracia.
Só mais uma pilantra eleita para defender os interesses de seus eleitores e que simplesmente comete estelionato eleitoral e ainda posa de vítima. Uma vagabunda cretina e ardilosa.
Interessante o histórico.
Ela traiu. Tentar justificar é conversa fiada.
Queria ler a Rosana Pinheiro Machado nesse momento…
Se com isso eu me tornar impopular e não for reeleita. Como a guru da educação escreve não ser reeleita? O Brasil no seu melhor.
Tabata Amaral me colocou em um misto de admiração e decepção. A visão dela para a questão da educação mexe comigo e me fascina. Mas tenho medo de que ela tenha, de fato, se vendido servindo a interesses de terceiros.
Parabéns pelo profissionalismo ao escrever a matéria, Amanda, ao produzir o perfil da deputada, você apresentou vários aspecto que fazem da Tábata essa personalidade singular na política nacional.
Apesar de não concordar com o voto dela a favor do texto da nova previdência, sim, creio que teria sido muito mais fácil para a deputada votar contra, apenas para fazer média com a esquerda, vez que teria sido voto vencido mesmo, acho que foi uma atitude corajosa, seja quais forem suas verdadeiras intenções.
De todo o exposto, só não entendo como que alguém conseguiu fugir de spoilers do fatídico final de Game Of Thrones.
Acredito que ainda não exista um partido que esteja a frente das convicções políticas de Tabata Amaral. Ela está muito além do seu próprio tempo, uma filosofia política que o PDT, se expulsar ela, perde uma oportunidade única de um partido rever o seu status-quo, mudar o mindset e atuar de forma plural e inovador no cenário político brasileiro. Infelizmente, é mais uma personagem que é imcompreendida pela imprensa, pelos colegas parlamentares, pelo partido e para uma grande maioria da população brasileira, menos para a jornalista que escreveu esta reportagem. Muito bom.
Quanta tristeza, Tábata…
Meu voto você não terá nunca mais!
A descrição da trajetória de Tábata Amaral não deve atender apenas a um conceito estético, da menina que se tornou a mulher vencedora que lutou contra muitas dificuldades e as superou. Isso é dela, é meritório e ninguém tira e nem há por que tirar dela, é um belo exemplo, mas é um exemplo que encontra poucos paralelos na sociedade elitista e com oportunidades para poucos como a nossa, e tampouco dá salvos-condutos para se fazer o que bem entender com o mandato de Deputada Federal, ainda mais com a explicação pouco convincente que deu para justificar o voto proferido, a favor da reforma da previdência que só exige sacrifícios dos de sempre, de gente pobre como ela.
Tábata falhou miseravelmente ao tentar explicar o voto pela reforma, o que não deveria ser difícil pra quem é campeã em olimpíadas de matemática. Falhou miseravelmente em evitar o nexo entre a causa e a consequência que a levou a optar pelo” Sim” nesta votação e a se cacifar como aliada de políticos sabidamente antipovo como João Dória.
A completa inabilidade da retórica explicativa sobre o voto à reforma da Previdência, que não foi muito além de apenas justificar uma escolha baseada nas próprias convicções, e sem dizer claramente quais, deixa evidente que não as encontrou entre os valores da esquerda, ou do partido, afastando-se dos princípios que sabemos ser muito bem representados por Brizola, e essencialmente no momento em que se debate a forma perversa da reforma da previdência, costumeiramente uma forma direitista e que ataca sempre os mais pobres e preservando os privilegiados, caracterizando uma posição politicamente conservadora.
Nada disso a torna mais digna ou menos digna de defender o que pensa, afinal, ela é uma garota pobre que veio da periferia e agarrou a ótima oportunidade que teve na vida e venceu, mas deve entender que fazer parte de um partido político é se identificar com, e defender, os princípios estruturantes do partido, que confere identidade e previsibilidade ao candidato durante as eleições e, depois, ao mandatário.
Cabe a crítica pelo voto e a desconfiança do cidadão quanto à independência de Tábata, pois, se, por um lado, alegou votar com as próprias convicções, mostra que estas são opostas, e não apenas diferentes, mas OPOSTAS, às do PDT. Nenhum, e é NENHUM mesmo… nenhum Deputado Federal é tão independente quanto se possa querer porque nenhum parlamentar chegou de forma independente ao Congresso Nacional, porque todos, absolutamente TODOS, chegaram ao mandato pelas propostas próprias, sim, mas também com o apoio e a identificação que o partido proporciona, realizando a mediação do diálogo com o eleitorado. Por isso mesmo, nenhum, absolutamente nenhum Deputado ou Deputada é COMPLETAMENTE independente porque sempre dependerá de manter diálogo com a mesmíssima base eleitoral que representa, porque a ela deve satisfação. E é por isso mesmo que veio a público tentar explicar o inexplicável. Portanto, se se diz independente do PDT, a que projeto se considera vinculada? Quem, ou que estrutura dá apoio ao posicionamento que ela passou a defender na reforma da Previdência?… Sabemos que não é o PDT, mas uma convicção pessoal que permanece oculta, já que não mostrou nenhuma reflexão profunda sobre a razão de contrapor uma posição partidária estabelecida há muito tempo.
Evidentemente, ela errou e ela sabe disso.
Concordo plenamente.
Concordo com você pois em nenhum momento essa “ convicção foi esclarecida!!!
De fato. Também acho que ela errou. Na nossa política, é impossível ser independente porque sempre tem que se buscar diálogos e apoios o tempo todo, como bem frisaste. Mas também acho que faltou experiência da parte dela. A tentativa de se explicar denota o reconhecimento do seu erro que gerou insatisfação popular.
Tem um parágrafo repetido. no mais, parabéns pelo ótimo perfil…
Foi a grande decepção. Acho que ela não deve mais ficar no partido e siga seu rumo admitindo a que veio. Deixe os votos da esquerda para quem é de esquerda.
Não é aliado quem vota contra o próprio partido em um ponto tão importante como a reforma.
Ouvir e descrever o dia a dia de agentes políticos não resolve muita coisa quando se trata de apreciar a ação de agentes privados na “coisa pública”. Por favor, senhores editores! Querem realmente contribuir com a discussão? Que tal se ater às ingerências das multinacionais e “economias” de “primeiro mundo” no jogo político brasileiro desde sempre? Por que não falar sobre a hipótese de que não interessa a ninguém o desenvolvimento nacional que emancipa o Brasil, porque os “First class” precisam de povos submissos e ignorantes? Se é pra dizer o óbvio, digamos que, antropologicamente falando, presentes fazem escravos assim como chicotadas fazem cães. Se pagam minha bolsa em Har-vard… bem, não será a mesma coisa que se formar em Cuba, não é mesmo?
A TABATA é uma deputada linda e muito inteligente. Tem um rosto muito lindo e uma voz muito doce.
Recomendo a análise do caso por parte do Henry Bugalho, no YouTube.
A mais sensata, ao meu ver.
O quanto antes ela for expulsa, melhor pra ela.
Sinceramente, o que mais me chamou a atenção foi a última declaração: abriria mão de absolutamente tudo pra ficar mais tempo com o pai. Não quero botar mais peso em sua consciência, mas posso dizer que eu faria o mesmo. O que poderia dizer a ela, no entanto, é que se perdoe. E que seu pai, com toda certeza não se perdoaria se seu potencial fosse submetido a um desafio moral tão imenso por parte dele. Não o conheço, obviamente, nem à Deputada. É só uma percepção. Afinal de contas, você seria a filha perfeita, o ser humano elevado aos Céus por anjinhos ruivos. E seu pai? Seria o quê? Como se sentiria? Eu pediria a ela que honrasse a memória de seu pai, que não se esquecesse dele jamais e que, sem sombra de dúvida, o destino de cada um de nós depende dos limites entre aceitar e recusar sua condição humana, seus sofrimentos, suas dores, suas escolhas, seus pesares. Diria à Deputada o quão salutar lhe seria ter consciência de sua condição humana e aceitar que seu grande pesar de não estar com o pai é talvez, o único que teve. Virão mais!!! Tenha certeza disto. Como vai lidar com isto, no entanto decidirá sua passagem nesta vida e que sua escolha, embora possa ter sido outra (em outro multiverso, rsrs) é esta aqui.
Por favor, Deputada Tábata Amaral, não esqueça sua origem, nem a realidade que a levou a este pesar. Não se esqueça que há outros filhos e filhas, há outros pais e mães, muitos em condição semelhante e com muito menos opções de redenção. E não se esqueça, da mesma forma que não há demérito em sua condição atual, também não haveria demérito se tua escolha tivesse sido outra. Não é uma questão de mérito. Nunca foi e nunca será. Me parece que esta consciência você já tem, graças – surpreendentemente – a este pesar que você cultiva no coração.
Vai um cliché, bem aquém do intelecto de uma pessoa tão brilhante, mas, simples o suficiente para não deixar dúvida alguma: rosas inspiram poesia e beleza tanto quanto seus espinhos. É brega, mas, Einstein já é tão citado por bolsominions que ia pegar mal (e eu também não me lembro de nenhuma frase adequada que possa ser dita aqui). Ao menos não perguntei sobre teu conje.
Ah, sim! O mais importante: acho que um de seus pesares será ter votado a favor da Reforma de Previdência a despeito das deliberações de seu partido.
Não acho que você deva desdenhar e sair da política, caso venha a ser expulsa. Sua resposta a este dilema foi por demais individualista para alguém com tamanha pretensão de mudar o país. Espero que continue tentando e, não importa que escolha pessoal fizer, que seja ao menos balizada por tua experiência afetiva. É ela que lhe garantirá a autonomia intelectual que tanto deseja, não tua formação. Tente entendê-la.
Lamento observar que, ao votar nessa reforma, ela apenas desmascarou a si própria e deixou claro que absorveu bem a lavagem cerebral do patrocinador e esqueceu muito rápido sua origem. Ela agora é a Cinderela do Huck e do Lehmann.
Ou alguém é tão ingênuo pra acreditar na figura do empresário bonzinho, milionário preocupado em reduzir desigualdade social?
Colega, qualquer um que pretenda “desmascará-la” deveria abrir mão da própria máscara. Vínculos, compromissos, influências, todos recebemos, de uma forma ou de outra. Convicções e equívocos, cooptações e rupturas são parte de nossa identidade e esta se constrói, constantemente. Não vou posar de velho sabidão e dizer que a Deputada é ingênua, que vai aprender ou que seu comprometimento seja fruto de mera manipulação. A Deputada faz parte de um fenômeno novo na política. Algo que mais mete medo do impõe respeito.
Só peço, Vanda, que seja sensata. Convenhamos, tantos erros acumulados até agora por minha e, acredito, tua geração, que me espanta que a Tábata tenha desejado ser deputada. Quem somos nós pra escolher um bode expiatório, se a oposição sequer teve forças pra mobilizar a sociedade contra qualquer episódio funesto contido neste momento histórico desde as jornadas de 2013???
Vindo de uma política de esquerda que não soube se renovar, que não preparou quadros, que se deixou entregar ao cacicado e ao personalismo das já velhas lideranças, malhar alguém em primeiro mandato sem ao menos dar-lhe a chance de capitular é de uma injustiça quase cruel. Todos estão indignados com os que votaram a favor da Previdência. Mas, por que arrebentar a Deputada especificamente? Ainda é cedo demais pra reduzi-la ao nível gente como Kin Kataguiri ou qualquer bolsominion. Não alguém que converge de forma tão importante em outros pontos.
Como eu disse, a Deputada deve estar ciente do peso de suas escolhas. No caso da Previdência, ela mesma não deve se ressentir de ser expulsa do PDT. Seria esperar demais. Espero que ela tenha maturidade pra saber disto. E quem sabe, num futuro próximo, admitir que democracia se faz fortalecendo as instituições representativas. Elas não são mero pretexto pra se eleger. O PDT é um partido que se fragilizou pelo fisiologismo e falta de critérios na escolha de seus quadros. Votar à revelia sem se afastar só o reduziria a condição de legenda caça-níquel.
A deputada terá que fazer uma grave escolha política daqui pra frente: defender as pautas específicas do grupo ao qual representa, e assumir a condição de heroína-de-si-mesma, apolítica e mantida por grupos muito mais sombrios politicamente que qualquer partido político ou, aceitar que há regras impostas pela própria condição democrática, caso queiramos de fato defender a democracia. Se isto for muito pra ela e se as posturas político-ideológicas dos Partidos não se coadunarem com sua consciência, que busque outras formas de atuação cidadã. Tenho certeza que os resultados poderiam lhe dar a mesma sensação de plenitude ética que aprovar uma emenda em favor da educação.
Não vou entrar na conversa. E com todo respeito também à maneira de pensar da sua interlocutora, eu gostaria de parabenizá-lo pela sua maneira de expressar, mas sobretudo pela sua coerente linha de raciocínio. Espero que continue agraciando a sociedade através de suas exposições, sempre que possível.
Nossa política não é estruturada para políticos independentes. Se ela quer seguir uma linha própria de atuação, que funde um novo partido político. Eu sinceramente, acho que ela tem carisma e potencial, porém faltará experiência. E ela que tome cuidado com esses pseudo-filantropos com quem dialoga. Quero crer que a ingenuidade dela é sobre o funcionamento de nossa política e não sobre suas alianças.
Um link para que vc conheça o pensamento do empresário -https://www.poder360.com.br/economia/estamos-consertando-fracasso-na-kraft-heinz-diz-jorge-paulo-lemann/
Se pudesse, engoliria o Lemann e o faria sem pestanejar – imagine pobres professores? No embate com o Sr. ex-ministro da Educação e com o atual não está em defesa das instituições e sim de sua imagem diante o poder. Ela foi treinada para isso e haverão mais pupilos adiante. Afinal, é melhor que o Estado pague o salário dos deputados ao invés daquela trapalhada toda que a “velha política” tocava. A nova política é literalmente econômica.
Realmente parece que o Lemann obteve sucesso nessa operação.
#tabatafiel
Erros da Tábata:
1) Falar muito em preservar direito dos professores e se omitir em relação a quem tá realmente perdendo nesta reforma: o trabalhador urbano do setor privado, sobretudo os mais pobres e a classe média baixa. No texto-base, q ela votou a favor, servidores estaduais e municipais não entraram no sacrificio coletivo, e anida impunha um tempo de contribuição minimo inviavel ante a realidade socioeconomica de mais da metade dos brasileiros.
2) Valorizar mais as decisões e estratégias do movimento Acredito do q do próprio partido e a opnião da sua base de eleitores comuns ( não os endinheirados),
criando um clima de polarização ainda maior em torno de sua figura (polarização não é justamente o q ela mais repudia?).
3) Se ela tá num partido trabalhista, fundado por Brizzola e Darcy Ribeiro, é dever dela colocar a causa dos trabalhadores a frente, e não se restringir apenas a pautas da educação. Pq não se agremiou à rede então?
Erros do PDT:
1) Melindrar muito por conta das dissenções, afinal eles assinaram uma carta (o PSB idem) q dá certa autonomia aos membro do Acredito.
2) Só deveria ameaçar com expulsão quem aceitsse dinheiro de emenda pra votar a favor do texto-base. Não foi o caso de Tabata, q deveria só receber alguma pena por ir contra o acordado, mas expulsão é exagero ( a não ser q o capital politico da menina tenha se esvaído com a opera toda, espero q não)
3) O PDT e Ciro Gomes vão contra esta reforma pq ela não é nada parecida com a propria proposta de reforma. Eles deveriam admitir q são minoria e não têm muita força no Congresso (nem nas ruas), e atuar tão somente para reparar danos contra os mais sacrificados. Colher dados, divulgar pontos problemáticos de forma clara e honesta é o papel da oposição. Cadê a oposição brigando pra inserir estados e municipio no saccrificio tb?
Enfim, achei toda esta história de traição e expulsão terrível, q não ajuda em nada a solução do atual impasse. Só espero q tudo se resolva de forma menos traumática possivel. Senão, os trabalhadores continuarão em queda livre!
PS) PDT e Acredito têm mais em comum do q divergências, pq por tudo a perder?
O partido Novo foi coerente na votação.
Já o PDT não foi coerente , espero que a direção tome alguma atitude com relação aos traidores. Se passar a mão na cabeça deles estarão confirmando que o partido não tem idiológia e nem coerência.
Punição precisa ter, mas expulsão é complicado porque o partido pode perder as cadeiras e diminuir seu tamanho.
Meu caro colega, tenho a impressão de que expulsa ela não será. PDT tem pretensões para São Paulo, e não tem um nome mais forte que ela pra isso. Vamos ver como ficará está novela. Abraços
Votou alinhada ao RenovaBR, que nao tem nade da esquerda progressista.RIP Tabato já fui seu fan.
Vcs esquerdistas são um problema sério para o desenvolvimento. Mostrem ao menos um discurso em prol do desenvolvimento econômico, que não seja a injeção artificial de capital para causar uma falsa sensação de crescimento aos ignorantes (famoso populismo). Palmas para essa menina que muito estudou, para ainda assim, pouco raciocinar para desenvolver uma mentalidade sobria a respeito do crescimento de uma nação.
A esquerda sempre com sua habitual arrogância desperdiçará um grande talento. Espero que o PDT se dê conta da burrada que está prestes a fazer. A deputada Tábata tem personalidade e não se dobra as críticas toscas tanto da direita xucra quanto da esquerda. Muito raro em tempos em que redes sociais acabam ditando as pautas.
Sou esquerdopata de carteirinha e adorei a entrevista! Que jovem brilhante ! Brilhe querida , brilhe !
Se não fosse tão nova e se sua mente desse valor a isso, saberia da frase de Leonel Brizola: a política ama a traição, mas abomina o traidor.
A esquerda tradicional perdeu o bonde da história, em lugar de participar dos debates, colocando suas posições, preferiu se isolar na negação ao diálogo. Não é sendo simplesmente “do contra” que construirá algo, resultado: perdeu fragorosamente, sem contribuir com nada. Estão execrando aqueles que sim, representa uma esquerda racional e com personalidade, uma lástima.
Só deram mais espaço para o reacionarismo vigente, política não admite “vácuo”, outros logo ocupam o espaço graciosamente cedido por estas mentes tacanhas. O dirigentes destes partidos deveriam é tentar aprender com esta garotada inteligente, bem informada e preparada.
Cara, o PDT apresentou uma reforma alternativa. Não fale um texto genérico como esse.
Concordo. A atitude dela só fez exarcebar um reacionismo irracional da esquerda.
Quanta baboseira!!!
O Brasil é realmente um lugar suis generis. O transfuguismo e a indisciplina partidária não é tolerada em nenhuma democracia avançada e séria. Mas aqui é apresentada como ato de valentia e independência. E tem deputado que consegue ser transfuga e indisciplinado logo no primeiro mandato. Bom em um país onde a direita fisiológica é chamada de Centrão, o partido da social democracia é de direita, a esquerda é toda ela social democrata mas odeia ser assim chamada é tudo isso bastante “normal”.
A gente tá na era em que ex-querda acha super legal fundações identitárias e ongs receberem grana de bilionários americanos.
Tábata recebeu de um brasileiro.
Ao menos foi ‘nacionalista’ hahahajajahaha
Salário de deputada de R$ 33.000, verba parlamentar pessoal e de gabinete e não tem vergonha de dizer que a conta está “zerada” . Anda com sapato doado? Acha que vai enganar que, senhorita?
#TabataTraidora
Também não é assim. Com renda de 20 mil passei muitos tempos negativos e comendo pouco, por questões de dívidas e saúde familiar.
Acontece sim. Ainda mais se você for honesto.
Isso não apaga a cagada que ela fez em votar a favor da nova previdência.
“Se com isso eu me tornar impopular e não ser reeleita, beleza. Com a formação que eu tenho, consigo emprego onde eu quiser. Eu volto a trabalhar e continuo o ativismo de outros lugares.”
Esse tipo de fala chega a ser desrespeitosa, considerando que estamos vivendo em um país com 12,5% de desempregados (13,2 milhões de pessoa, de acordo com os dados do IBGE no final de maio) e com uma das maiores taxas de desemprego do mundo entre mestres e doutores (https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/03/10/interna-brasil,741968/desemprego-entre-mestres-e-doutores-no-brasil-chega-a-25.shtml). Óbvio que ela vai conseguir emprego: se relaciona com as pessoas “certas”, circula nos ambientes “certos”, tem todas as indicações possíveis. Há muita gente bem formada no Brasil, com histórias similares a dela, mas que não teve/tem as mesmas oportunidades. Tabata é o paradigma da “meritocracia” que o brasileiro médio gosta e que camufla a desigualdade estrutural.
O melhor e mais lúcido comentário. Parabéns!
Acompanho a trajetória da Tabata desde q foi aprovada em Harvard. Acho que a Tabata é uma guerreira! A fala dela de ter oportunidades de emprego em outros lugares não tem a menor relação com redes de relacionamento e sim exclusivamente da sua competência técnica e profissional. Ela tinha várias empresas no exterior interessadas em contratá-la logo após a conclusão da graduação em Harvard. Ela optou por voltar e tentar fazer a diferença nas políticas voltadas para educação no seu país.
Reconheço que fiquei muito triste com o seu voto favorável a reforma da previdência, pois acho q as propostas de mudança são muito injustas para a populaçâo brasileira. Mas sei q o voto dela foi efetuado após muita analise e estudo. Nao foi um voto politico e sim um voto de coração.
Ainda acredito no enorme potencial politico da Tabata e na sua conduta ética para um Brasil melhor!
Vamos acompanhar o trabalho dela e dar um voto de confiança.
Acho que se o PDT optar por expulsa-la do partido dará um “tiro no próprio pé”. Um simples voto não define uma pessoa e sim o seu pensamento temporal. Este mesmo pensamento amadurece ao longo da vida. Precisamos de mais Tabatas no Congresso.
Concordo totalmente com o post da Larissa q diz q a Tabata não eh a “Maria q vai com as outras”.
Exatamente, Denis. Uma fala arrogante e individualista dessa moça. Se lixando pro sofrimento de um monte de pais e mães de famílias, muitos desempregados e agora sem uma aposentadoria digna. Esse sistema que ela tanto defende funciona tão bem que, até aqui na Europa, tem doutor poliglota a dirigir tuk-tuk ou num call center pra sobreviver. Com certeza, esses não se relacionam com as pessoas “certas”. Faço um doutorado em Portugal e conheço [email protected]s [email protected] que não vêem a menor perspectiva quando voltarem ao Brasil. Para mim, essa foi uma das piores partes dessa entrevista.
Sim, é bastante desrespeitosa e ainda bem que este site destacou ela.
Portal Rubem Gonzalez e Duplo Expresso já falavam desse Cavalo de Tróia turbinado pela grana do Jorge Paulo Lehmann.
Agora resta ao PDT expulsar essa coisa.
Se o PDT expulsá-la, vai estar cometendo um erro tão grave quanto o dela, que poderia perfeitamente ter se abstido para marcar ponto pela consciência sem contrariar a determinação partidária. Não se pode ganhar todas as batalhas.
‘Se o PDT expulsá-la, vai estar cometendo um erro tão grave quanto o dela’
Não tem de expulsar.
Tem de fuzilar ou mandar para a Gulag
Parabéns por ser um democrata exemplar. /s
Duplo Expresso e Portal Rubem Gonzalez já falavam desse Cavalo de Tróia financiado pelo Jorge Paulo Lehmann.
Mas quem é o Intercept Pierre Omydiar para criticar grana de bilionário??
Parabéns a Tabata por não ser “Maria vai com as outras” e ter atitude para seguir a opção que ela acredita ser a melhor.
Lendo essa matéria fico ainda mais perplexa com o voto dela nessa reforma da Previdência.
Votei nela e gostei da sua postura em relação à reforma da previdência. Gosto das visões expressadas por ela e o fato de ser uma centrista necessária nesse momento. Só me intriga o motivo de não demostrar claramente a sua visão em relação à VazaJato.
Intriga porque você é um acéfalo completamente idiotizado. Essa pilantra é só mais uma defensora do status quo. Finge ser de esquerda, mas vota na direita. E só uma engana otário esquerdista/feminazista/gayzista.
Votei nela e me incomodou muito o sim pela reforma, sobretudo sobre o BPC. Pensando melhor e, depois de ler esse artigo, acho melhor o PDT deixar essa bola passar, para ela e os outros que votaram, mas é bom ficarmos atentos à questão da reforma tributária. Aí, sim, vamos ver para quem ela olha com paixão: se para o povo (e o trabalhismo) ou para Huck/Lemann.
Oposição não serve só pra atrapalhar o governo, a reforma tributaria que estão propondo na prática não muda nada então não tem porque ser contra.
Como não muda nada? Você sabia que a média do beneficio do trabalhador urbano da iniciativa privada vai diminuir entre 20% e 30%? Após a carencia de 15 anos (tanto p/ homens quanto para mulheres), a pessoa só irá receber 60% da sua média salarial, q já foi reduzido por incluir todos os salários, e não os 80% maiores remunerações aurferidas no tempo de serviço, como era antes. E os 2% anuais a mais q a pessoa ganha da média salarial só serão contados após 20 anos de contribuição, no caso dos homens. Em suma, a aposentadoria do trabalhador vai diminuir sim, e a ideia de q esta reforma visa combater desigualdades é pura propaganda.
Infelizmente ela merece a expulsão, o partido fechou questão contra a reforma e ela contrariou, ela e outros claro, merecem sim a expulsão.
Acompanho a Debora ao dizer que o PDT morreu com Brizola, perdeu sua combatividade, nunca perdoarei Telmário Motta e Acir Gurcacz por votarem a favor do impeachment e não terem sido expulsos do partido.
Que bela matéria ! Parece que não só de Vaza jato vive o Intercept, não é mesmo ? Parabéns equipe !
Jornalismo de altíssimo nivel! Parabéns!
Brizola quando morreu levou junto o PDT. Nada se salva naquele partido. Votos a favor do impeachment de Dilma. Ciro reclamando votos nulos de seus eleitores no segundo turno, levando o Boçalnazi a presidencia (Aecio 2 bate pezinho pq Haddad nao cedeu lugar), e agora essa (que nunca me enganou) com outros, votando pela reforma. PDT MORREU COM O BRIZOLA.
E o PT, que morreu em pleno governo, bancando banco com juros estratosféricos, abraçando os ruralistas, fazendo acordão com Romero Jucá, com José Sarney, chafurdando na mesma lama que criticou durante anos? O PDT pode até ter morrido minguado de liderança, mas ao menos não morreu pela ganância de nenhum cacique seu.
Excelente, Leo.
Quando não se comandou nem um boteco de esquina é fácil reclamar. O PT “morreu” no poder mas mesmo assim foi o único partido que sobreviveu ao apocalipse da lava jato. PSDB sumiu do mapa e vários caciques perderam as cadeiras cativas no senado e na câmara. O PT caiu pelos seus acertos e não pelos seus erros. Todo ódio bolsonarista/coxinha não é por causa de nenhum dos pontos que vc listou. O bolsoleco está fazendo o mesmo e pior, mas nada disso incomoda aos que “mataram” o PT.
Ciro levando Bozo a presidencia??? Meu gzuis
Essa é a retórica petista e somente um militante petista toma isso como verdade, é uma falácia muito fraca mas a necessidade de se isentar da culpa de ter entregado a eleição de mãos beijadas ao inimigo é mais forte, transforma em fé o que poderia ser compreendido com um raciocínio lógico. Vive uma ilusão infelizmente.