Cópia à direita de Chávez, presidente flerta com a repressão no único polo de extrema direita da região e faz o Brasil perder a liderança no continente.
Governos liberais de direita estão na moda na América Latina. Mesmo com a onda conservadora, Jair Bolsonaro ocupa uma posição singular. O fator de espanto é o radicalismo do governo Bolsonaro, único polo de extrema direita da região desde o final do ciclo de ditaduras militares, na década de 1980.
Após os anos de domínio da esquerda durante a “onda rosa” da virada do milênio, que chegou como alternativa ao neoliberalismo dos anos 1990, a região virou o volante radicalmente. Hoje, do cone sul à América do Norte, com exceção do recém-chegado López Obrador no México, a maioria dos governos se encaixa no espaço que ocupa o novo PSDB – bem mais para João Doria do que para Fernando Henrique Cardoso. No entanto, o partido do atual presidente, o PSL, não tem nada dessa centro-direita, que até virou exemplo de moderação no Brasil diante dos meses de barbárie em 2019.
O nível baixo de política praticado por Bolsonaro fez até o autoritário e desprestigiado presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, trazer uma análise pertinente. Em uma rara entrevista a um veículo brasileiro, o líder chavista, acostumado a refutar fatos e críticas, disse à Folha de S.Paulo, que seu desafeto brasileiro é um “extremista ideológico”.
Maduro não compareceu à posse de Bolsonaro em janeiro, a pedido da própria cúpula de governo. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, chegou a dizer que o chavista não havia sido convidado para a cerimônia “em respeito ao povo venezuelano”, mas acabou desmentido pelo próprio Itamaraty e pela chancelaria em Caracas. O Ministério confirmou que, na realidade, os convites existiram, mas foram retirados a pedido da nova equipe.
Só mesmo o radicalismo de Bolsonaro seria classificado como extremista por um político que é justamente guiado por uma pauta ideológica agressiva, ainda que com sinal trocado. Maduro disse ainda que seu equivalente brasileiro não é um político “com ‘p’ maiúsculo”. Em uma gestão com discurso falocêntrico, a declaração pode até acabar sendo entendida pelo governo de outra forma.
Bolsonaro não está sozinho em contar com o rechaço de Maduro e, à primeira vista, talvez pudesse parecer que ele seguiria o script da vizinhança: um longevo governo de esquerda perde credibilidade e se vê envolvido em acusações de corrupção; a economia desaba; a população se entorpece de indignação; e um projeto desconhecido de oposição começa a se anunciar como antídoto. Bolsonaro e suas pitorescas figuras-satélite surfaram nessa mesma onda, com uma diferença crucial: cruzaram a linha do absurdo antes mesmo de tomar posse.
Só mesmo o radicalismo de Bolsonaro seria classificado como extremista por um político como Maduro, também guiado por uma pauta ideológica agressiva.
Neoliberal de pai e mãe, o presidente argentino Mauricio Macri foi o primeiro a fazer contato com o capitão recém-eleito. Logo em 16 de janeiro, três semanas depois da posse, o empresário milionário desembarcou em Brasília para falar do Mercosul (apesar de o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter dito que o tema não seria prioridade), da Venezuela e das parcerias a serem feitas com os também liberais Chile, Colômbia, Equador, Peru e Paraguai.
Para o argentino, a ida ao Brasil também foi um pedido de ajuda. Vendo seu país com quase 50% de inflação acumulada, desemprego em alta e aumento da pobreza, Macri já começava a juntar os cacos para as eleições presidenciais de outubro. Mas a estratégia não resistiu à toxicidade de Bolsonaro. Mesmo com o triunfo da Argentina nas negociações que culminaram na primeira etapa de acordo entre o Mercosul e a União Europeia, o presidente foi massacrado nas eleições primárias. Na Argentina, as primárias ocorrem meses antes do primeiro turno – que será em 27 de outubro – para eliminar chapas com menos de 1,5% nas intenções de votos. Em 2019, a chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner somou 47% dos votos, frente a 33% da chapa de Macri.
Bolsonaro se sentiu intimidado pelo possível retorno da esquerda no país vizinho, estudando rever o acordo com o Mercosul. Na reta final de agosto, suas falas sepultaram o esforço do bloco. Desprezando a crise ambiental mais grave dos últimos anos, entrou em desavença com Emmanuel Macron. O mandatário francês, que já torcia o nariz para o acordo entre europeus e sul-americanos, afirmou que na “situação atual”, o pacto não sai.
O embrião do bolsonarismo começou na esquerda. Durante a campanha – cheia de memes toscos, montagens chamativas e informações falsas –, era comum ver imagens dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff ao lado dos finados Hugo Chávez e Fidel Castro. As mensagens viralizaram nas redes sociais acompanhadas de textos conspiratórios com presságios de uma aliança globalista liderada pelo PT e o Foro de São Paulo.
As mentiras criavam uma falsa ideia de “unidade opositora”, facilitando o trabalho de desprestigiar, numa tacada só, tudo o que não fosse próximo do delírio bolsonarista. A partir desse ponto, tudo estava “à esquerda”. Os críticos, os dados, a ONU, a revista The Economist, o Papa, o jornalista Reinaldo Azevedo e até mesmo os preceitos liberais dos novos presidentes que Jair Bolsonaro viria a bajular.
Mas, ainda que jamais vá admitir, Bolsonaro é uma cópia desajeitada, liberalesca e à direita de uma figura de esquerda: Hugo Chávez. São militares, ex-paraquedistas, anti-imprensa, anticiência, autoritários, homofóbicos, misóginos, populistas, nacionalistas. Apresentaram-se como alternativas antissistema, são contra o multilateralismo, devotos de causas religiosas, pautados por conspirações, apelam a um “perigo estrangeiro”, invocam pautas ideológicas e referem-se aos EUA o tempo todo.
Hoje um dos alvos mais frequentes de críticas de Bolsonaro e de seus seguidores, o líder venezuelano já chegou a ser aplaudido pelo capitão reformado em uma entrevista em 1999 à Folha de S.Paulo. Ele afirmou que o bolivariano era “uma esperança para a América Latina”, comparando-o aos militares que governaram o Brasil de 1964 a 1985. Sem poupar elogios, o então deputado disse que, assim como o “admirável” Chávez, não era anticomunista. “Gostaria que essa filosofia [militarista] chegasse ao Brasil. Acho ele [Chávez] ímpar”.
Maduro, hoje o substituto sem carisma de Chávez, disse na reportagem divulgada na segunda-feira, 16 de setembro, que Bolsonaro “não conhece a história da América Latina nem da Venezuela”. Ao que parece, o capitão reformado parece dar razão aos líderes controversos através do tempo.
Na época de sua campanha à presidência, Bolsonaro já havia subvertido o discurso – não sem antes dizer que a antiga reportagem era mentirosa. Nem mesmo o que separava o bolsonarismo do discurso chavista, o “temor imperialista” durou. Com o que o governo chamou de “ataques” de lideranças europeias, o apelo à soberania brasileira foi muito usado, principalmente em redes sociais.
Com o argumento de que a Amazônia está sob ameaça e de que deve ser um assunto exclusivo do Brasil, houve até quem questionasse os dados da Nasa. Tudo em nome de blindar o governo e suas mentiras.
É fácil ver a hipocrisia. Os mesmos trolls – robóticos ou não – que desmerecem a ajuda da Europa pedindo em, caixa alta, que a Venezuela seja invadida. Arma no quintal dos outros é refresco.
Em 2009, a juíza venezuelana María Lourdes Afiuni foi detida minutos após conceder liberdade ao empresário Eligio Cedeño, em prisão preventiva há três anos por uma acusação de corrupção. A medida desagradou Chávez. No dia seguinte, ele falou ao público que deveriam prender Afiuni “por 30 anos” e que, segundo a filosofia de Simón Bolívar, “os que tomam um só centavo do tesouro público deveriam ser fuzilados e os juízes que não condenam esses casos, também”. A juíza ficou presa em regime fechado, sem qualquer julgamento, por quatro anos, e segue sendo alvos de processos.
Comentários favoráveis à detenção de quem julga como oposição também saíram da boca de Bolsonaro. Ao sugerir que o jornalista Glenn Greenwald poderia pegar “uma cana” no Brasil por conta das reportagens sobre a Lava Jato, o presidente brasileiro age como Chávez. É o que pensa o relator especial para a liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Edson Lanza.
Em entrevista à BBC News, o jurista afirmou que Bolsonaro abandona “rapidamente” a defesa da liberdade de imprensa quando incomodado. E tem sido assim desde os primeiros meses: se o governo não gosta, a culpa é do jornalista, cuja reputação nenhum membro do governo tem vergonha de tentar arruinar.
No caso de Chávez, toda a culpa recaía sobre os EUA. Já para Bolsonaro, a culpa é da esquerda global. E assim o discurso vai.
A luta contra a razão tampouco é pioneira. Chávez também atacou a educação, cercando universidades autônomas com o aparelhamento do acesso ao ensino e seu conteúdo. Já sob Maduro, quando a repressão se intensificou, a situação de luta pela liberdade de ensino e formação independente foi reunida em um relatório denso, publicado pela Coalizão de Cátedras e Centros de Direitos Humanos. Como consequência da crise que afeta o ensino e a ciência, a migração venezuelana, que já supera os 3 milhões, acarreta em uma fuga de cérebros.
Diferentemente de Chávez, que governou de 1999 a 2013, quando morreu vítima de um câncer, Bolsonaro e seu desastre têm menos de um ano de vida – tempo suficiente para que um ministro da Educação já tenha caído, o Enem tenha sido posto em xeque, o MEC esteja sob o comando de um tenente brigadeiro e tenhamos uma intensa fuga de cérebros para chamar de nossa. À la Chávez, Bolsonaro também interferiu em uma decisão democrática em âmbito acadêmico. Ignorando os resultados das consultas e votações internas, indicou reitores e interventores de sua preferência em pelo menos oito universidades e colégios federais.
O ativista da oposição venezuelana, Edgar Baptista, conta que os governos só são diferentes no plano econômico e nas bases eleitorais. Hoje vivendo em Santiago por conta da repressão em Caracas, Baptista diz que sobram semelhanças. “Nos dois governos, as alas ideológica e militar convivem, ainda que não se gostem. Os dois discursos atacam a corrupção, vendendo uma ideia de antipolítica. E os dois, por meio da política, buscam seus próprios privilégios.”
O líder social também cita o início parecido na política externa dos dois. “Bolsonaro anunciou a saída da Unasul e logo em seguida se juntou aos liberais de região para criar o Prosul. Lembra muito o que Chávez fez em 2006, quando saiu da Comunidade Andina de Nações, atacando o livre-comércio. Os dois têm dificuldade de trabalhar com o que já existe e de manter a institucionalidade”.
No caso de Hugo Chávez, toda a culpa recai sobre os Estados Unidos. Já para Bolsonaro, a culpa é da esquerda global. E assim o discurso vai.
A relação da extrema direita brasileira com o resto do mundo não demorou a degringolar. A imagem do país no exterior, por sua vez, já está queda livre.
As desavenças do bolsonarismo além da fronteira foram precoces, com a equipe ainda em fase de transição. Em novembro de 2018, o então presidente eleito anunciou que transferiria a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, em um de seus primeiros acenos aos interesses evangélicos.
A reação foi imediata. “Um primeiro passo na direção errada”, respondeu à época o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, fortalecido pela repulsa de iranianos e palestinos. Após forte pressão dos países árabes contra a importação da carne brasileira, Bolsonaro, para variar, recuou, resumindo a polêmica a um escritório diplomático na capital reivindicada pelo Estado israelense e reconhecida pelo governo Trump.
Em termos globais, Bolsonaro alçou o Brasil ao vexame inédito. Em seu primeiro discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, no dia 24 de setembro, atacou o socialismo, Cuba, Fidel Castro, a esquerda brasileira, a Venezuela, Hugo Chávez e o comunismo – elementos que o bolsonarismo entende como uma grande mesma coisa.
Para tanto, mentiu pelo menos dez vezes, além de conseguir a façanha de criticar o cacique Raoni Metuktire e negar o desmatamento no Brasil justamente na conferência que teve meio ambiente e mudanças climáticas como tema. Adicione menções à Bíblia, afagos ao ministro Sérgio Moro, clichês conservadores sobre família tradicional, ataques à ideologia e homenagens à ditadura militar brasileira. Eis o resultado da extrema direita diante do mundo.
As sandices do bolsonarismo na arena global vêm custando caro, e a conta também chega para a América do Sul.
No âmbito regional, a maior economia da América Latina conseguiu perder um protagonismo óbvio. E nem foi para Argentina e México, as duas potências que completam o Top 3. Com a saída iminente de Macri e a agressiva crise argentina e com o México afundado em violência e obrigado a conter a crise migratória, restou à austeridade chilena ocupar o vácuo que Bolsonaro largou para agradar o radicalismo que o apoia.
Enquanto o líder brasileiro passou seus primeiros meses no poder brigando com dados do meio ambiente e refutando estatísticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, o nada esquerdista Piñera aceitou sediar a 25ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática. A COP-25 foi recusada pelo governo brasileiro também durante a fase de transição. Para completar o momento do Chile na crista da onda que Brasil não surfa mais, o presidente francês, que convidou Piñera para ser o único líder latino na última reunião do G7, também confirmou que estará em Santiago em dezembro, para a COP.
As sandices do bolsonarismo na arena global vêm custando caro, e a conta também chega para a América do Sul. Por conta da postura do governo brasileiro diante dos incêndios na Amazônia, o Parlamento austríaco rejeitou o acordo entre Mercosul e União Europeia. Por todas as razões, a França também não endossa o acordo. E, para que ele saia do papel, precisa ser aprovado de forma unânime por todos os membros do bloco.
O fiasco da política externa, na verdade, foi premonitório. O próprio presidente havia esnobado a integridade internacional ao dizer que o Brasil sairia da ONU em caso de triunfo do PSL. Bolsonaro foi eleito e segue na ONU. Já o mundo, segue à risca o roteiro de rechaçar a modelo nocivo cultivado em Brasília.
A falácia mais recente do bolsonarismo é a tentativa de renovar o mandato do Brasil no Conselho de Direitos Humanos da ONU, ignorando a situação das prisões, da violência policial, do ambiente ou da população LGBT. Apesar de dizer que o país deixaria a entidade, o que foi só mais uma tentativa de atiçar a torcida, a equipe de governo segue empenhada em não perder ainda mais protagonismo na ONU, enquanto esconde a verdade do mundo.
Ser de direita não te torna fã de uma ditadura sanguinária que matou mais de 3 mil pessoas, sumiu com corpos, censurou artistas, torturou mais de 40 mil e desviou fundos milionários para contas secretas. Ser bolsonarista devoto, sim.
Não é de hoje que o governo brasileiro exalta o general Augusto Pinochet, líder do golpe militar de 11 de setembro de 1973 que sacou do poder o presidente Salvador Allende. Na carona da retórica que repudia o comunismo, a proliferação de ditaduras na América Latina é aclamada pelo presidente brasileiro, que inclusive rememora o golpe de 1964 com louvor.
É impossível cravar que só “comunistas” condenam o passado pinochetista. Caso contrário, Bolsonaro e seus pares deveriam classificar dessa forma o presidente chileno Sebastián Piñera. Liberal, conservador, católico e de centro-direita, o mandatário votou contra Pinochet no plebiscito de 1988 que sepultou o governo militar e, ainda hoje, é abertamente contra a exaltação do ditador.
Piñera entende a importância de se aproximar do vizinho rico, mas sabe bem quem o governa hoje – o que ficou evidente em um vídeo onde o chileno, seu homólogo francês e a chanceler alemã Angela Merkel se indignam conjuntamente com o fato da política do Brasil ter descido tão fundo. Após o resultado das eleições de 2018, o multibilionário chileno mencionou as “condutas homofóbicas e pouco respeitosas em relação às mulheres” de Bolsonaro dizendo que não é algo com que concorda. As declarações de seu igual brasileiro são, para ele, “tremendamente infelizes”.
Mesmo à direita, Piñera e seus partidários caminham em direção ao progresso das liberdades civis. No Chile de Piñera, foi criada a Lei de Identidade de Gênero, que permite que jovens mudem o sexo indicado em seus documentos a partir dos 14 anos. No Brasil de Bolsonaro, o ataque à “ideologia de gênero” fez parte do discurso de posse. No Chile de Piñera, crimes cometidos pelo estado durante a ditadura não prescrevem. No Brasil de Bolsonaro, o mandatário insulta o presidente da OAB, debochando do desaparecimento de seu pai na ditadura. No Chile de Piñera, a laicidade do discurso político existe. No Brasil de Bolsonaro, o presidente diz querer indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF e afirma que o voto do país na ONU em relação aos direitos humanos segue a Bíblia.
Da Argentina ao Peru, as ditaduras militares foram deflagradas por políticos de extrema direita. Então, a sucessão foi de liberais moderados, alinhados com o receituário econômico ditado pela era democrata em Washington. Essa voltou a ser a realidade do continente nos últimos anos. Mas, dessa guinada liberal pra cá, nenhuma nação se aproximou da acidez do bolsonarismo. Enquanto o governo vocifera e se contradiz, os garranchos históricos são defendidos em uma verdadeira histeria coletiva. E não é só com o Chile que o contraste fica evidente. No Paraguai, o presidente Mario Abdo Benítez concorreu tentando se desassociar da imagem do pai, secretário particular e braço direito do ditador Alfredo Stroessner durante três décadas. Bolsonaro, ao cruzar a fronteira, chamou Stroessner, um pedófilo compulsivo que estuprava meninas todo mês, de “homem de visão” e “estadista”.
Chávez morreu há quase uma década. Maduro, cada vez mais isolado e já com sinais de fragmentação em sua alta cúpula, não deve durar muito. Já Bolsonaro, escorado pela legalidade eleitoral e sem ainda ter transfigurado os três poderes, tem caminho livre para manter, sabe-se lá até quando, um flerte com a repressão. Uma espécie de autoritarismo passivo-agressivo. Uma máquina diária de manchetes surreais que atiçam o mercado, minam a reputação brasileira lá fora e passam uma sensação de vertigem.
Não há nada de errado na avaliação de Lucas Berti, afinal, a confusão política é um traço marcante da esquerda pequeno burguesa .
Comparações, por si, exigem cuidados. Nesta, o autor não apenas força a barra, mas faz afirmações levianas, que simplesmente ignoram os diferentes contextos sociais, políticos e históricos. A ideia rasteira de “sinal trocado” bate às raias do absurdo histórico quando o assunto é a menção aos EUA. O pior de tudo é que esse texto aparece num momento em que o The Intercept merecidamente ganha espaço e confiabilidade. Parece até temer a polarização…
Lamento muito. Sugiro que estudem a história da Venezuela e dêem espaço a historiadores e sociólogos para tentar limpar a imagem do veículo.
Devemos lembra que o presidente do Chile foi eleito graças a uma manobra do Banco Mundial que, por sua vez, manipulou os dados econômicos, favorecendo a ele. Além disso, o que ocorre no Brasil é pior que todas as comparações feitas. Bolsonaro é a extrema-direita que defende, em termo de economia, um capitalismo selvagem e a entrega do país em virtude de seus próprios interesse, podendo ser chamado, assim, de um miliciano da política, pois age como tal, massacrando a população que está debaixo de seu poder.
Sobre a morte da democracia no Brasil: https://medium.com/@alexandresilva_94761/a-morte-da-democracia-no-brasil-d03b63ef9a5f
O artigo é totalmente desonesto.
O articulista deve ser mais um dessa “esquerda” neoliberal, que acha o Obama o capitão-america Nobel pela matança da sua guerra dos drones, a Hillary que fez toda a guerra da Líbia uma pessoa memorável e só o Trump que é o grande mal! Como se fosse diferente na pratica quem está à frente do império na política externa.
E como todo liberal de “esquerda” quer dizer que o Chavéz é o bozo de sinal trocado.
Vá estudar um pouco sobre a América Latina para não falar tanta besteira.
Mais de 3000 palavras desperdiçadas com superficialidades e falsa simetria. Esperava um pouco mais de rigor com esse tipo de análise. Está economicamente errado, juridicamente errado, filosoficamente errado e, inclusive, matematicamente errado.
O autor insiste em sofismas do primeiro ao último parágrafo, como se uma boa amarração narrativa desse sustentação a uma lógica absurda que busca alguns elementos correlacionados em dois personagens completamente diferentes para tentar vender como se fossem a mesma coisa.
Novamente, passa-se vergonha tentando sustentar a teoria da ferradura.
Que artigo sem pé nem cabeça. Um artigo tão extenso e tão superficial. A comparação entre o fantoche que governa o Brasil e Hugo Chavez chega a ser desonesta. Busca semelhanças em fatos absolutamente distintos. Seria como querer comparar Chelsea Manning ao verme brilhante ustra só pelo fato de que ambos tiveram carreira militar. Péssimo artigo. Demanda muito trabalho de pesquisa para entender o tamanho das sandices proferidas nesse artigo. O The Intercept pisou na bola aqui. Pisou feio.
Olhem bem esse tipo de “reportagem” é provavel que esse tal de lucas berti esteja no mesmo programinha tipo Lemman da outra que escreve aqui aquela tal de Rosana Pinheiro Machado, aliás o The intercept ta cheio dessas figuras execraveis a soldo de algum think tank norte americano pra propagar suas besteiras fiquem de olho pessoal.
Comparar Hugo Chaves com esse lixo é o fim da picada, esse the intercept ta cada dia mostrando mais a que veio, é mais uma dessas midiazinhas tentando vender um falso progressismo que é tão reacionário quanto as besteiras da direita.
Agradeço pelo grande material fornecido. Gostaria de algum material mais aprofundado sobre a reforma da previdência o grande golpe segundo a carta capital Guedes omitiu dados da previdência social para implantar a previdência por capitalização.
“Mas, ainda que jamais vá admitir, Bolsonaro é uma cópia desajeitada, liberalesca e à direita de uma figura de esquerda: Hugo Chávez. São militares, ex-paraquedistas, anti-imprensa, anticiência, autoritários, homofóbicos, misóginos, populistas, NACIONALISTAS.”
BOLSONARO NÃO É NACIONALISTA
BOLSONARO NÃO É NACIONALISTA
BOLSONARO NÃO É NACIONALISTA
BOLSONARO NÃO É NACIONALISTA
Comparar um ignorante e inculto como Bolsonaro ao Hugo Chávez ou é má fé ou é de uma tremenda desonestidade intelectual. Dizer q Chávez era misógino, homofóbico e anticiência revela um desconhecimento total do finado líder bolivariano. Pode ter tido seus defeitos, alguns dos quais aí apontados, mas como diria Lula…menas seu Lucas Berti. Governos de Chávez foram de grande inclusão de raça e genero, atenção ímpar à educação, as artes, ciência e cultura, nada a ver com o governo da figura grotesca q é presidente do Brasil. Veja relatórios de organizações multilaterais a respeito durante a era Chávez. Pesquise por uma entrevista/conversa de Mário Soares, finado presidente socialista português, com Hugo Chávez. Faça esses exercícios e reveja depois seus preconceitos.
GILMAR MENDES É UM CRIMINOSO PSICOPATA DE NOTÓRIO SABER JURÍDICO QUE CONSEGUE INDUZIR PARTE DO STF AO DESCABIDO…
A ordem dos fatores não altera o produto
Por Luiz Pereira Carlos.
É absolutamente irrelevante, esse patético julgamento do STF sobre quem deve falar primeiro sobre a verdade. A não ser para escamotear os fatos e favorecer os criminosos.
A ordem dos fatores não altera o produto, a verdade será sempre a verdade independente da ordem temporal que se expõe o produto do crime e dos envolvidos.
Quando os fatos chegam à corte, já chegam, ou deveriam chegar amplamente investigados, analisados e definidos, não cabe ao juiz nada além de analisar o resultado persecutório e investigativo de peritos e policiais. O obvio ordenamento dos fatos se deu nos primeiros momentos, ou será que o denunciado entrou na delegacia para fazer um Boletim de Ocorrência se defendendo de um crime que ainda não chegou ao conhecimento da policia !?
Primeiro alguém comete um crime e como tal permanece ou tenta permanecer dissimulado, posteriormente há uma suspeita de autoria e um registro da queixa. Até aqui, ha de fato uma sequencia logica de quem deve falar primeiro e nesse momento cabe aos peritos, ou seja, policiais detetives e investigadores, colocar a sequencia dos fatos na devida ordem com objetivo de facilitar a leitura dos fatos, mas nuca será alterada a ordem dos fatores que vão ser percebidos com a verdade exposta, independente da sequencia. O que é crime, não se justifica por motivos, são os motivos que apontam para o criminoso, independente de qual seja o momento cronológico de argumentar na tentativa de justificar a verdade do crime.
No caso especifico dos crimes de colarinho branco, o que importa não é se falou primeiro ou por segundo diante de um tribunal, o que importa para o julgador, ou deveria ser relevante e decisivo, é o volume da conta bancaria, são os indícios notórios de riqueza, são os relatórios do Coaf, do Fisco, dos Tribunais de Contas, o que importa não são como as provas chegaram aos autos, mas sim se elas são verídicas, se ha sustentabilidade real nessas provas ou se são meramente forjadas. Não cabe a nenhuma autoridade, até mesmo da suprema corte, definir o momento de atuação do fisco e do Coaf sob pena de estar cerceando a justiça, obstruindo as provas do crime em detrimento do bom andamento processual.
O Supremo Tribunal Federal do Brasil esta dominado por uma casta de dementes desarrazoados e *psicopatas de notório saber jurídico. É preciso diagnosticar cuidadosamente o perfil dessa turma de psicopatas, ou estaremos enveredando por um caminho sem volta, e, diga-se de passagem, já estamos no meio do caminho e mais alguns passos estará tudo perdido. (LuizPCarlos – 03.10.19)
(*) Psicopata é um indivíduo clinicamente perverso, que tem personalidade psicopática, com distúrbios mentais graves. Um psicopata é uma pessoa que sofre um distúrbio psíquico, uma psicopatia que afeta a sua forma de interação social, muitas vezes se comportando de forma irregular e anti-social.
Parece que psicopata para você panaca é todo aquele que resolve de repente obedecer a constituição contra a barbárie da lavajato.
Esse elemento, não tem condições de ser um síndico de condomínio! ISSO É FATO! A cara é Tosco demais!!
Essa esquerda que ainda defende Chávez, aquele que aparelhou todo o sistema democrático da Venezuela e roubou bilhões do povo venezuelano é PODRE
Aparelhamento gual ao que o Bolsonaro tenta fazer nas instituições brasileiras. Ibama, universidades etc
Conseguiram fazer o pior artigo que eu ja li nesse site. Uma pena, vocês sempre escrevem tão bem.
Acorda Burrominio Alienado!!!!
Que bola fora, hein The Intercept! Comparar um líder nacional-socialista, que lutou diariamente contra o imperialismo com um nazi-fascista beócio, caricato, entreguista, submisso ao imperialismo. Por que não o comparou com qualquer um dos ditadores sulamericanos que ele adora cultuar?
Em 2013, Nicolás Maduro recebeu prêmio da FAO pelo combate a fome na Venezuela feito durante o governo Chávez, que havia falecido. A nacionalização do petróleo serviu, dentre outras coisas, para subsidiar alimentos.
Chávez também conseguiu erradicar o analfabetismo na Venezuela. Iniciou o costume bolivariano de submeter importantes decisões políticas a voto popular.
Se a comparação do jornalista estiver certa, espero alguma dessas coisas acontecer no Brasil nos próximos três anos.
O pior do chavismo é melhor do que o melhor do bolsonarismo.
O Intercept tem muitas reportagens primorosas, que prestam um grande serviço de utilidade pública. Esta NÃO é uma delas. Não há nada de jornalismo investigativo, nem referência à pesquisa acadêmica, mas tão somente a reprodução do mainstream midiático repetido à exaustão na mídia corporativa. Sua “grande tese” (que o autor deve ser achar muito sagaz por propalar, mas não passar de uma falsa simetria bastante medíocre) se resume em:
“Mas, ainda que jamais vá admitir, Bolsonaro é uma cópia desajeitada, liberalesca e à direita de uma figura de esquerda: Hugo Chávez. São militares, ex-paraquedistas, anti-imprensa, anticiência, autoritários, homofóbicos, misóginos, populistas, nacionalistas. Apresentaram-se como alternativas antissistema, são contra o multilateralismo, devotos de causas religiosas, pautados por conspirações, apelam a um “perigo estrangeiro”, invocam pautas ideológicas e referem-se aos EUA o tempo todo.”
Primeiro, serem “ex-militares” não quer dizer nada, até porque Bolsonaro foi aposentado por insanidade aos 33, enquanto Chavez seguiu carreira de oficial militar até uma patente superior. Enfim, o venezuelano foi oficial militar profissional, coisa em que o brasileiro fracassou. Chavez abandonou a carreira militar por causa da política, e Bolsonaro entrou para a política por ter sido excluído da carreira militar.
Particularmente eu acho que Chavez fracassou em um dos grandes desafios da sua revolução bolivariana: a diversificação da economia venezuelana, que permaneceu muito dependente do petróleo. Junto aos efeitos das sanções e sabotagem, é essa a principal culpa da crise na Venezuela. Não tenho aprofundamento para dizer o porquê, mas é evidente que é falacioso associar este fracasso às “políticas estatistas e esquerdistas”, já que a Bolívia e o Uruguai contornaram o problema e lideram as taxas de crescimento na região.
Mas não se pode apontar políticas “anticiência”, “antiecológicas”, “misóginas” ou “homofóbicas” pelo chavismo – não, obviamente, no extremismo bolsonarista. “Anti-imprensa” ninguém é, a questão é ser tolerante com críticas, e 90% da mídia privada venezuelana é aberta e agressivamente antichavista (não se pode encontrar paralelo na mídia brasileira, boa parte favorável ou conivente com Bolsonaro, nem que seja só em prol das “reformas”). Chavez não era contra o multilateralismo – na verdade ele o fomentou, criando alianças e associações internacionais, porque acreditava que era a contraposição adequada à supremacia estadunidense. Fora isso, o governo de Chavez fez enormes investimentos na educação e ensino superior, erradicou o analfabetismo e fundou várias universidades – o que torna a acusação de “anticiência” ou “antiintelectualismo” ridícula. Quanto ao nacionalismo, era verdade em relação a Chavez, que o provou nacionalizando o petróleo venezuelano, mas não em relação a Bolsonaro, cujo patriotismo de fachada é só uma má retórica que encobre um entreguismo de fato.
Mesmo em relação a Maduro, basta ver a entrevista de Maduro a Mônica Bergamo e a entrevista de Bolsonaro em qualquer ocasião para reparar na diferença. Não acho que o Maduro é um grande líder, mas a comparação é esdrúxula. Maduro consegue articular ideias e apresentar argumentos, coisa que Bolsonaro se mostrou incapaz.
Por fim, a idolatria por Sebastián Piñera põe a nu a hipocrisia e a seletividade do texto. Piñera não se mete a elogiar publicamente Pinochet porque sabe que a grande maioria dos chilenos considera o ditador morto um monstro sanguinário e corrupto. Só que, no mandato passado, Piñera não teve escrúpulos de comandar uma ampla repressão policial contra protestos estudantis e trabalhistas e camadas excluídas da sociedade chilena.
Perfeito! Parece que esse tipo de comparação surge na esquerda porque as pessoas têm esperança de converter o bolsonarista ferrenho que tem nojo da Venezuela. O Gregório Duvivier fez parecido com o “leninismo”.
Eu espero que seja isso que ocorra. Se não for, significa que o jornalista crê realmente que a comparação dele fez algum sentido. É bem grave, mas nada surpreendente na esquerda brasileira, ainda mais em se tratando de alguém que usa esses termos guarda-chuva em que cabe todo mundo, como “autoritário” e “populista”.
No final saem comparações bem forçadas, erradas e que só alimentam anticomunismo. O problema é que o anticomunismo atinge toda a esquerda. Além disso, nós jogamos fora o que há de positivo em experiências que tem sim vários problemas mas que são muito importantes, como o próprio bolivarianismo da Venezuela.
Exato. Conceitos esdrúxulos, como “populismo”, só servem para confundir. Os “populistas de direita” se que se fala hoje são neofascistas ou, quando muito, conservadores com retórica inflamada e histérica. Já o tal “populismo de esquerda” é basicamente um tipo de socialdemocracia antineoliberal. Já o Bolsonaro não passa de um bandido que abraçou o neoliberalismo e usa o fundamentalismo religioso.
É a famosa síndrome do isentão, os jornalistas gostam de posar de isentos para não serem confundidos com a esquerda, então colocam os aloprados da direita e os lutadores de esquerda num mesmo patamar. Ridículo.
Excelente!
Artigo desonesto. Chavez foi sequestrado, sofreu golpe militar, com intervenção direta dos EUA na tentativa de legalização do golpe. Depois sofreu locaute empresarial na maior empresa. Igualzinho a relação do Bolsonaro com o empresariado e com o Trrump né? Além disso, como pode ser Bolsonaro a primeira experiência de extrema-direita após o fim do ciclo militar, se tivemos Fujimori no Peru, que chegou a atos ditatoriais muito mais concretos, como fechamento de Congresso, matança no campo com paramilitares, etc.? E o uribismo e sua matança de camponeses e jornalistas na Colômbia (a Anistia Internacional e a Human Rights Watch e seus relatórios não servem pra este país?).
Nunca é demais citar a defesa do sistema estatal de exploração do petróleo e os grandes avanços sociais do período Chavez que encontraram ressonância na atividade do governo Lula no Brasil mas não é de forma alguma a marca dos governos Temer-Bozonazi: fim dos direitos trabalhistas e previdenciários, fim dos programas sociais, privatização, entreguismo, alucinação ideológica.
“No caso de Hugo Chávez, toda a culpa recai sobre os Estados Unidos. Já para Bolsonaro, a culpa é da esquerda global.” Comparação forcada, Lucas Berti! A gringolandia tem sim sua cota parte responsabilidade na atual situação da Venezuela: espiona, boicota, apoia e participa de golpe, faz terrorismo económico, promove guerra hibrida, financia a oposicao. A esquerda global, (o que eh isso?) Qual a sua cota parte?
Acho que o análise do Chile está bastante errado. Piñera é admirador de Pinochet, mesmo não falando abertamente.
E as liberdades civis são cosméticas e graças a um congresso forte, mesmo assim as políticas não são nada diferentes do que o Bolsonaro propões só que disfarçadas de liberalismo e modernidade do progresso econômico (que não é tal se consideramos que a maioria dos chilenos vive endividado e uma grande parcela baixo a linha da pobreza)
São militares [e daí? existem militares de todos os tipos], ex-paraquedistas [aaaahhhh, agora entendi a semelhança. Os dois pulavam de paraquedas!], anti-imprensa [o The Intercept é alvo de críticas transloucadas de jornalistas da Joven Pan toda hora, e não vê como a imprensa pode ser autoritária e manipuladora. Aliás, a grande imprensa está se esbaldando em conluios com o atual governo, coisa que não houve com Chávez], anticiência [de onde que o Chávez era anticiência? O atendimento médico e a alfabetização foram amplamente extendidos no governo dele], autoritários [chegamos no guarda-chuva que cabe qualquer coisa. Um governo tocado por plebiscitos como o de Chávez está no mesmo balaio que um governo atropelador da constituição], homofóbicos [quando que Chávez foi homofóbico?], misóginos [quando Chávez foi misógino?], populistas [mais uma categoria que classifica tudo e não classifica nada. FHC não era populista e era um horror. Jango era “populista” e foi sensacional], nacionalistas [isso aqui é um absurdo. O nacionalismo de Bolsonaro é de fachada. Ele é 100% entreguista. É nacionalista de WhatsApp. Hugo Chávez nacionalizou o petróleo e usou a grana pra subsidiar comida, não à toa Maduro foi premiado pela FAO em 2013 por combate à fome. Quem acha que Bolsonaro é nacionalista está sendo enganado]. Apresentaram-se como alternativas antissistema [sim mas Bolsonaro estava no congresso fazia décadas, enquanto Chávez realmente veio “de fora”, acabando com a alternância entre os partidos que faziam a política do pacto de punto fijo], são contra o multilateralismo [o problema aqui é que o autor não trabalha com a categoria de imperialismo. Bolsonaro é a favor de nos submetermos aos EUA, Chávez era a favor de combatermos a hegemonia dos EUA. E só dessa forma seria possível o verdadeiro “multilateralismo”. Que outro país da América tem poder de aparecer com um embargo econômico contra outra nação?], devotos de causas religiosas [nesse critério mais da metade dos políticos do mundo são exatamente iguais], pautados por conspirações [uma coisa é Bolsonaro insistir que Adélio Bispo não agiu sozinho mesmo após as investigações, outra coisa é o Chávez acusar os EUA de tentar matá-lo. O autor não estudou a América Latina no século XX não? Allende, Jango? E quando Marco Rubio twittou uma foto do Gaddafi em plena crise venezuelana, dando a entender que o mesmo aconteceria com Maduro, é tudo conspiração?], apelam a um “perigo estrangeiro” [de novo, Bolsonaro fala de um comunismo que nós sabemos não existir (infelizmente), e Chávez falava de intervenção americana que para nós latinos é mais do que real], invocam pautas ideológicas [ah, os dois tem ideologia. São idênticos então] e referem-se aos EUA o tempo todo [É mas Bolsonaro mostra os EUA como um exemplo a ser seguido e obedecido, e Chávez procurava uma política internacional que combatesse a intervenção e a sabotagem dos EUA, que são coisas que acontecem, viu?]. Não me convenceram as comparações. Dá até pra desgostar das duas figuras mas entender que são absolutamente diferentes.
Interessante as comparações, mas somente para quem é intelectualmente honesto. A pauta política das pessoas dotadas de bom senso deve ser, prioritariamente, o combate aos valores fascistas que ainda respaldam as loucuras desse governo. Infelizmente, grande parte das pessoas que se qualificam como esquerda (no sentido de defender a justiça social) pouco se interessa pelos temas mais gerais tratados pelo TIB e, no geral, recorre à velha tática do discurso vitimista.
Essa tentativa de comparar e/ou equivaler a reação do oprimido com a ação do opressor é que CAGA o The Intercept e, provavelmente, criou o Bozo.
Bozonaro quer copiar o Chavez da Venezuela, mas acaba sendo um Chaves da televisão, e ainda menos inteligente. Até poderia ser engraçado, se os resultados não fossem tão trágicos.