“O pior inimigo do meio ambiente é a pobreza”, sentenciou o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante uma apresentação no Fórum Econômico Mundial em janeiro. “As pessoas destroem o ambiente porque precisam comer”, ele disse, em Davos, na Suíça. É mentira – e a gente pode provar com números. Durante meses, nos debruçamos sobre 284.235 multas por desmatamento nos últimos 25 anos. E descobrimos que os maiores destruidores do meio ambiente – principalmente da Amazônia – não são os pobres. São algumas das pessoas mais ricas e poderosas do Brasil.
Dados públicos do Ibama, o órgão do governo federal responsável pela preservação do meio ambiente, compilados e analisados pelo De Olho nos Ruralistas, mostram que os 25 maiores desmatadores da história recente do país são grandes empresas, estrangeiros, políticos, uma empresa ligada a um banqueiro, frequentadores de colunas sociais no Sudeste e três exploradores de trabalho escravo.
Os 25 maiores desmatadores somaram mais de R$ 50 milhões em multas entre 1995 e 2019. No total, suas centenas de autuações chegam a R$ 3,58 bilhões, praticamente o orçamento do Ministério do Meio Ambiente inteiro para 2020. Corrigido, o valor chegaria a R$ 6,3 bilhões. Sozinhos, os campeões da destruição são responsáveis por quase 10% do total de multas aplicadas por devastação de flora desde 1995 – R$ 34,8 bilhões.
A imensa maioria deles jamais pagou suas multas e acumula outras dívidas com o poder público. Os valores, que são proporcionais à área desmatada, mostram que quem destrói a floresta não são as pessoas pobres, como defende Paulo Guedes, e que o desmatamento não é ‘cultural’, como diz Bolsonaro. A destruição é movida a dinheiro – muito dinheiro – e uma boa dose de impunidade.
O levantamento, feito a partir das autuações por crimes contra a flora – há outros tipos de multas no Ibama –, abrange dois grandes grupos: as pessoas físicas e jurídicas que participaram de desmatamentos e aquelas que se beneficiaram diretamente de produto vindo de área desmatada, como na compra de madeira sem certificação de origem. A enorme base de dados foi analisada a partir dos infratores que tiveram multas acima de R$ 1 milhão. Somando os valores, chegamos aos maiores multados dos últimos 25 anos.
O valor base da multa na região da Amazônia Legal é de R$ 5 mil por hectare. As multas podem ser maiores quando há no lugar espécies raras ou ameaçadas de extinção ou no caso de áreas de reserva ou proteção permanente. Boa parte das multas recebidas pelos recordistas se encaixa nesses agravantes.
Na lista, chama a atenção a repetição de nomes. Dos 25 campeões de infrações por desmatamento do país, só um – Agropecuária Vitória Régia – recebeu uma única multa. Os outros 24 foram reincidentes. Uma das empresas que aparecem no ranking, a Cosipar, levou multas em nada menos do que 16 anos diferentes. O valor chega a R$ 156,9 milhões – destes, R$ 155 milhões ainda não foram pagos.
Ilustração: Amanda Miranda/The Intercept Brasil
No ranking, o campeão das multas é o Incra, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, órgão federal responsável pelo assentamento de camponeses. Mas isso não significa que os assentados tenham sido os responsáveis pelo desmatamento: muitos locais onde foram aplicadas as multas já não são, de fato, assentamentos. Eles são focos de grilagem de terras como São Félix do Xingu, no sul do Pará: das 15 multas milionárias recebidas pelo Incra em 2012, 12 foram aplicadas no município, capital da pecuária em terras do governo federal. Como a terra não tem um dono oficial, a culpa recai sobre o órgão federal que detém sua posse.
Em segundo lugar no ranking está a Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, empresa dos fundos de investimentos geridos pelo banco Opportunity, de Daniel Dantas. A empresa, comandada pelo ex-cunhado de Dantas, Carlos Rodenburg, acumula multas de mais de R$ 325 milhões.
Em 2009, a AgroSB, como é conhecida, declarava ser dona de mais de 500 mil hectares de terra, onde eram criadas mais de 500 mil cabeças de gado. À justiça, a empresa disse que não cometia desmatamento, mas que adquiriu áreas já degradadas. O argumento foi rejeitado, e a empresa voltou a ser autuada, em valores milionários, em 2010, 2011 e 2017. Não foi o único problema: em 2012, pessoas em condições análogas à escravidão foram resgatadas na fazenda.
Atualmente, a agropecuária tem dez áreas embargadas pelo Ibama para recuperação da vegetação, em Santana do Araguaia, no Pará, e São Félix do Xingu. A maior delas tem mais de 2,3 mil hectares, um território do tamanho de metade da Floresta da Tijuca, na Amazônia. Em nota ao Intercept, a AgroSB atribui diversas multas à uma “perseguição direcionada à companhia” entre 2008 e 2010. Segundo a empresa, essas multas, em sua maioria, “vêm sendo cancelados pela Justiça e pelo órgão ambiental em razão da falta de fundamentos fáticos ou jurídicos”. Segundo AgroSB, o valor das multas canceladas chega a R$ 20 milhões.
Daniel Dantas também tem mais um nome ligado a ele na lista: o fazendeiro Tarley Helvecio Alves, que ocupa a 18ª posição. Alves foi administrador da fazenda Caracol, de propriedade de Verônica Dantas, irmã e sócia de Daniel no banco Opportunity. Com três áreas embargadas em Cumaru do Norte, também no Pará, as multas dele chegam a R$ 70 milhões.
Antonio José Junqueira Vilela Filho, o terceiro da lista, é conhecido no Intercept. Em 2017, contamos como o pecuarista e sua família, frequentadores de colunas sociais em São Paulo, foram denunciados pelo Ministério Público Federal por grilagem de terras e exploração de trabalho escravo na região de Altamira, no Pará.
Ilustração: Amanda Miranda/The Intercept Brasil
O ranking mostra que as multas não são suficientes para frear os crimes ambientais. Preso em 2014 pela Operação Castanheira, realizada pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, o fazendeiro Giovany Marcelino Pascoal foi condenado por desmatamento em 2018. Não adiantou: ele voltou a ser multado pelo Ibama em 2019. Pascoal, o segundo maior reincidente da lista, atua na região de Novo Progresso, onde foi organizado em agosto passado o Dia do Fogo, ação de desmatadores em defesa do governo Bolsonaro. Desde 2010, ele aparece oito vezes nas listas daqueles com multas anuais acima de R$ 1 milhão. Ao Intercept, Pascoal disse por telefone que está recorrendo e que algumas multas não são responsabilidade dele, mas não especificou quais.
Outro nome da lista é velho conhecido no rol dos reincidentes em desmatamento na Amazônia. O fazendeiro Laudelino Delio Fernandes Neto, dono da Agropecuária Vitória Régia (a nona no ranking), chegou a ser acusado de ter facilitado a fuga de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, apontado como mandante do assassinato da missionária católica Dorothy Stang em Anapu, no Pará, em 2005. Ele ainda foi denunciado pelo Ministério Público Federal por desvios de mais de R$ 7 milhões da Sudam, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia.
Vice-prefeito de Anapu, eleito em 2008, e candidato a prefeito no município em 2012, Delio Fernandes declarou ao Tribunal Superior Eleitoral possuir R$ 10,2 milhões em bens, sendo R$ 9 milhões relativos a 9 mil hectares em Anapu e Senador José Porfírio. Seu irmão, Silvério Albano Fernandes, foi vice-prefeito de Altamira e teve seu nome especulado para assumir a chefia do Incra na região no governo Bolsonaro, para o qual fez campanha.
Delio Fernandes não é o único político da lista. Entre os 25 maiores desmatadores, há o ex-deputado federal Antonio Dourado Cavalcanti. Deputado entre as décadas de 1950 e 1970, ele era líder do grupo do qual fazia parte a Destilaria Gameleira, com sede em Mato Grosso. A usina condenada por manter mais de mil escravos – o maior resgate de trabalhadores em condições análogas à escravidão dos últimos anos – também está no ranking. Com R$ 69 milhões em multas, ela ocupa a 19ª posição.
Na lista de políticos, o ranking também tem José de Castro Aguiar Filho, atual prefeito de Flora Rica, no oeste paulista, pelo MDB. Suas multas milionárias em São José do Xingu, no Mato Grosso, não o impediram de ganhar as eleições na pequena cidade com quase 80% dos votos válidos.
Ilustração: Amanda Miranda/The Intercept Brasil
Entre os 25 maiores destruidores, 13 são empresas. Onze delas têm capital aberto, listadas na Bovespa. Se engana quem pensa que madeireiras e carvoarias são as vilãs: as empresas que mais desmatam são, em sua maioria, ligadas à siderurgia e à agropecuária.
Siderúrgicas são listadas porque se beneficiam diretamente da retirada de madeira para o uso do carvão. Para elas, apesar das multas – que geralmente não são pagas –, sai mais barato comprar madeira oriunda de áreas protegidas do que respeitar os devidos ritos legais de proteção ambiental. A Siderúrgica Norte Brasil S/A e a Sidepar ocupam, respectivamente, a terceira e a quarta posições no ranking, e, juntas, acumulam mais de R$ 500 milhões em multas.
O setor agropecuário é representado não apenas pela pecuária, mas também por causa da produção de soja em larga escala. Também é comum que o mesmo empresário tenha uma madeireira e uma empresa de grãos, ou crie gado e, ao mesmo tempo, tenha uma companhia de outro setor – de bancos a empreiteiras.
Duas das empresas listadas têm capital internacional. Uma é a Ibérica, uma sociedade entre empresários bascos. A outra é a Gethal Amazonas Madeiras Compensadas, controlada pelo milionário sueco Johan Eliasch e que tem uma empresa uruguaia entre seus sócios.
A Gethal é a única do setor de madeiras na lista dos 25 – contrariando o senso comum sobre o desmatamento na Amazônia. Assim como só há uma do setor de carvão, matéria-prima das siderúrgicas, a Líder. A constante alteração de nomes e CNPJs das empresas dos dois setores, com sócios em comum, diminui a reincidência em multas ao longo dos anos.
Ilustração: Amanda Miranda/The Intercept Brasil
A atual legislação ambiental brasileira, que determina as multas, só foi consolidada no fim dos anos 1990. Na década anterior, só há dez autuações por crimes contra a flora nos registros do Ibama. E os valores eram irrisórios: em 1996, por exemplo, foram aplicadas 22 multas de R$ 0,01. O cenário começou a mudar em 1998, com a lei 9.605, de crimes ambientais, que estipulou regras e valores maiores em multas para destruidores da floresta.
Os números mostram que, ao longo das duas décadas de aplicação da lei, ela afetou principalmente grandes desmatadores. De um total de R$ 34 bilhões em multas por destruição de flora entre 1995 e 2000, R$ 25 bilhões (73,5%) foram aplicados a 4,6 mil pessoas físicas e jurídicas que, em pelo menos um ano do período analisado, tiveram infrações somadas acima de R$ 1 milhão.
As sanções, no entanto, não significam que a punição resolve o problema. O Intercept já mostrou que, do total de R$ 75 billhões em multas ambientais já aplicadas desde os anos 1980, só 3,3% foram efetivamente pagos (e o governo tem tomado medidas para receber ainda menos). O valor poderia sustentar o Ministério do Meio Ambiente inteiro por 21 anos.
Os pequenos infratores – que o governo insiste em culpar pela destruição do meio ambiente – são os que mais pagam multas. Já os maiores, responsáveis pela destruição das partes mais extensas da floresta, deixam os processos prescreverem e continuam desmatando.
O Intercept tentou entrar em contato com os 25 listados por meio do número de telefone listado na Receita Federal. Os dois números da Destilaria Gameleira não funcionam. A página cadastral da empresa de Jeovah Lago Silva, Minuano Sementes, não dispõe de meio de contato. Carlos Alberto Mafra Terra foi contatado por telefone e e-mail, sem sucesso. A Líder Ind e Com de Carvão Vegetal LTDA EPP foi contatada por meio de um e-mail no diretório da Receita Federal, mas a mensagem retornou. Paulo Diniz Cabral da Silva foi contatado por e-mail e WhatsApp, mas não houve resposta. Os telefones de José de Castro Aguiar Filho e Tarley Helvecio Alves, listados na Receita Federal, não funcionam.
Veja a lista completa dos 25 desmatadores mais multados entre 1995 e 2020:
1º – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – R$ 421 mi
2º – Agropecuária Santa Bárbara – R$ 323 mi
3º – Antonio Jose Junqueira Vilela Filho – R$ 280 mi
4º – Siderúrgica Norte Brasil S/A – R$ 272 mi
5º – Sidepar Siderúrgica do Pará S.A. – R$ 258 mi
6º – Gethal-Amazonas S.A. Indústria de Madeira Compensada – R$ 231 mi
7º – Gusa Nordeste S.A. – R$ 202 mi
8º – Agropecuária Vitória Régia S/A – R$ 170 mi
9º – Companhia Siderúrgica do Pará – COSIPAR – R$ 157 mi
10º – José Alves de Oliveira – R$ 105 mi
11º – José Carlos Ramos Rodrigues – R$ 101 mi
12º – Fernando Luiz Quagliato – R$ 100 mi
13º – Gilmar Texeira – R$ 99 mi
14º – Hamex Comércio de Produtos Alimentícios Ltda – R$ 94 mi
15º – USIMAR – Usina Siderúrgica de Marabá S/A – R$ 88 mi
16º – Siderurgica Iberica S/A – R$ 87 mi
17º – Giovany Marcelino Pascoal – R$ 86 mi
18º – Tarley Helvecio Alves – R$ 70 mi
19º – Destilaria Gameleira Sociedade Anônima – R$ 69 mi
20º – Carlos Alberto Mafra Terra – R$ 66 mi
21º – Jose de Castro Aguiar Filho – R$ 61,8 mi
22º – Lider Ind. e Com. de Carvão Vegetal Ltda EPP – R$ 61,5 mi
23º – Paulo Diniz Cabral da Silva – R$ 61,1 mi
24º – Siderúrgica Alterosa S/A – R$ 60 mi
25º – Jeovah Lago da Silva – R$ 58 mi
Correção – 31 de janeiro, 11h03
O tamanho de um hectare é 10 mil metros quadrados, e não 1 quilômetro quadrado. O texto foi corrigido.
Há algumas coisas com as quais eu posso concordar, há muitos pilantras na Amazônia que aproveitam da falta do Estado para cometer grilagem e roubar madeiras nobres ou cometer certos abusos, mas não se pode criticar quem investe nesta região, é uma região subdesenvolvida que sofre com a falta de empregos e misturando a falta do Estado com a falta de empregos, é um excelente campo para a disseminação de atividades ilegais. Todos neste caso são culpados, ricos e pobres, quero dizer todos, sem exceção, mesmo aqueles omissos.
“PAULISTAS”, aí não é preconceito, não é!
SIStemA facebook náo permitiu que eu compartilhasse. Ontem tentei compartilhar uma matéria sobre a situation dos ribeirinhos no Rio Paraopeba e tb disseram o mesmo: haver denúncia sobre a matéria.
Outro dos que abusam do discurso do investimento demonizante na Amazônia, essa área não é um santuário, nem esse mar de flores e fantasias que uma parte da esquerda está tentando pregar; é uma região que precisa de empregos, investimentos, o uso do capital de forma mais consistente e concreta, quando se fala em investimento na Amazônia, aparecem essas pessoas criadas numa bolha gritando, mas não propõem alternativas, porque seus discursos é ser contra o mercado, o capital, e quaisquer modalidades de investimentos, mesmo ele sendo verde e limpo, o que vai contra os princípios das pessoas naquela região.
Já se desmatou e queimou muita floresta para grilagem por agronegócio, pra ter essa confiança toda nos desmatadores, meu amigo. Se a abordagem for econômica, há uma abundância de estudos e debates científicos (o oposto de fé – em desmatador – olha que interessante) que apontam que floresta preservada vale muito, mas muito, mais do que a “pastagem” defendida.
Normalmente não discuto com gente criado em bolha; pois então tome seu choro e regue as plantas do quintal de sua casa, antes de ter autoridade para falar de Amazônia comigo. Isso que a vossa pessoa defende, são estudos que nunca foram postos em pratica, e dos poucos que foram, não deram certo, pois é feito por pessoas que nunca viveram dentro da Amazônia e nem a conhecem. Isso é SABOTAGEM ECONÔMICA, SIM! E já tá no discurso, anti-mercado, anti-capital, por isso que muitos do Brasil não apoiam essas pessoas e deixam essa trupe falando com as paredes, muitos, que digo, são milhões.
Vinícius, primeiro que baseando-se no seu comentário, parece que você que vive numa bolha, me desculpe. E outra: argumento de autoridade não funciona, ok? O que funciona são dados, conhecimento, ciência, prática! Esses estudos, alguns deles foram colocados em prática, inclusive por agricultores, de forma rotativa e/ou sustentável, com pequeno ou nenhum impacto ambiental. E quando não são colocadas em prática, é devido à pouca disposição política ou por falta de recursos financeiros barrados por gente poderosa, com muito $$$, como políticos, empresários, banqueiros, latifundiários e etc. com muito dinheiro. E fique tranquilo, pois milhões de pessoas conscientes não deixam essa “trupe” falando sozinho, e sou uma delas, ainda bem, claro!
Não meu caro amigo, você está muito enganado comigo! Eu não vivo numa bolha, eu vivo na região amazônica e sei como ela é, os efeitos econômicos de tais “estudos” são mínimos em comparação com as necessidades das pessoas que vivem na Amazônia, não demonstram resultados econômicos significativos, há muitos questionamentos nesses “estudos”. A falta de infraestrutura nas cidades, isso em todas as cidades da Amazônia, incluindo as capitais, estão passando por um processo de favelização (isso também se aplica à educação tbm), e as políticas de segurança pública estão passando por um processo muito pior, de “mexicanização”, o problema do saneamento público é perene, pior que o desmatamento, porque polui os mananciais, rios e nascentes, os habitantes da região estão cansados de ouvir esse “blá-blá-blá” ambiental, “que floresta em pé vale mais”, entre outros argumentos miméticos, há 35 milhões de pessoas na Amazônia. Vale ressaltar também que não concordo com a mineração ilegal e não apoio o desmatamento, é um crime e deve ser punido, critico essa ideologização nesses discursos, são totalmente anti-capitais, são discursos anti-mercado que tentam vincular certas safras ou investimentos com ações falsas. Há muita manipulação, especialmente de teor político (direita ou esquerda), não se pode demonizar o investimento na Amazônia, ela precisa sim de infraestrutura, de educação, que seus habitantes sejam tratados com cidadania, há cientistas sérios na Amazônia e não essa “trupe” de causa perdida que tu apoias.
Gethal-Amazonas S.A. (citada na reportagem), pertencente desde 2005 ao magnata sueco Johan Eliasch, este último acusado de comprar uma área maior que a cidade de São Paulo, que de acordo com mentes férteis é dono de ONGs e a comprou para revender aos ambientalistas ou cientistas malvados, ambos estrangeiros, é a maior empregadora no município de Itacoatiara-AM, município que também tinha IDHM abaixo de 0.600 (média) até 2000, hoje conta com 0.644. Parece que para essas pessoas o aumento do IDHM é um crime. Não pode evoluir, é uma demonização oculta de investimentos? Há muita manipulação nessas histórias, e eu nunca confiei nestes discursos “ambientais” baseados em teorias ficcionais e prolíficas, mas há cientistas sérios na Amazônia que se dedicam a conduzir pesquisas científicas sérias em vez de revelar ciência baseada no empirismo, que muitos militantes se dedicam a provar teses mirabolantes como os “pulmões do mundo” defendidos por essa “trupe”.
Deixa de ser lunático, pois sem a área verde imensa da Amazônia para reequilibrar o clima no Brasil e no mundo, nada prosperará. Consegue perceber o que está acontecendo hoje, mundo afora??? Relação de causa e efeito, meu caro… Vê a chuvarada e alagamentos no Brasil (vamos aguardar o tempo das secas, também…), os incêndios naturais da Austrália, o calor excessivo dos últimos anos na Europa e regiões brasileiras, e claro, o aumento de doenças respiratórias e do câncer causados por vírus, bactérias e outros novos, todos decorrentes da poluição gerada pelas queimadas e indústrias, e o uso excessivo de agrotóxicos nos alimentos… Tenha dó, caia na real, a proposta para “mineralizar” a Amazônia é gravíssima e combatê-la não é discurso de esquerdistas ou ambientalistas fanáticos não, é questão de vida ou morte, a minha, a sua e das futuras gerações… Aff!!!
Sua matéria está totalmente errada,
Conheço muitos pecuaristas que tem mais multas que qualquer um dessa lista que vc citou,
E a China quer que desmata mais ,
E vc esqueceu tbm de falar quê o Brasil tem 64% de floresta virgem,
E que o agronegócio usa só 20% do território brasileiro
E mesmo assim assombramos o mundo com o nosso potencial,
Orion, puxa! É mesmo? A matéria está totalmente errada porque VOCÊ conhece um monte de pecuaristas etc e tal… nossa! Vou acreditar nos seus dados e ignorar os dados fornecidos pela matéria, que se baseia em dados obtidos pelo site
De Olho nos Ruralistas que, por sua vez, se debruçaram e analisaram dados públicos do Ibama.
É, Ana, vou acreditar nos dados do Orion, com sua fonte, o: eu “acho isso, acho aquilo”, “conheço pessoas…”. É a época da pós-verdade, em que todos são entendedores de tudo, SQN. Eu confio em dados concretos Orion, blza?
Bravo aos nobres jornalistas do The Intercept, Se o Brasil tivesse este meio de comunicação para esclarecer a população , o País não estaria assim .
Até quando os políticos vão
Destrui a Amazônia
Só vai acabar se a corrupção
Acabar
Muito importante o conteúdo desse artigo, estou impressionado mas não tão surpreso afinal como morador da região amazônica acompanho de perto esse enredo cruel e cíclico. Fico muito indignado com a recorrência dos desmatamentos e a ineficiência do poder público em combater e efetivar as punições aos agressores da natureza, lamentável para um país tão lindo e rico de natureza como o nosso! Parabéns pelo trabalho, quero acompanha-los e colaborar de alguma forma para que a verdade venha a tona e cada vez mais as pessoas tenham acesso a informação e mudem seus pensamentos a favor do meio ambiente e de práticas sustentáveis de consumo! obrigado!
Pessoal por favor precisamos deste texto em inglês para denunciar internacionalmente
Paulo guedes nunca disse que a culpa é dos pobres. Perderam a credibilidade em colocar entre aspas algo que ele nunca disse e o pior é que já começaram a matéria mentindo.
Segundo a BBC, que acredito ser algo confiável, isenta e não ligado ao que comumente se chama “esquerda”, o ministro Guedes teria declarado em Davos:
“O pior inimigo do meio ambiente é a pobreza. As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer. Eles [pessoas pobres] têm todas as preocupações que não são as preocupações das pessoas que já destruíram suas florestas, que já lutaram suas minorias étnicas, essas coisas… É um problema muito complexo, não há uma solução simples”
Acho que esta declaração é bastante clara. Entenda quem quiser.
Vamos mudar
Discordo da abordagem mas não dos fatos. As empresas, empresários e instituições citadas não causou nenhuma surpresa. O que me custa a ler e concordar com qualquer discurso desses são a unilateralidade.
Essas personalidades citadas tem grande potencial concentrado, por isso são muito visados. Seriaum bom exemplo para todos eles se enquadrarem, pois o universo de empresas e empresários é gigante e não se faz distinção disto. Por outro lado, existe um problema muito sério e complexo na Amazônia, de difícil solução, que depende de mobilizações politicas sociais com um viés empresarial. Nesse caso é mais fácil se míope e se enganar. Temos um problemas sério com as populações amazônicas que não tem opção de renda e que a classe empresarial poderia ser a grande aliada para solução deste problema. Mas quem está preocupado em resolver o problema? É mais fácil ser crítico né?
Campeão: Incra.
A paranóia das Forças Armadas em querer explorar e destruir a AMAZÔNIA, vem desde a Ditadura com o falido Projeto da Transamazônica que ceifou e dizimou várias tribos indígenas. Devastação e destruídores do nosso Bioma e Ecossistema. Não satisfeito, agora, vem a nova oportunidade da criação de um tal Conselho Amazônia.
Quanto a China, vem comprando há alguns anos terras áridas no continente africano. Preparando a terra, e depois, plantar para alimentar os seus 1.200 bilhões de chineses. Daqui a pouco, a China será autosuficiente sem depender de ninguém e nem do nosso Agronegócio e Pecuária.
Quando tudo estiver destruído e nem uma semente irá crescer em terras, extremamente, desértica, os 25 maiores criminosos da Planeta Terra vão viver de que? A natureza está aí pra dá resposta. Quem viver, verá.
É necessário descobrir quem compra desse pessoal e vende para a população. Tornar público e boicotar esses lugares.
Porque os governos anteriores não cortaram o mal pela raiz? Porque não prenderam nem confiscaram os bens dos infratores? Já sei, a velha política do não vi nada né! E pelo visto esse governo há aprendeu bem como se faz e ficamos assim.
A sujeira é tanta que não acredito existir solução. Gostaria de poder ajudar. A questão é que somos alguns grãos de areia no deserto. Os que lutam são ridicularizados e esmagados. É realmente uma pena.
Vocês deveriam traduzir essa reportagem pro Inglês.
Os problemas ambientais estão se tornando exponencialmente mais graves a cada dia que passa.
esses infames impunes só lucrando
e os nativos da floresta se lascando
a mata lá morre caindo e queimando
e os crimes do agronegócio avançando
Vcs é que estão errados. O ministro está certo. Pode ser que os desmatadores de grandes áreas pode ser de poderosos, mas a imensidão de pequenos desmatamentos , são de pobres sim. E de novo, Paulo Guedes está certo. É a pobreza sim. Porque se tivesse bons empregos ninguém se prestaria a trabalhar para poderosos cortando floresta. Acordem. Enquanto houver probreza há todo tipo de desgraça humana.
Fonte dos dados??????
O acúmulo de multas financeiras não parece ser suficiente para impedir o desmatamento contínuo e com os mesmos atores. Seria o caso de prisão em vez de multas? E, claro, Guedes, Salles e Bolsonaro não são amigos da ciência
Será que com os dados de vocês e do ibama e algum apoio da meninada que trabalha com modelagem não daria pra fazer um mapa das áreas destruídas por cada empresa a cada ano. Fazer tipo um vídeo ou um mapa interativo?
Essa ideia é boa.
A ideia do infograma é otima.
Não adianta multar se o órgão responsável não recorre ao judiciário para cobrança e os responsáveis não são presos…
Só revolta popular contra os criminosos, à base de bordunaço !
A madeira retirada, em sua grande maioria vai pra Europa e Ásia. Os mesmos que “DEFENDEM” a Amazônia. Hipocrisia desses povos. ???
Ótima observação.
Pelo que entendi da matéria, que li com cuidado e interesse, porém sem abandonar o senso crítico, não são as madeireiras as grandes vilãs da estória. Daí, acredito não ser justo rotular os europeus e asiáticos de hipócritas.